Asteroide ‘Deus do Caos’, passou pela Terra sem oferecer riscos, mas ele volta em 2029

O enorme asteroide Apophis, também chamado de Deus do Caos, passou pela Terra no último final de semana.
Durante sua passagem o gigante de pedra não ofereceu riscos ao planeta. O problema é que ele retorna daqui a alguns anos com potencial poder de destruição.
Apophis mede 370 metros de largura e 450 metros de comprimento, maior, portanto, que a Elizabeth Tower e a London Brigde Tower, ambas no Reino Unido; a Torre Eiffel , em Paris; e o edifício Empire State, em Nova Iorque.
Com formato de “charuto” irregular, Apophis tem uma energia semelhante a 60 mil bombas de Hiroshima. Caso colidisse com a Terra liberaria o equivalente a 1.150 megatons de TNT e causaria uma grande destruição, por isso o apelido de Deus do Caos.
No ponto mais alto de sua aproximação – por volta das 22 horas (horário de Brasília) de sexta-feira, 06, Apophis chegou a 9,9 milhões de milhas (16 milhões de km) de nós.
Asteroide Apophis, o Deus do Caos
Apophis recebeu esse nome em homenagem ao deus egípcio Apófis, também chamado de Apep. Considerado um espirito das trevas e da destruição, Apófis era inimigo do deus do sol Rá.
Descoberto pelos cientistas em 19 de junho de 2004, o asteroide Apophis viaja ao redor do Sol dentro da órbita da Terra e leva 324 dias para fazer uma viagem completa.
Ele, assim como outros asteroides, é um remanescente da formação inicial de nosso sistema solar, que aconteceu há aproximadamente 4,6 milhões de anos.
Segundo os cientistas, na passagem deste final de semana Apophis ficou a 17 milhões de quilômetros da Terra, mas na próxima passagem, em abril de 2029, ele estará a uma distância muito menor: ele ficará a apenas 31 mil km de distância.
Apesar da pequena distância, os riscos de Apophis se chocar com a Terra é de menos de 1%.
A passagem de Apophis pela Terra
O problema mesmo está na outra passagem de Apophis pela Terra, em 2068. Isso porque a cada passagem pelos planetas os asteroides sofrem desvios orbitais e podem cair em buracos de fechadura, que são pequenas áreas no campo de gravidade dos planetas que puxam objetos menores para perto, alterando suas trajetórias e provocando rotas de colisão.
E a cada aproximação mais mudanças de trajetória e mais chances de colisão nas aproximações seguintes.
Por esse motivo, de acordo com os cientistas, o monitoramento de asteroides como Apophis são tão importantes.
Dave Tholen, o cientista que ajudou a descobrir Apophis em 2004, explicou que novas observações mostraram que o asteroide sai de sua órbita cerca de 170 metros por ano. “Isso é o suficiente para manter o cenário de impacto de 2068 em jogo”, disse ele em um comunicado.
FONTE: Daily Mail