Sonda chega à Lua para determinar se satélite tem água

Compartilhe

A sonda Lunar Prospector, parte de um projeto norte-americano de retomada das pesquisas intensivas do satélite natural da Terra, entrou na órbita lunar no domingo, dia 11 de janeiro. Lançada na terça-feira, dia 6, a nave deverá ficar a 62 quilômetros da Lua. Os técnicos da missão chegaram a cancelar uma correção de órbita que estava prevista devido à precisão com que a rota foi seguida.

----publicidade----

A principal tarefa da Lunar Prospector será fazer um mapeamento completo da superfície da Lua (até hoje apenas 25% do satélite foram mapeados) com imagens de alta resolução. Outra tarefa será o estudo dos campos gravitacionais e magnéticos, e a análise da composição do solo lunar, pesquisando a concentração de determinados minerais.

No entanto, um dos dados mais aguardados pelos cientistas da missão Lunar Prospector é a confirmação da presença de água nos pólos do satélite, o que provavelmente vai alavancar a corrida para o estabelecimento de uma base lunar.

Sonda militar reacendeu interesse
O satélite natural da Terra voltou com força às prioridades da pesquisa espacial depois dos dados enviados por uma sonda desenvolvida inicialmente para uso militar. A missão Clementine, em 1995, ao orbitar a Lua, detectou a possibilidade de haver água armazenada na forma de gelo na cratera Aitken, próxima ao pólo lunar.

Lançada da Base da Força Aérea dos EUA, em Vandenberg, em 25 de janeiro de 1994, por um foguete Titan II G, foi a primeira missão dos EUA à Lua desde o lançamento da Apollo 17, em 1972.

A sonda foi construída pela BMDO – Ballistic Missile Defense Organization (Organização de Mísseis Balísticos de Defesa), parte de um vultoso projeto que ficou conhecido como “Star Wars” (Guerra nas Estrelas). Foi desenvolvida para testar avançados sensores de detecção de mísseis e outros equipamentos que fizeram dela a espaçonave mais aperfeiçoada já lançada para mapear as superfícies rochosas da Lua, num empreendimento de cooperação entre militares norte-americanos e cientistas.

Anomalias e ‘Astroufologia’
A comunidade ufológica internacional espera ansiosa a divulgação das imagens obtidas pela Lunar Prospector. Toda vez que levantamentos cartográficos dos nossos vizinhos no sistema solar vêm a público –como ocorreu com a Clementine, na Lua, missões a Marte e várias outras– muitas imagens anômalas vão parar nas mãos de ufólogos que defendem a existência de bases e espaçonaves extraterrestres nesses corpos celestes, num ramo de pesquisa que já é conhecido como ‘Astroufologia’.

Redação Vigília

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

×