Estranho sinal de rádio desafia astrônomos

Astrônomos detectaram um estranho sinal de rádio sendo emitido a cerca de 15 mil anos-luz de distância da Terra. O objeto que parece estar emitindo o sinal, chamado GPM J1839-10, já era conhecido dos cientistas mas só agora eles perceberam que está emitindo ondas de rádio de forma completamente estranha a outras fontes de rádio pulsantes: uma a cada 22 minutos, o que é incrivelmente lento para um corpo celeste de sua classe.
Os sinais desse objeto já vêm sendo detectados há mais de 30 anos, sendo a primeira vez em 1988, mas conseguiram se manter imperceptíveis até agora. Os pesquisadores acreditam que a fonte dos sinais seja um magnetar de giro muito lento, mas caso isso realmente se confirme, mudaria completamente o que sabemos sobre esse tipo de objeto, significando que algo de estranho estaria acontecendo.
Um magnetar é um tipo de estrela de nêutrons com um campo magnético extremamente poderoso, estimado em cerca de 1 bilhão de teslas. A principal característica de um magnetar é sua alta emissão de raios X e raios gama. O magnetar é considerado um tipo especial de estrela de nêutrons. Sua rotação, apesar de mais lenta que a de um pulsar, considerado outro tipo de estrela de neutrons, ainda é absurdamente rápida: em média uma volta completa a cada dois a dez segundos.
Mas, no caso deste sinal, além de lentas, as rajadas também têm uma duração relativamente longa e incomum. Podem durar até 5 minutos em cada detecção.
Natasha Hurley-Walker, líder da descoberta, disse em resposta à Science Alert: “Este objeto notável desafia nossa compreensão de estrelas de nêutrons e magnetares, que são alguns dos objetos mais exóticos e extremos do Universo”.
Ela também disse: “Eu tinha cinco anos quando nossos telescópios registraram os pulsos deste objeto pela primeira vez, mas ninguém o notou, e ele permaneceu oculto nos dados por 33 anos. Eles perderam porque não esperavam encontrar nada parecido”.
Este magnetar único está desafiando nossa compreensão do universo e levando os cientistas a repensarem suas teorias. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente este objeto fascinante e suas implicações para nossa compreensão do universo.