
Uma vez relatada a descoberta a seus companheiros de equipe e responsável da obra, procedeu-se a cavar fundo para descobrir o comprimento e a fonte do surpreendente buraco. Uma pá aprofundou, sob o olhar atento dos funcionários do KA Aurstad, quatro metros nas entranhas da rocha sem chegar a descobrir onde ele termina, pois o mesmo buraco em forma de estrela adentrava como um pequeno túnel na direção das montanhas próximas ao penhasco do fiorde de forna insistente e teimosa. O túnel ia mais longe através do solo num ângulo de 20-30 graus para baixo, mas, infelizmente, o buraco estava coberto com lama ao longo do seu percurso e sua limpeza resultava difícil, tornando necessária a utilização de muitas horas de trabalho. Em muitos anos de profissão dos ali presentes, ninguém podia acreditar na descoberta surpreendente. Nao se lembravam de ter encontrado algo sequer remotamente semelhante.

Longe de ser esquecido, o evento se espalhou como fogo na pequena cidade de Volda. Vários jornais do país escandinavo, tanto locais como nacionais rapidamente ecoaram a notícia, e estiveram muito tempo interessados em tentar encontrar uma solução, mas nenhum foi bem sucedido. Depois, pouco a pouco, a questão estava sendo esquecida. Durante o caso e o acompanhamento da investigação participaram muitos especialistas em geologia, engenharia e até mesmo os moradores mais velhos da aldeia. Estes últimos disseram que a última vez que houve qualquer atividade de construção na área foi na década de 50, quando parte da montanha foi remodelada para criar vagas de estacionamento. Posteriormente não realizou-se qualquer obra na vizinhança, como constatavam os registros municipais. No entanto, o buraco foi encontrado vários metros no interior do limite da área que teve lugar a construção anterior. Também próximo a esta mesma área, os registros resgataram a existência de uma pedreira na década de 30 do século passado, que forneceram materiais para vários locais na região por alguns anos.
Embora esta informação tenha sido o suficiente para "desinflar" a enigmática existência do buraco de Volda, dando uma possível explicação para a sua realização por mãos humanas, entre 1930 e 1950, havia muitos especialistas que, após um estudo detalhado do buraco, descartaram esta hipótese. Sabia-se da utilização de martelos pneumáticos que empregavam até seis peças unidas de brocas que podiam ser montadas horizontalmente formando assim um buraco, e assim uma furadeira que girasse e martelasse com seis pontas poderia deixar uma forma similar. Mas como se explica a enorme extensão do buraco, impossível para qualquer ferramenta deste tipo ainda hoje? Para não falar de variações de ângulos, em seu caminho ou a perfeição das paredes polidas do furo, o que contrasta fortemente com um feito por brocas, ou mesmo as sete e não seis pontas que conformam toda a extensão do dito buraco. Além disso, que explicação ou utilidade poderia ter tido semelhante buraco em uma obra na década de 50 ou pedreira na década de 30?

Alguns geólogos optaram pela possibilidade de formação natural do túnel de Volda, produzido por um cristal que foi posteriormente dissolvido pela água ao longo de milhares de anos e que por acaso deu ao buraco a aparência espetacular que vemos hoje. O cristal teria ocorrido quando um líquido formou lentamente um sólido, esta formação pode resultar da congelação de um líquido, o depósito de matéria dissolvida ou a condensação direta de um gás num sólido.
Os ângulos entre as faces correspondentes de dois cristais da mesma substância são sempre idênticos, qualquer que seja o tamanho ou a forma da diferença de superfície.
A maior parte da matéria sólida mostra um arranjo ordenado de átomos e tem uma estrutura cristalina. Mas, em nenhum caso, estes mesmos geólogos puderam explicar como o buraco na montanha se projetava em linha reta, como se pode fazer um cristal, e, em seguida, virar à direita intencionalmente.
Surpreendentemente, apesar da ausência de evidências claras sobre a origem do buraco- estrela de Volda, preferiu-se desenhar um véu, aceitando-se a crença de que sua realização foi devida em algum momento à mão do homem no passado século, ou, no pior caso, a uma caprichosa forma esculpida ao acaso na dura rocha pela natureza. Porque se não, que outra causa possível poderia ter sido capaz de executar de forma tão incrível e absurda tarefa aos nossos olhos?
fonte: http://libertaliadehatali.wordpress.com ... -de-volda/