Morre o astrônomo Carl Sagan

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Na sexta-feira, 20 de dezembro, a Cosmologia perdeu um de seus maiores divulgadores. Carl Sagan, professor, escritor, astrônomo e estrela do seriado de televisão “Cosmos”, morreu aos 62 anos, no hospital “Fred Hutchinson”, em Seattle, com uma pneumonia decorrente de um cancer.

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Seu trabalho constituiu um marketing importante para a ciência e cosmologia deste século. Sagan tinha uma aptidão como poucos no meio científico: transformar a liguagem complicada dos astrônomos e físicos numa informação didática e acessível a todos. Seu livro “Cosmos” virou seriado de TV na década de 80 e foi apresentado em dezenas de países, incluindo o Brasil.

Para a Ufologia, Sagan sempre se recusou com veemência a aceitar a possibilidade de visitas extraterrestres, mas também sempre pareceu ser o astrônomo de renome que teria maior facilidade em fazê-lo. Talvez por isso, e por sua busca por vida inteligente em outros mundos, tenha sido considerado um sonhador por muitos colegas no meio científico, enquanto era tido como um cético “cabeça dura” pelos ufólogos.

Sagan nasceu no Brooklin, em New York. Tinha 5 filhos, resultado de três casamentos. Sua terceira esposa, com quem ainda estava casado, chama-se Ann Druyan.

Apesar de ser a divulgação da ciência a marca mais característica do astrônomo Carl Sagan, ele foi um cientista brilhante também no campo da pesquisa. Professor da Universidade de Cornell, autor de mais de 20 livros e centenas de estudos científicos, ganhou o prêmio Pulitzer em 1978, por seu livro “Os Dragões do Éden”.

Com PhD em astrofísica pela Universidade de Chicago aos 26, Sagan desde o início da carreira participou como consultor de vários projetos da Nasa, a agência espacial norteamericana. Foi um dos responsáveis pela idéia de colocar, em todas as sondas exploradoras da Nasa, plaquinhas metálicas com informações sobre o planeta Terra e seus habitantes, para o caso de algum vizinho do espaço encontrá-las. Foi também um dos fundadores da Planetary Society (Sociedade Planetária), uma entidade multidisciplinar não governamental que tem por objetivos divulgar e incentivar a pesquisa científica.

A busca por vida inteligente fora da Terra sempre pautou grande parte de seu trabalho. Pouco antes de morrer, afirmou para o jornal The Washington Post: “Eu vou detestar morrer antes de provar isso”.

Quando a Nasa anunciou a descoberta de indícios de bactérias marcianas num meteorito, o áudio de uma entrevista com Sagan correu o mundo atraves da Internet: “Se isso for comprovado , será o maior passo da Humanidade no sentido de descobrir vida inteligente no Universo”, afirmou ele.

Redação Vigília

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