Lembranças do Futuro?

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Euzébio
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Lembranças do Futuro?

Mensagem por Euzébio »

Não viveram centenas de anos os patriarcas da Bíblia?...



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Aubrey de Grey
geneticista da Universidade de Cambridge

Geneticista defende tese de que é possível viver mil anos
O envelhecimento é um fenômeno físico que acontece em nossos corpos. Em algum momento no futuro, com a medicina cada vez mais poderosa, nós inevitavelmente seremos capazes de tratar o envelhecimento com a mesma eficiência com que tratamos muitas doenças hoje em dia.


Acredito que estamos perto disso por causa do projeto SENS, criado para prevenir e curar o envelhecimento.

Não se trata apenas de uma idéia: é um plano muito detalhado para reparar todos os tipos de danos moleculares e celulares que ocorrem conosco ao longo do tempo.

E cada um dos métodos para fazer isso já funciona de forma preliminar (em experiências clínicas) ou é baseado em tecnologias que já existem ou precisam apenas ser combinadas.

Isso significa que todas as etapas do projeto devem funcionar totalmente em ratos dentro de apenas dez anos, e nós podemos levar apenas outros dez anos para conseguir que funcionem em humanos.

Com essas terapias, ao envelhecer, não ficaremos mais frágeis, desgastados pela idade e dependentes, e eventualmente não sucumbiremos às inumeráveis e terríveis doenças progressivas da velhice.

Milhares de anos

Nós ainda vamos morrer, é claro – ao atravessar a rua sem tomar cuidado, ao levar picadas de cobras venenosas, ao pegar uma nova variante de gripe, etc. Mas não da maneira como muitos de nós morremos hoje em dia.

Então, será que isso vai acontecer a tempo para as pessoas vivas atualmente? Provavelmente. Essas terapias se aplicam a pessoas na meia-idade ou mais velhas que têm uma quantia razoável de danos acumulados.

Acho que a primeira pessoa a viver mil anos pode já ter 60 hoje em dia.

Existem sete principais tipos de danos moleculares e celulares que eventualmente se tornam ruins para nós – incluindo células perdidas sem substituição e mutações em nossos cromossomos.

Cada um desses danos é potencialmente reparável com tecnologias que já existem ou estão em desenvolvimento ativo.

A duração de nossas vidas será muito mais variável do que agora porque as pessoas não ficarão mais frágeis com o passar do tempo.

A média de idade será de alguns milhares de anos. Esses números são palpites, é claro, mais se baseiam na freqüência com que os jovens morrem hoje em dia.

Se você é um adolescente razoavelmente atento para os riscos, em uma vizinhança com bons recursos e sem violência, a chance de você morrer no ano que vem é bem menor do que uma em mil – o que significa que, se continuar assim para sempre, você tem uma chance de 50% de viver mais de mil anos.

E lembre-se: em nenhum momento você sofreria enfraquecimento, debilidade ou dependência – você seria jovem, mental e fisicamente.

Direito à vida

A cura do envelhecimento vai mudar a sociedade de maneiras inumeráveis. Algumas pessoas têm tanto medo disso que pensam que deveríamos aceitar o envelhecimento como ele é.

Acho isso diabólico, significa que deveríamos negar às pessoas o direito à vida.

O direito de escolher viver ou morrer é o mais fundamental que existe. Ao mesmo tempo, a responsabilidade de dar aos outros essa oportunidade da melhor forma possível é a responsabilidade mais fundamental que existe.

Não há diferença entre salvar vidas e estender vidas porque, nos dois casos, estamos dando às pessoas a chance de viver mais. Dizer que não deveríamos curar o envelhecimento é antiquado, é afirmar que não vale a pena oferecer tratamento médico a pessoas velhas.

As pessoas também afirmam que vamos ficar terrivelmente entediados, mas digo que temos recursos para melhorar a capacidade de todos de aproveitar a vida ao máximo.

Pessoas com uma boa educação e tempo para usá-la nunca ficam entediadas hoje em dia e não consigo imaginar que as coisas novas que elas gostariam de fazer se esgotem.

E, para finalizar, algumas pessoas acreditam que isso tudo poderia significar brincar de Deus ou ir contra a natureza, mas aceitar o mundo como nós o encontramos não é natural para nós.

Desde que inventamos o fogo e a roda, temos demonstrado nossa habilidade e nosso desejo inerente de consertar as coisas que não gostamos em nós mesmos e em nosso ambiente.

Nós iríamos contra o aspecto mais fundamental do que é ser humano se decidíssimos que devemos conviver para sempre com algo tão horrível como alguém ficando frágil, desgastado pela idade e dependente.

