Uma equipa de astrónomos da Universidade de Harvard revelou hoje ter descoberto um novo planeta gigante, ao qual chamou HAT-P-1, orbitando em redor de uma estrela distante, a 450 anos-luz da Terra. A descoberta poderá obrigar a reavaliar as teorias sobre a formação dos planetas.
“Descobrimos um novo objecto muito bizarro”, comentou o astrofísico Robert Noyes, numa conferência de imprensa. “As pessoas que fazem modelos teóricos ficaram sem saber o que pensar disto”.
O HAT-P-1 é o maior planeta alguma vez detectado, com um diâmetro quase um terço maior do que o de Júpiter mas com metade do peso. Contrariamente a Júpiter, Saturno e a outros “gigantes de gás”, este planeta não tem um núcleo sólido, afirmam os cientistas do Observatório Astrofísico Smithsonian, da Universidade de Harvard.
Está extremamente perto da sua estrela, um sétimo da distância entre Mercúrio e o Sol e completa a órbita em 4,5 dias.
O que está a baralhar os cientistas é que o planeta é maior do que o previsto pelas actuais teorias. A sua dimensão pode ser o resultado do calor que vem do seu interior mas os cientistas ainda têm que determinar como isso pode acontecer, disse Noyes.
Os astrónomos detectaram o planeta devido a luz da estrela enfraquece quando o planeta passa à sua frente.