Amostras de asteroide Bennu estão vazando da sonda OSIRIS-REx, da NASA

Amostras de asteroide Bennu estão vazando da sonda OSIRIS-REx, da NASA
Nave OSIRIS-REx colheu tanto material do asteroide Bennu que aparentemente a amostra não coube no coletor e está vazando. A rocha tem o temanho do Empire State Building (Imagem: Wkflower/Wikipedia)

A missão OSIRIS-REx, de coleta de amostras do asteroide Bennu, realizada pela NASA, foi tão bem sucedida que parte do material está vazando. A sonda fez com sucesso seu pouso no asteroide e esperava-se de coletasse cerca de 60 gramas de material da rocha espacial. Aparentemente, no entanto, pegou cerca de 400 gramas, o que está causando dificuldades para acomodar e manter a amostra no coletor.

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O pouso em si foi descrito pela própria agência espacial norte-americana como uma missão de “engenharia complexa”. Foi transmitido ao vivo pela Internet. Depois do sucesso inicial, os cientistas se assustaram: perceberam uma espécie de nuvem com cerca de 10 gramas de pó do Bennu flutuando ao redor do coletor da OSIRIS-REx.

Inicialmente pensaram que o material estava se perdendo pela microgravidade. Mas segundo as medições preliminares, o material flutuando é o excesso da amostra que não coube no coletor.

Em entrevista ao New York Times, Thomas Zurbuchen, administrador associado para a ciência na NASA, afirmou que “O tempo é essencial”, porque “Há tanto ali [no coletor] que o diafragma que deveria manter a amostra está aberto”. Por isso a NASA pretende adiantar os preparativos para armazenar o material e provavelmente pular a etapa da pesagem. “É preciso lembrar que todo o sistema está em microgravidade”, disse Dante Lauretta, investigador principal da missão, ao New York Times.

Bennu tem chance de se chocar com a Terra em 2135

Bennu às vezes é chamado de “asteroide do apocalipse” porque tem uma chance em 2700 de se chocar com a Terra em 2135. É uma chance pequena, segundo a NASA, mas ele tem o tamanho do Empire State Building, o que significa que pode realmente ser catastrófico.

Ao analisá-lo, os cientistas esperam encontrar pistas de como montar uma defesa para ameaças similares. Além disso, Bennu é altamente interessante para a ciência, pois sua composição é a mesma dos primórdios do Sistema Solar. É diferente da Terra e dos outros planetas, que já passaram por muitas transformações.

Há uma expectativa de que Bennu tenha pistas sobre a origem da vida na Terra ou até mesmo da possibilidade de formação dela em outros astros do nosso Sistema Solar. Desde a maior aproximação, em 2018, a sonda OSIRIS-REx já identificou veios de carbonatos, silicatos e até água absorvida na composição da rocha.

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As amostras de Bennu devem retornar à Terra apenas em 2023. Mas essa não é única missão trazendo amostras de um asteroide em curso. Lançada em 2014 pelo Japão, depois de uma tentativa fracassada anos antes, a sonda a Hayabusa 2 coletou amostras do asteroide 162173 Ryugu. Sua chegada em retorno à Terra está previsto para dezembro de 2020.

Com informações de The New York Times

Redação Vigília

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