Se mudar o nosso mundo é brincar de Deus, esse é apenas mais um motivo por que Deus nos fez a sua imagem e semelhança.

* Aubrey de Grey lidera o projeto SENS na Universidade de Cambridge e concorre ao Prêmio Rato Matuzalém, dedicado a pesquisas de combate ao envelhecimento em ratos. O cientista escreveu este texto a pedido da BBC, que fez uma série de reportagens especiais sobre o envelhecimento.


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Glóbulos vermelhos

Esta imagem de glóbulos vermelhos é uma das que aparece no livro "The Body: Fantastic Images from Beneath the Skin".
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Obscuro
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Mensagem por Obscuro »

Legal, muito legal...

Mas a questão de controle da natalidade se tornaria uma necessidade, já que sem esse quesito, os recursos naturais e os metros quadrados onde vivemos se tornariam bem mais escassos e disputados (do que já são!).
Desde que inventamos o fogo
Inventamos o fogo?! :lol: Quando aprendemos a manipula-lo não?
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Calma, Obscuro.

Um problema de cada vez: primeiro, a imortalidade, depois a densidade demográfica... :)
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Obscuro
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Mensagem por Obscuro »

Euzébio escreveu:Calma, Obscuro.

Um problema de cada vez: primeiro, a imortalidade, depois a densidade demográfica... :)
Claro, só estou mostrando o que pode vir a acontecer só isso.

Agora em relação ao titulo do tópico, você acha que os patriarcas da bíblia viveram tanto devido a alguma tecnologia alienígena dada a eles...É isso?
...bala magica...
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Obscuro escreveu:Agora em relação ao titulo do tópico, você acha que os patriarcas da bíblia viveram tanto devido a alguma tecnologia alienígena dada a eles...É isso?
O que eu penso é que já tivemos, em tempos remotíssimos, uma tecnologia superior a que possuímos hoje e que, devido a algum(s) cataclismo(s) inimaginável(is) (do tipo choche com um cometa=dilúvio), a perdemos.

Pensando assim, os patriarcas bíblicos poderiam ser remanescentes desta humanidade perdida, e que provavelmente viviam muitos séculos.
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cientista
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150 anos

Mensagem por cientista »

Cientista preveram a idade máxima de um ser humano nos próximos 100 anos.

Hoje as crianças que nascem num país desenvolvido poderá viver até 150 anos, isto poderá acontecer por causa da evolução da ciência (medicina) e qualidade de vida.

Tomara que aqui num país subdesenvolvido a gente pegue uns 130 anos que estaria muito bom.
«©ìèñ┴ϧ┴Ä»
Latorre
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Mensagem por Latorre »

Obscuro, meu chapa (eu adoro seus comentarios! :D )
Realmente, o controle de natalidade SERIA fundamental SE a humanidade nao se auto-regulasse. Thomas Maltus (muita gente ainda defende sua teoria) defendeu por muito tempo que o mundo estaria fadado a fome, em virtude do crescimento demografico. A populaçao mundial crescia geometricamente enquanto que os alimentos nao.

POREM, com o avanço da educaçao, a pop passou de crescer desta forma. Hoje, a maioria dos casais ditos civilizados tem no maximo 2 filhos. Verifica-se na Europa, p.e., que em varios paises o crescimento demografico eh negativo. Isso mesmo, a pop estah diminuindo ao inves de aumentar. Imagine, se cada casal deixar apenas 1 filho, a pop diminui pela metade :shock:

Jah ha algum tempo estao sendo desenvolvidos estes estudos. O envelhecimento estah na extremidade dos cromossomos. A cada multiplicaçao celular, um pedacinho dessa aste na estremidade cromossomial diminui, ocasionando o que chamamos envelhecimento. Fazendo-se com que as celulas dividam-se mantendo esta ponta cromossomial (que nao sei o nome) do mesmo tamanho, elimina-se o problema.

Mas nao acho q o povo vai morrer com falta de espaço nem fome nao...
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Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)
Obscuro
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Mensagem por Obscuro »

A apreciação é mutua

É sempre interessante colocar os dois lados da moeda(coisa que adoro fazer)...Então tem aqui uma pequena reportagem da Super falando o que aconteceria se fossemos imortais...Mostrando o lado negativo (Não é a mesma coisa do artigo do Euzébio, mas chega bem perto)...

Obs: Não concordo com ela

VE se... fôssemos imortais?

Por Mariana Iwakura

Você poderia fazer tudo o que deseja mas acha que não vai ter tempo para realizar. Afinal, o tempo seria infinito. Você poderia ser advogado, depois pescador, astronauta e estilista. Poderia namorar muitas mulheres (ou homens. Ou os dois) e viajar com eles pelo mundo. Além disso, você não viveria a angústia de saber que todos que ama morrerão um dia.

