Ufólogo gaúcho diz ter desvendado o mistério do óvni de Rio Grande

Um ufólogo do Rio Grande do Sul afirma ter descoberto a verdade sobre o mistério do óvni de Rio Grande.
Um dos casos de ufologia mais conhecidos do Sul do Brasil – o óvni que teria caído no Porto Miguel da Cunha, localizado entre as cidades de Rio Grande e São José do Norte, no Rio Grande do Sul – foi posto a prova.
E tudo indica que trata-se de uma farsa.
O mistério do óvni de Rio Grande
O Portal Vigília tratou do assunto em julho de 2019 quando a história voltou à tona após o jornal Zero Hora de Porto Alegre publicar um artigo falando sobre o caso.
O artigo do jornal gaúcho trazia a foto de um grande objeto redondo – que lembrava um óvni – suspenso por uma espécie de guindaste e contava detalhes do que teria ocorrido em 1952.
De acordo com a publicação, o estranho objeto teria sido retirado do mar na presença de autoridades e enviado aos Estados Unidos para ser periciado.
E, segundo as testemunhas, seria um óvni de formato circular que tinha refletores em seu entorno. De suas janelas saiam feixes de luz brilhante.
História falsa ou brincadeira?
Entretanto, tudo indica que a história é falsa, ou uma “brincadeira”.
Pelo menos é o que afirma Jose Nussbaum Júnior, da Rede de Ufólogos Gaúchos (RUG).
“Pelo que se pode apurar não existe caso, tudo indica que foi uma brincadeira sobre a foto que se tornou quase uma lenda na cidade”, afirma.
Assim que a história voltou à tona Nussbaun e outro membro da RUG , Marcio Parussini, teriam investigado o caso a fim de desvendar o mistério.
Não existe caso
Em seu blog Nussbaun diz que não existe caso.
“Foram feitos contatos com trabalhadores do porto, com a capitania dos portos, com entidades que estudam a história da Marinha Mercante e indústrias fabricantes de turbinas hidrelétricas”, explica.
Mas por que o contato com fabricantes de turbinas hidrelétricas?
Porque o objeto fotografado seria a tampa de uma turbina hidrelétrica.
A verdade por trás do óvni
Nussbaun destaca que ao fim da Segunda Guerra Mundial o Brasil vivia um momento econômico bastante significativo.
E junto com esse desenvolvimento, a necessidade de geração de mais energia elétrica para suprir a demanda de cidades e indústrias.
“Essa necessidade foi sanada com a construção de usinas Hidrelétricas e Termoelétricas. Como o Brasil não produzia turbinas para serem utilizadas nas usinas as mesmas eram importadas da Europa e Estados Unidos. Muitas destas turbinas chegavam ao Brasil, pelo Sul, e eram desembarcadas no Porto de Rio Grande e seguiam de caminhão até seu destino final”, explica.
“O objeto que vemos na foto é na verdade a parte estática da tampa de uma turbina tipo Kaplan”, continua.
Nenhuma notícia
E, para reforçar ainda mais seus argumentos, Jose Nussbaum Júnior lembra que os jornais da época não noticiaram nada sobre o caso e não há boletins de grupos que atuavam na pesquisa óvni na região.
Não existiriam sequer relatos de militares, que ainda divulgavam avistamentos de óvnis abertamente naquela época.
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Ele usa como exemplo um caso, relatado pelos próprios militares, ocorrido em 24 de outubro de 1954 na base aérea de Gravataí – atual Base de Canoas.
“Neste dia os militares relataram dois óvnis sobre a base, onde os objetos ficaram pairando sobre a base das 12 horas até às 16 horas. Os próprios militares fizeram os registros aos jornais, comprovando a inexistência de acobertamento naquela época”, finaliza.