Instituto SETI apresenta a próxima geração de radiotelescópios

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No último dia 19 de abril, em Lafayette, Califórnia, no aniversário de 40 anos do primeiro empreendimento científico de busca por uma civilização extraterreste – o Projeto Ozma – os cientistas do Instituto SETI (de Search for Extra-Terrestrial Intelligence, ou, em português, Busca por Inteligências Extraterrestres), apresentaram o protótipo do que deverá ser a próxima geração de radiotelescópios para a pesquisa SETI. É o projeto “Telescópio de Um Hectare”, ou 1hT, desenvolvido em conjunto por pesquisadores do SETI Institute e da Universidade de Berkeley, na Califórnia.

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Não, não se trata de uma antena com um hectare de diâmetro para captar sinais candidatos a terem origem inteligente vindos de longínquos pontos do Universo. Na verdade, não exatamente. Os pesquisadores estão desenvolvendo um sofisticado sistema de hardware e software que vai utilizar em conjunto pequenas antenas parabólicas, semelhantes –em tamanho e baixo custo– às antenas de TV convencionais, para simular a área de captação de sinais equivalente a uma antena de 10 mil metros quadrados, ou um hectare.

Trata-se do mais sofisticado empreendimento SETI privado já realizado. Comemorando o aniversário de 40 anos do Projeto Ozma, a primeira tentativa científica de captar sinais de rádio de uma civilização alienígena, os pesquisadores apresentaram as sete antenas colocadas em operação para os primeiros testes.

“Este protótipo lança a próxima geração de pesquisa SETI em larga escala”, disse a Dra. Jill Tarter, diretora da pesquisa SETI no Instituto. Dra. Tarter é um exemplo de vida dedicada a esse ramo de pesquisa. Em seu trabalho foi inspirada a personagem fictícia da cientista determinada representada por Jodie Foster, na versão cinematográfica da obra “Contato”, de Carl Sagan. “Há também um tremendo potencial para outras áreas da rádio astronomia. O 1hT é fundamentalmente um novo meio de construir radiotelescópios”, reforçou.

Frank Drake, astrônomo criador da famosa Equação de Drake (que calcula a probabilidade de existência de civilizações alienígenas inteligentes), também comentou a iniciativa. “Este é um dia excitante para o SETI”. Atualmente, Drake é presidente do corpo diretivo do Instituto SETI e professor-pesquisador da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “Nos anos seguintes aos Projeto Ozma, a pesquisa SETI foi envolvida por uma série de teorias dentro de uma ciência que é praticada por eminentes astrônomos ao redor do mundo. O 1hT é o próximo passo lógico no avanço dessa ciência”, destacou Drake.

Operando ainda em caráter de teste, as sete antenas apresentadas pelos cientistas vão a partir de agora fornecer dados para a finalização de todo o aparato técnico necessário para o funcionamento do 1hT. Seus criadores esperam que o radiotelescópio esteja totalmente operacional até 2005.

Redação Vigília

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