Estudo não identifica aceleração da inversão dos polos magnéticos da Terra

Estudo não identifica aceleração da inversão dos polos magnéticos da Terra
Anomalia no campo magnético da Terra está crescendo e se dividindo (Imagem: Division of Geomagnetism, DTU Space)

Tempestades solares e radiação são um grande problema para equipamentos eletrônicos na Terra e principalmente para os satélites no espaço. A melhor proteção que o nosso planeta oferece contra esse fenômeno é o campo magnético terrestre. Uma grande parte da própria radiação do Sol, fora do espectro visível — os chamados raios ionizantes — pode ser mortal para a vida na Terra e para toda a atmosfera, mas é em grande parte barrada pelo nosso campo magnético.

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O problema é que há uma imensa anomalia no campo magnético da Terra, com epicentro bem em cima do Brasil. Nesta região o campo é mais fraco; a falha atinge grande parte da América do Sul e se estende até a costa do continente africano.

Já faz algum tempo que os cientistas estão cientes dessa falha e passaram a monitorá-la. A má notícia é que ela parece estar se expandindo e se dividindo em duas “bolhas”. Alguns cientistas estavam preocupados de que isso pudesse significar que estes seriam os primeiros sinais de que está começando (ou acelerando) uma inversão dos polos magnéticos da Terra.

A boa notícia é que a própria existência da anomalia talvez seja um indicativo de que nenhuma inversão é iminente. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), dos EUA. O estudo foi realizado pelos pesquisadores Yael A. Engbers, Andrew J. Biggin e Richard K. Bonopelos, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido.

Uma inversão magnética acontece quando os polos magnéticos Norte e Sul trocam de posição. A Ciência já sabe que essa inversão vai acontecer, mas teorizou que seria uma mudança lenta e bastante gradual. Ela terá grandes impactos na navegação, no funcionamento de equipamentos eletrônicos e até na orientação de voo de pássaros. Contudo, havia o receio de que a chamada Anomalia do Atlântico Sul indicasse uma aceleração da mudança, causando bastante instabilidade no campo magnético.

A pesquisa dos cientistas de Liverpool usou medições tomadas a partir de rochas da região de Santa Helena, uma ilha no Atlântico Sul que consiste em dois vulcões que se formaram entre 8 e 11 milhões de anos.

[O fato de que] “O campo atual (PDF) em Santa Helena (…) não o coloque fora da faixa “normal” de variação secular para esta região sugere que a Anomalia do Atlântico Sul não representa uma anomalia de magnitude suficiente para anunciar uma reversão iminente”, conclui o estudo.

Então calma: não é o caso de entrar em pânico! A mudança não deverá ser brusca; pode ser que leve ainda milhões de anos, não milhares, como sugerido em artigos anteriores. “Consideramos que isso deve ser tranquilizador para a comunidade geológica e paleogeográfica”, pondera o estudo.

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Mesmo assim, será importante os cientistas continuarem atentos: a inversão trará um impacto global que não pode ser desprezado e pode trazer garantes transtornos para a humanidade. A pesquisa foi publicada em agosto de 2020.

Com informações de PNAS

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Redação Vigília

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