Teor metálico de planetas depende da composição estrela-mãe
O teor em metais dos planetas situados fora do sistema solar está estreitamente ligado à composição da sua estrela mãe, segundo um estudo que incidiu sobre um conjunto restrito desses planetas.
Uma equipa internacional de astrónomos chefiada por Trintan Guillot, do laboratório francês Cassiopée, constatou que os planetas com fraco teor em metais têm um pequeno núcleo e giram em torno de estrelas pobres em metais.
Inversamente, os que são ricos em metais têm um núcleo maior e orbitam estrelas de grande teor metálico, segundo um comunicado hoje divulgado em Paris pelo Centro Nacional de Investigação Científica.
O estudo abrangeu nove «exoplanetas» descobertos pelo método dos trânsitos, em que se detecta uma quebra da luminosidade de um planeta quando este passa à frente da sua estrela.
Segundo o método de detecção utilizado, todos os planetas observados são relativamente semelhantes: trata-se de planetas gigantes, com 110 a 430 vezes a massa da Terra, rodeados de hidrogénio e hélio.
O lançamento do satélite francês Corot, previsto para Outubro, permitirá alargar a amostra de referência deste estudo, limitada a uma pequena parte dos 190 planetas exteriores aos sistema solar descobertos até agora.
A descoberta sugere que a metalicidade da estrela deve desempenhar um papel importante no modo de formação dos planetas, o que não era tido em conta nos modelos de formação planetária.
O estudo será publicado proximamente pela revista de referência Astronomy and Astrophysics.
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