De fato, em um primeiro momento, a perspectiva de ser imortal parece muito boa. Acontece que a morte está muito mais presente na nossa vida do que imaginamos. "Nós nos organizamos para a morte. A partir dos 4 anos, a criança já sabe que vai morrer um dia. Sabemos que vamos perder pessoas e situações e que devemos nos preparar para isso", diz Maria Júlia Kovács, professora de psicologia da morte da USP.

A morte está ligada à religião, à criatividade humana e à reprodução da espécie. "A vida seria um presente infinito, sem noção de futuro", diz o físico Marcelo Gleiser, autor do livro O Fim da Terra e do Céu: o Apocalipse na Ciência e na Religião. Para ele, é o tempo finito que nos dá a necessidade de buscar algo que vá além do nosso tempo. A imortalidade, portanto, levaria todos à estagnação intelectual e cultural.

Se você acha que viver para sempre é assunto só para a imaginação, saiba que a ciência anda se preocupando com isso. Alguns pesquisadores vêem a velhice como um processo de degradação celular, a senescência, uma doença que poderia ser curada. Avanços na biotecnologia também podem levar à preservação do corpo por meio da clonagem. É possível que, no futuro, tenhamos uma espécie de "corpo reserva", pelo qual trocaríamos nosso corpo jà envelhecido. Nossa consciência seria transferida como um conjunto de informações digitais - como se transferem arquivos em CD hoje em dia. Num mundo sem envelhecimento ou doenças, a única maneira de morrer seria por traumas - acidentes de carro ou tiros, por exemplo. Continua achando que seria bom? Acompanhe algumas das conseqüências que viriam por aí.

Infinitos fragmentos

A vida seria uma sucessão interminável de eventos pouco emocionantes

Arquivo de dados

"O cérebro, como um computador, tem memória finita. Depois de mais ou menos 70 anos, ele começa a ficar bem menos eficiente", diz o neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro, da Duke University (EUA). Assim, teríamos que usar fotografias ou vídeos para arquivar todas as nossas lembranças

Descanso merecido

O trabalho seria para sempre. Se parássemos, não haveria sistema de previdência que arcasse com tantos aposentados. O mais provável é que tirássemos férias longas entre uma carreira e outra

Cabe mais um?

Para evitar a superpopulação, teríamos que controlar os nascimentos. Alguém teria que desistir da vida para outro nascer. Isso não seria um problema, já que a vontade de ter filhos está ligada à necessidade de perpetuar a espécie. Imortais, é bem possível que o instinto maternal fosse por água abaixo

Homens sem fé

"Uma das bases da religião é a relação com a morte", diz o psiquiatra Paulo Dalgalarrondo, da Unicamp. "Sem ela, os homens se afastariam das religiões". A moral religiosa seria substituída por leis humanas, e as igrejas virariam museus, com valor apenas histórico

Câmara de suicídio

Sem memória, filhos, religião ou cultura, o tédio tomaria conta da existência. "Muitas pessoas apelariam para o suicídio, quando batesse o cansaço de viver", afirma Marcelo Gleiser

Cultura estagnada

Não haveria a ânsia existencial de criar. "O motor criativo está ligado à consciência de morte", diz o físico Marcelo Gleiser. Além disso, as mesmas pessoas, com as mesmas idéias, estariam para sempre na terra. Se chegássemos à imortalidade em 1989, por exemplo, estaríamos dançando lambada até hoje
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Se fôssemos imortais, certamente nos lançaríamos à definitiva conquista do espaço, pois nem o tempo nem o envelhecimento seriam problemas.

Concordo com as câmaras de suicídio, que seriam muito concorridas.

Não acho que a imortalidade traria o fim das religiões. Estas se adaptariam à nova realidade.

O fim da memória é um engano. Se o corpo não morre, também não deteriora. Penso que o cérebro selecionaria as memórias mais importantes e descartaria as menos importantes. A recordação de um passado remoto seria como a recordação de um sonho bonito ou de um pesadelo, daqueles que temos que forçar a memória.

Certamente viveríamos vários amores - em épocas distintas - e teríamos muitos, mas muitos filhos mesmo!

Teríamos várias profissões, tenderíamos a aprender de tudo, em sua totalidade - pelo excesso de tempo disponível.

Todos os cantos da Terra seriam habitados e a riqueza seria mais comum que a pobreza.

É o que eu penso.
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Inteligencia

Mensagem por cientista »

... se fôssemos imortais provavelmente nosso organismo teria mais vitalidade, ou seja o homem nunca se "cansaria", o homem então buscaria cada vez mais informações e se tornaria ainda mais inteligente.
«©ìèñ┴ϧ┴Ä»