Exames de laboratório revelam novos mistérios no Caso Varginha
Uma árvore, desidratada, foi submetida à incrível temperatura de mais de mil graus centígrados. Suas flores foram parcialmente queimadas, mas as folhas nada sofreram.
Dezenas de insetos morreram no local, de causa completamente desconhecida: não foram mortos por agrotóxicos, nem inseticidas, e quase dez meses depois das mortes não apresentavam sinais de putrefação.
Esses são os resultados iniciais de exames de laboratório em amostras colhidas em Varginha que o famoso escritor e pesquisador espanhol J. J. Benitez mandou realizar nas Universidades de Madri e Granada.
Uma série de outros exames está em andamento nos laboratórios daquelas universidades, principalmente com terra colhida em Varginha.
Eles foram revelados em entrevista exclusiva à Agência Estado, concedida por Benitez ao jornalista e escritor espanhol Pablo Villarrubia Mauso (autor de “Mistérios do Brasil”, editora Mercuryo, 97) em La Rábia, Espanha. Embora outros resultados muito importantes devam ser revelados em breve, com estas primeiras informações científicas oficiais o caso Varginha já ganha nova dimensão e apresenta novos desafios aos pesquisadores.
J.J. Benitez esteve em Varginha, Minas, em novembro de 1996. Sua visita ocorreu dez meses após a ocorrência do famoso “Caso Varginha”, quando várias testemunhas – entre elas três estudantes – afirmaram ter visto estranhos seres na cidade e nas redondezas. Na ocasião, Benitez concedeu entrevista exclusiva à Agência Estado mostrando indícios físicos de que, segundo ele, um óvni teria pousado em um terreno próximo ao local onde as três garotas afirmaram ter visto um estranho ser.
Suas afirmações provocaram grande polêmica, no Brasil e no exterior (nota do WebMaster: confira em Vigília n.º 1). Para firmar sua posição e provar que estava certo, Benitez decidiu pedir os exames nos laboratórios das universidades de Madri e Granada, ambas instituições científicas sérias e submetidas ao controle do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha.
O “Caso Varginha” é hoje um dos casos ufológicos de maior divulgação e objeto de interesse e pesquisa em todo o mundo. Ufólogos brasileiros de capacidade e idoneidade inegável pesquisaram o caso e levantaram evidências, testemunhais e factuais, que apontam para a possibilidade de que não só um, mas vários seres tenham sido capturados na região no início de 1996. As investigações levaram, também, à morte misteriosa de um militar, envolvimento de serviços secretos no assunto, remoção de corpos de seres desconhecidos para outros locais, cirurgias secretas em hospitais e uma longa série de relatos envolvendo possíveis avistamentos e quedas de objetos desconhecidos não só em Varginha mas em várias outras cidades próximas no Sul de Minas.
A entrevista
Além de escritor, J. J. Benitez é um experiente pesquisador de casos ufológicos. Autor de livros de ficção, como a famosa série “Operação Cavalo de Tróia” ele também publicou várias obras com seus estudos, em campo, de famosos casos da ufologia mundial. Sua carreira de escritor começou em 1975, quando foi enviado ao Peru como repórter do jornal “Gazeta de Bilbao” e pessoalmente avistou um óvni.
Nesta entrevista ele conta a Pablo Villarrubia seu envolvimento com o “Caso Varginha” e revela os resultados dos exames.
Pergunta: – Como foi que você descobriu o local onde supostamente desceu um óvni?
Benitez: – Foi durante uma viagem que fiz, só por curiosidade, a Varginha, em novembro passado, acompanhado de dois ufólogos de Minas, Aníbal Albuquerque e Tadeu Mendes. Não queria investigar nada, pois muitos pesquisadores brasileiros e até mesmo estrangeiros já haviam colhido muitas informações. Mas, como uma dessas casualidades que ocorrem na vida, ao chegar ao local onde três adolescentes viram uma estranha criatura, perguntei aos meus colegas brasileiros se haviam visto mato queimado perto do lugar dos acontecimentos, ou seja, onde os bombeiros capturaram o ser que possuia olhos vermelhos, pele marrom e cabeça desproporcionalmente grande. Disseram que não. Intuitivamente caminhei em direção a um declive de terra com um pequeno bosque e mato. Olhei o chão e foi então que encontrei três orifícios no solo, com cerca de 20 centímetros de profundidade e espaçados entre 9 e 11 metros.
P: – Por que poderiam ser marcas deixadas por um óvni?
