O CoRoT 'Convection Rotation and planetary Transits' é uma missão espacial liderada pelo Centre National d’Etudes Spatiales (CNES) em associação com diversos parceiros internacionais, incluindo a Agência Espacial Europeia.

A missão tem como principais objetivos científicos a descoberta de planetas extra-solares, através da observação de um fenômeno designado por trânsito, e o estudo do interior das estrelas, e da sua evolução, através de uma técnica conhecida por asterossismologia.
Para cumprir com os seus objectivos, o instrumento a bordo do CoRoT deverá ser capaz de detectar pequenas variações periódicas no brilho das estrelas sob observação. Para tal, o satélite transporta um telescópio afocal de 27 cm de diâmetro, equipado com uma câmara com 4 detectores CCD, e irá observar 5 regiões diferentes do céu, cada uma por um período de 150 dias consecutivos.
• Peso: 630 Kg
• Altura: 4,2 m
• Envergadura (painéis solares abertos): 9,6 m
• Precisão: 0,5 seg. arc
• Peso (instrumento): 300 Kg
• Comprimento (instrumento): 3,2 m
• Altitude: 896 Km
• Órbita: Polar
• Duração da missão: 2,5 anos (mínimo)
• Telescópio afocal de 27 cm;
• Câmara de grande campo (consegue observar cerca de 10º de raio, no céu);
• 4 detectores CCD de 2048 x 2048 pixels;
• Electrónica: Sistemas de controlo, de processamento e transmissão de dados.
As estrelas são um dos principais constituintes do Universo e reúnem as condições necessárias para a produção da grande maioria dos elementos químicos existentes. Além disso, compreender as estrelas é um passo essencial para compreender fenômenos relacionados com as mesmas, como, por exemplo, a formação de sistemas planetários e, particularmente, de planetas semelhantes a terra.
O que se busca são planetas telúricos isto é, corpos celestes com características semelhantes aos planetas rochosos como a Terra em volta de outras estrelas.
A existência de sistemas planetários para além do nosso sistema solar tem vindo a ser repetidamente comprovada, ao longo da última década. De fato, mais de 200 planetas extra-solares foram descobertos até hoje a orbitar em torno de outras estrelas. A maioria destes planetas são gigantes gasosos, algo semelhantes a Júpiter. A sua descoberta foi possível através da analise da perturbação que os mesmos causam no movimento da estrela em torno da qual descrevem a sua órbita. Pelo contrário, a detecção de pequenos planetas rochosos constitui, ainda hoje, um enorme desafio para a astronomia.
Quando um planeta semelhante a Júpiter passa em frente da estrela em torno da qual orbita, cerca de 1% da luz emitida pela estrela é bloqueada. Do ponto de vista do observador, o brilho da estrela aparece reduzido, voltando ao seu valor normal quando o trânsito termina. No caso de se tratar do trânsito de um planeta semelhante à Terra, a luz da estrela é reduzida apenas cerca de uma parte em dez mil., daí a necessidade de altíssima precisão.
Fonte: ESA
Quem quer fazer uma apostinha: garanto que até meados de 2008 teremos observado um planeta com características geofísicas bastante semelhantes à nossa Terra (composição, proximidade relativa à sua estrela central, etc.).
