Conheça os detalhes do disco voador que está sendo construído para a NASA

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Por Eduardo Castor Borgonovi, da Agência Estado*

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A nave está a uma altura relativamente baixa. Tem a forma de disco ou prato. Olhada de outro ângulo, parece um charuto. Ela se move a uns 150 km/h, sem emitir nenhum som. De repente, assume uma velocidade incrível e some, num piscar de olhos.

O que é isso?

Um OVNI, sem dúvida, pois trata-se de objeto não identificado.

Mas, será uma nave extraterrestre, pilotada por homenzinhos cinzas, ou seres altos e louros?

Nada disso. É o primeiro disco voador construído no planeta Terra e está sendo desenvolvido para a NASA por cientistas muito humanos, num centro de pesquisas em Troy, no Estado de Nova York, Estados Unidos.

Seu sistema de propulsão é inédito e altamente revolucionário, em termos terrestres: microondas. Isso mesmo: um grupo de cientistas do Instituto Politécnico Rensselaer, liderados pelo prof. Leik Myrabo, descobriu que as mesmas ondas que nos permitem esquentar um sanduíche podem propelir naves a velocidades jamais imaginadas, sem nenhum gasto de combustível.

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O protótipo dessa nave, batizada de Lightcraft, terá a forma de disco voador, segundo o próprio prof. Myrabo, “porque é dessa forma que a física trabalha”. É um subproduto avançado de uma nave metálica de 25 gramas, impulsionada por um laser infravermelho de 10 kilowatts, desenvolvida no Centro de Mísseis de White Sands, Novo México.

Basicamente, a Lightcraft tem uma estrutura construída com filme de silicone transparente, com um grande refletor parabólico para captar a energia vinda do espaço. Deverá ser contornada por dois anéis magnéticos supercondutores e ter uma série de motores iônicos com células solares.

Na hora do lançamento, a Lightcraft poderá usar eletricidade fornecida por suas células solares para ionizar o ar e movê-la através de descargas eletrostáticas. Ela se moverá, nesse estágio, a uma velocidade de até 160 km/h (100 mph).

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Ao acionar o transmissor de microondas, ela assumirá uma velocidade tão alta que sumirá num piscar de olhos. As microondas serão fornecidas pelo refletor interno e serão usadas para aquecer o ar num dos lados da nave, empurrando-a com imensa força na direção oposta.

“Desse modo ela será levada a uma boa atitude e além da velocidade do som”, explicou o prof. Myrabo, durante uma conferência a especialistas da NASA, no último dia 16 de abril. Depois de algum tempo, continuou, a nave será impelida por uma grande “bolha” de ar quente produzida pelas microondas, alcançando uma velocidade de 25 vezes a do som.

Ela não emitirá nenhum som e não provocará uma onda de choque, como acontece com as naves de motores até hoje conhecidos, que provocam explosões ao superar a velocidade do som.

“Meu sonho sempre foi diminuir em mil vezes o custo de lançar uma nave ao espaço, e com combustível totalmente limpo”, explicou o prof. Myrabo durante a reunião da NASA, em Huntsville, Colorado. Para isso, desde 1972 ele vem trabalhando a partir de uma idéia de Arthur Kantrowitz: usar laser para lançar satélites ao espaço. Myrabo introduziu uma variante na teoria de Kantrowitz, usando como propulsor a atmosfera, aquecida por um laser.

Seu primeiro protótipo para a NASA foi o de uma nave de 5 metros, para 4 pessoas. Depois disso, aperfeiçoou o sistema de laser e seu trabalho foi tão bom que interessou à Organização para a Defesa Estratégica, órgão do governo dos EUA, que lhe pediu para adaptar seu sistema ao lançamento rápido de satélites com menos de 100 quilos.

O passo seguinte foi desenvolver um laser de 150 kilowatts que poderia lançar um satélite pesado a 30 km de altura.

Agora, entretanto, Myrabo e os cientistas da NASA acreditam que no começo do século XXI tudo isso será superado pela Lightcraft, de microondas. O protótipo que está sendo desenvolvido terá 20 metros e poderá levar 12 pessoas. Deverá ser alimentado da superfície da Terra até a Lua por luz solar capturada por uma estação orbital e convertida em microondas.

A tripulação terá que viajar dentro de tubos cheios de líquidos, para protegê-los da ação de imensas forças gravitacionais produzidas pela alta velocidade da nave. Outra hipótese, já em desenvolvimento em alguns centros de pesquisas da Força Aérea Norte-Americana, a tripulação poderá respirar um fluido oxigenado que protege seus pulmões.

Pode parecer algo muito distante, porém o prof. Myrabo explica que os princípios já foram testados e confirmados no Instituto Rensselaer e a construção da Lightcraft não vai demorar tanto quanto possa parecer.

“Com ela”, explica, “será possível ir da Terra à Lua em cerca de 5 horas e meia”.

Com certeza, as informações sobre essa nave, ainda divulgadas muito discretamente pela NASA (inicialmente só ela e órgãos militares terão acesso ao protótipo) vai agitar o mundo ufológico.

Versões há muito repetidas com insistência pelos ufólogos afirmam que governos de países poderosos da Terra teriam mantido contato com extraterrestres e passado a receber informações tecnológicas desses seres.

A versão mais maldosa diz que houve um acordo do governo dos Estados Unidos com os homenzinhos cinzentos, permitindo a eles fazerem pesquisas científicas em nosso planeta (inclusive com seres humanos) em troca de informações tecnológicas. Esse acordo terrível teria sido feito em meio às tensões e medos da Guerra Fria, o que justificaria uma coisa tão escabrosa.

Outra versão é a de que vários OVNIs teriam caído na Terra nos últimos anos, inclusive com tripulantes, capturados e levados para a célebre Área 51, onde estariam sendo estudados até hoje.

Por mais que o prof. Myrabo, a NASA, o governo dos EUA e outras entidades neguem qualquer dessas versões tidas como fantasiosas, com certeza as suspeitas vão aumentar, assim como as pressões para que sejam revelados documentos secretos.

Talvez o prof. Myrabo não tenha mesmo recebido nenhuma informação de extraterrestres, porém, quem sabe tenha de algum modo se inspirado na forma discóide para desenvolver seu protótipo.

Dificilmente vamos saber a verdade.

*Publicado com autorização do autor

Redação Vigília

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