Piloto nos EUA relata OVNI que “parecia traje do Homem de Ferro”

Piloto nos EUA relata OVNI que “parecia traje do Homem de Ferro”
Piloto nos EUA relata objeto aéreo que parecia um traje do Homem de Ferro (Ilustração gerada por IA)

No dia 17 de dezembro de 2022, um piloto particular que conduzia um Cessna 172 em aproximação ao Aeroporto Internacional de Tucson, no Arizona, comunicou ao controle de tráfego aéreo a presença de um objeto aéreo incomum: o OVNI, segundo ele, parecia o traje do “Homem de Ferro”. A ocorrência, registrada oficialmente pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), só veio a público recentemente por meio de documentos liberados após pedidos via Lei de Liberdade de Informação (FOIA).

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O episódio se deu quando a aeronave descia a partir de 8.400 pés de altitude — cerca de 2.560 metros. O piloto relatou que, à esquerda e um pouco abaixo de sua posição, algo cruzou seu campo visual em trajetória próxima. Na comunicação com o controle aéreo, descreveu o objeto como um possível drone, mas de formato e aparência nada convencionais.

Em áudio divulgado pelo site The Black Vault, especializado em solicitações de documentos oficiais, o aviador afirmou: “Havia algo estranho que acabou de passar pelo lado esquerdo. Parecia algum tipo de drone, mas era vermelho e prateado”. A gravação mostra ainda a tentativa do controlador de confirmar a altitude do objeto, diante da natureza incomum do relato.

O caso foi registrado no sistema da FAA como uma ocorrência obrigatória (MOR — Mandatory Occurrence Report). Embora a possibilidade de se tratar de um balão tenha sido incluída nos arquivos, o tom da comunicação aérea mostra que o piloto ficou intrigado com o que viu e não conseguiu enquadrar o objeto em nenhuma categoria comum de drones ou aeronaves conhecidas.

Descrição do objeto vermelho e prateado em tempo real

A transcrição integral da troca de mensagens entre piloto e torre de controle ajuda a entender a estranheza do encontro. Quando questionado sobre o que havia visto, o comandante do Cessna respondeu de maneira enfática: “Não parecia um drone normal… era mais vertical. Era prateado e vermelho”.

Pouco depois, tentou esclarecer ainda mais a impressão visual deixada pelo objeto: “Quase me lembrou de algo como um traje do Homem de Ferro… uma cor vermelha metálica, prateada”. A associação imediata a uma referência cultural demonstra a dificuldade de encontrar parâmetros aeronáuticos ou tecnológicos para caracterizar a cena.

Nenhuma outra aeronave reportou a presença do mesmo objeto na região naquele momento. Essa ausência de testemunhos adicionais limita a possibilidade de comparação independente e reforça o caráter isolado da observação. A própria FAA incluiu na documentação uma nota destacando que não houve relatos correlatos.

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Ainda assim, o registro oficial tem peso porque foi feito durante comunicação controlada, em pleno voo, em condições que exigem objetividade e precisão. A FAA mantém todos esses relatórios como parte da rotina de segurança aérea, e o caso se soma a uma lista crescente de encontros com objetos aéreos não identificados nos céus norte-americanos.

Possíveis explicações

O relatório da FAA não fornece conclusões definitivas. Em uma das páginas liberadas pelo FOIA, há apenas a anotação: “Possivelmente um balão”. Essa possibilidade se deve à semelhança entre certos balões meteorológicos ou recreativos e objetos vistos em voo — em especial quando exibem cores metálicas ou formatos cilíndricos.

No entanto, a própria descrição do piloto levanta dúvidas sobre essa hipótese. Balões, mesmo em grandes altitudes, tendem a se mover de forma estável, arrastados pelos ventos, e dificilmente apresentam aspecto que possa ser comparado a um traje metálico. O detalhe da orientação “mais vertical” e da coloração incomum sugere uma morfologia menos trivial.

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É importante destacar que a comunicação com o controle de tráfego não mencionou qualquer manobra evasiva necessária. Isso indica que, embora próximo o suficiente para ser visto, o objeto não ofereceu risco imediato de colisão. O incidente foi tratado apenas como relato de observação e não como ocorrência de emergência.

Mesmo assim, casos como esse chamam atenção porque revelam a complexidade crescente do espaço aéreo, hoje ocupado por aviões comerciais, aeronaves de pequeno porte, drones de diferentes categorias e, ocasionalmente, objetos que permanecem sem identificação. É nesse cruzamento de fatores que surgem incidentes registrados oficialmente, mas sem respostas definitivas.

Conexões com os “UFO Pods”

A descrição feita pelo piloto de Tucson remete a outros registros recentes de objetos aéreos de formato incomum, em especial os chamados “PODs” ou “cápsulas voadoras”. Esses casos ganharam notoriedade em vídeos publicados em redes sociais e amplamente discutidos em sites de ufologia.

O Portal Vigília noticiou, em 2022, uma relação de casos similares, em especial o de um objeto vertical, em formato de cápsula, filmado em céu aberto em 2015, mas que naquele ano havia voltado a ganhar repercussão. Na ocasião, o vídeo foi apresentado pelo jornalista e ufólogo mexicano Jaime Maussan, que misturou o caso com datas e locais de episódios diferentes.

UFO em forma de capsula ou pod volta a agitar a Internet
UFO em forma de capsula ou pod volta a agitar a Internet (reprodução/Youtube)

No material divulgado, o objeto se movimentava de maneira aparentemente estável, mantendo sua orientação vertical, o que desafiava explicações convencionais para drones ou balões. O autor do vídeo afirmou que a cápsula teria descido em linha reta antes de se afastar silenciosamente — um padrão que ecoa, de certa forma, a descrição feita pelo piloto norte-americano em Tucson.

Alguns especialistas chegaram a relacionar tais aparições a projetos militares experimentais, como a WASP (Williams Aerial Systems Platform), uma plataforma vertical desenvolvida nos anos 1970. Mesmo sem comprovação, a hipótese sugere que parte desses objetos poderia ter origem em testes de tecnologias pouco conhecidas do grande público. A comparação mostra que o caso de Tucson não é isolado, mas integra uma categoria mais ampla de observações de objetos verticais e metálicos que desafiam explicações simplistas.

Entre o inusitado e o inexplicado

O episódio do piloto de Tucson é um exemplo de como relatos de objetos aéreos não identificados continuam surgindo em diferentes contextos, mesmo em comunicações oficiais que exigem sobriedade. O detalhe da comparação com o traje do “Homem de Ferro” dá cor à narrativa, mas não diminui a seriedade do registro feito junto à FAA.

Embora seja possível que o objeto observado tenha sido apenas um balão ou artefato recreativo, a falta de comprovação impede qualquer conclusão definitiva. Casos assim, registrados por pilotos em condições controladas, servem de lembrete para a necessidade de monitoramento mais preciso do espaço aéreo e de maior transparência sobre ocorrências aéreas incomuns.

Redação Vigília

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