Benitez: – Lá não é uma área de cultivo, tem um desnível de 8 graus e também não tinha nenhum sentido colocar três estacas ali para alguma cerca ou construção. No centro do triângulo formado pelos buracos encontrei insetos e plantas estranhamente ressecadas. Os orifícios estavam limpos e a terra dura. O mato os cobria parcialmente.
P:- Então, foram feitas análises da terra e das demais amostras recolhidas?
Benitez: – Sim. Agora saíram os primeiros resultados, que são reveladores. As amostras de terra foram enviadas ao Departamento de Geologia da Universidade de Granada e ao Departamento de Geologia da Universidade de Madri, talvez os mais conceituados da Espanha, ambos dependentes do Conselho Superior de Investigações Científicas. Ainda falta uma resposta conclusiva a respeito dos exames da terra. Entretanto, já tenho em mãos os resultados das amostras das plantas, apresentados pelo Departamento de Botânica da Universidade de Granada. Nelas há estranhas queimaduras. As flores estão queimadas parcialmente, mas as pétalas estão intactas. Se fosse um incêndio normal, toda a planta teria sido queimada. Peguei amostras de uma árvore perto de um dos buracos e parte dessa árvore está seca. A surpresa é que o laboratório mostrou que isso foi provocado por uma temperatura de mais de mil graus centígrados.
P: – E sobre os insetos?
Benitez: – Eles não apresentam sinais de putrefação – quando os encontrei fazia quase dez meses da suposta captura de um ou mais ETs. O que mais surpreendeu os cientistas é o fato de que tenham morrido simultaneamente, de uma causa desconhecida. Aliás, não havia vestígios de agrotóxicos em seus corpos.
P: – Foi calculado o peso do objeto que supostamente pousou em Varginha?
Benitez: – Recebi agora mais um quilo de terra daquela área para um estudo complementar de pressão. Um dos supostos pés de apoio fez menos pressão que os outros dois.
P: – Você acredita que um ou mais extraterrestres foram capturados em Varginha?
Benitez: – É difícil acreditar nessa hipótese. Entretanto, já houve antecedentes em outros países, como o famoso caso Roswell, nos Estados Unidos, ocultados ou deformados pelos militares, por isso não descarto a possibilidade. É preciso investigar a fundo e, no caso de Varginha, o relato das testemunhas é importantíssimo.
P: – Você tem recebido críticas de ufólogos brasileiros. Por quê?
Benitez: – Isso foi algo que me entristeceu profundamente. Recebi críticas infundadas em boletins e pela Internet, como se eu tentasse roubar de ufólogos brasileiros casos de óvnis. Supos-se, também, que eu havia garantido que um óvni havia pousado em Varginha. Eu disse que havia essa possibilidade que se poderia confirmar com um estudo científico. Além disso, nunca me propus a escrever sobre o Caso Varginha, mas sim que me parecia interessante investigá-lo um dia. A prova de que não pretendia “roubar” o caso de ninguém – se é que alguém pode dizer-se dono de um caso ufológico – é que no dia seguinte passei os dados que havia descoberto a um renomado ufólogo brasileiro.
P: – E agora, você investigaria a fundo o caso?
Benitez: – Talvez, haja vista que há ainda muitas incógnitas. Porém eu teria que começar da estaca zero, interrogar eu mesmo todas as testemunhas que tiveram contato direto ou indireto com o caso. Inclusive consultaria os militares.
P: – Fala-se muito, ultimamente, sobre as supostas aberturas de arquivos da Aeronáutica espanhola que mostram expedientes relacionados com avistamentos e até mesmo perseguições da óvnis pelas forças armadas. O que já foi revelado até o momento?
Benitez: – Existem cerca de 70 casos que foram apresentados à sociedade civil espanhola e que eu entitulei “a fraude da abertura dos arquivos”. Existem mais de cem expedientes muito mais importantes que não foram revelados e os que saíram à luz estão totalmente manipulados. Nem sequer foi mostrado um documento original, são todos fotocópias, inclusive com partes censuradas. Infelizmente a sociedade espanhola foi vítima de um experimento muito provavelmente orquestrado pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos para testar a reação diante de campanhas de desinformação. O pior de tudo é que por trás dos militares que montaram essa pantomima estão ufólogos civis que colaboraram na política de desinformação, ou seja, trabalham na manipulação de casos ufológicos, a exemplo de Ballester Olmos e Juan Plana, na Espanha, a respeito dos quais tenho documentos que atestam sua participação direta nessa política sórdida.
Matéria veiculada na Coluna Vida, da Agência Estado, reproduzida com autorização do autor