Criatura de Compton tem curiosa ligação com o ufólogo mexicano Jaime Maussan

O caso da misteriosa criatura flagrada por uma câmera de segurança Ring na madrugada de 6 de junho de 2025, em Compton, Califórnia, continua a desafiar explicações convencionais. Agora, a filmagem acaba de ganhar uma camada adicional de controvérsia, com a descoberta de uma estranha ligação com o jornalista e ufólogo mexicano Jaime Maussan.
O vídeo, capturado às 1h03, mostra uma figura de aspecto incomum, de baixa estatura, coloração branco-esverdeada e postura encurvada, deslocando-se rapidamente pela lateral da varanda da residência de Jessica Ortiz. A cena da passagem do suposto ser dura apenas cerca de um segundo dentro de um vídeo de 13 segundos.
A gravação foi analisada em detalhes pelo analista de imagens Jorge Uesu, em colaboração com o Portal Vigília, revelando uma sequência de eventos que antecederam a aparição: 18 minutos antes, às 00h45, a tia de Jessica, que reside na mesma propriedade, relatou ter ouvido três fortes batidas no telhado, seguidas de arranhões. A própria câmera, por sua vez, foi acionada por detecção de movimento e, ao final do registro da criatura, captou um forte som metálico, identificado por Jessica como o portão de metal dos fundos da casa se abrindo ou fechando espontaneamente.
Embora o episódio tenha inicialmente gerado especulações amplas, as investigações técnicas e o comportamento da testemunha central, Jessica Ortiz, tornam difícil classificá-lo como uma mera fraude ou erro de percepção.
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A colaboração da testemunha
A colaboração de Jessica Ortiz com os pesquisadores tem sido fundamental para aprofundar a compreensão dos fatos, demonstrando uma notável integridade e um único interesse: entender o que realmente aconteceu. Diferente de quem busca notoriedade, Jessica prontamente forneceu gravações originais, vídeos de tela com aproximações, registros de outros momentos daquela noite, e até fotos de novos ângulos de sua casa, tudo para esclarecer os questionamentos dos analistas. Ela garantiu que “Nada foi cortado ou editado de forma alguma” em seus materiais originais.
Esta transparência permitiu refutar análises precipitadas que circularam nas redes, como a suposição de que o vídeo seria uma montagem devido ao desaparecimento de um inseto. Jorge Uesu esclareceu que as imagens viralizadas eram cenas editadas por um youtuber, onde o vídeo estava em loop, e o inseto sumia no corte. Em sua análise, Uesu foi categórico: “A criatura aparece às 1h03:02, sai de cena um segundo depois, e apenas então surge o inseto que alguns usaram como explicação para uma possível inserção”. Ele enfatizou que “O inseto aparece só às 1h03:04. Antes disso, o ser já havia saído do enquadramento”.
Outras dúvidas levantadas, como variações de luz e pixelização da imagem, também foram explicadas por Uesu, que apontou que esses fatores podem ser atribuídos à câmera Ring “acordando” e ajustando seus parâmetros de exposição, à latência na conexão Wi-Fi, ou à tecnologia “Pre-Roll” da Ring, que grava em baixa qualidade até que o sensor seja acionado.
Com base nas medidas do pneu de um SUV próximo, que Uesu estimou ter aro 17 polegadas, a altura da criatura foi calculada em cerca de 65 cm até a “testa” do ser. Uesu reconstituiu as proporções da cena usando elementos fixos da arquitetura da casa, concluindo que a figura “teria menos de 80 cm”. Isso torna “Muito pequena para ser alguém fantasiado, a não ser que fosse uma criança de dois anos”, e mesmo assim, a postura da criatura é “extremamente incomum, com uma cifose muito severa”.
Coincidências e controvérsias no contexto ufológico
Apesar de não chegar a uma conclusão prosaica, a continuidade da pesquisa por parte do analista Jorge Uesu o levou a uma descoberta no mínimo inusitada, senão bizarra. Essa não é a primeira vez que a marca Ring e suas câmeras estão no centro do debate sobre visitantes alienígenas.

Em 2023, a fabricante da câmera de Ortiz promoveu um concurso que oferecia um prêmio de 1 milhão de dólares para quem conseguisse filmar um OVNI ou extraterrestre. O concurso da empresa (que pertence à Amazon), terminou no mesmo ano, aparentemente sem um ganhador. Mas o protagonista de um comercial associado a essa iniciativa foi ninguém menos que Jaime Maussan, uma figura conhecida e polêmica na ufologia, ligada a muitos casos controversos e vários alegadamente falsos.
Considerando o concurso da Ring e o histórico de Maussan, duas novas possibilidades surgiriam para o vídeo de Compton: ou ele poderia ser parte de uma campanha publicitária da Ring, ou alguém tentou criar uma fraude para ganhar o prêmio de 1 milhão de dólares fora do prazo. Em ambos os cenários, Jessica Ortiz teria que ter algum envolvimento. Isso contrasta, no entanto, com a falta de domínio de Jessica para utilizar o próprio aplicativo: ela relatou que tentou postar o vídeo no sistema “Neighbors”, da Ring, duas vezes na noite da gravação, para ver se mais alguém havia visto algo. “Mas o aplicativo não permitiu a postagem”, declarou ela a um podcast.
Além da promoção ter se encerrado há pelo menos dois anos, se a intenção fosse fraudar para o concurso, não faria muito sentido falhar a tentativa de postagem no próprio aplicativo da Ring.
Detalhes anômalos e paralelos criptozoológicos
Para Uesu, o caso permanece inconclusivo. Ele observa que, se fosse uma campanha publicitária sofisticada de uma grande marca, “geralmente essas marcas costumam divulgar no final das contas o que que é”. No entanto, ele não descarta a possibilidade de ser “algo incomum, talvez um ser esquisito”. A criatura de Compton, embora visualmente possa lembrar um “Xenomorfo” em miniatura, não possui “ligação direta com objetos voadores ou atividades aéreas incomuns”, o que, em termos estritos, significa que “não se trata de um caso ufológico”. A associação com extraterrestres é, provavelmente, por “mera semelhança estética”, e o caso se encontra mais no campo da criptozoologia.
De fato, o caso de Compton encontra paralelos com relatos de criaturas conhecidas como Nightcrawlers ou Yosemite Nightcrawlers na Califórnia, especialmente na região de Fresno, desde meados dos anos 2000. Há até mesmo vídeos dessas supostas entidades, que são descritas como bípedes, sem tronco visível, com “movimentos silenciosos e alongados, como pernas que andam sozinhas”. Alguns usuários de fóruns online discutem a “suposta recorrência de aparições desse tipo no oeste americano”, referindo-se a elas como “California Nightstriders”. Tais supostos seres são caracterizados por uma “aparência simples, com pouco ou nenhum detalhe anatômico visível, mas que causam desconforto imediato ao serem observadas”.
Por enquanto, o enigma da criatura de Compton se encaixa na categoria rara de registros que “desafiam qualquer análise rápida ou explicação reconfortante”. A qualidade da imagem, que se deteriora por alguma “interferência estranha” durante a passagem da figura, e as características peculiares do ser, permitem descartar facilmente explicações prosaicas como uma criança, um animal ou uma sacola ao vento. A reconstrução digital feita por Uesu, baseada nos dados visuais e sonoros, reforça que “houve algo fora do comum”, segundo o pesquisador. No entanto, isso não significa, ainda, que seja algo sobrenatural ou de fora da Terra.
O caso de Compton permanece em aberto até que surjam novidades, mantendo um grande “SERÁ?” no ar para aqueles que o acompanham.