Respirando o oxigênio da Lua
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Respirando o oxigênio da Lua
Que tal fazer uma viagem de férias para a Lua daqui a 20 anos e respirar lá sem tubo de oxigênio e principalmente, ar lunar.
A cada dia descubro novas e interessantes coisas sobre a Lua que não tinham sido reveladas antes. Primeiro o hélio 3 lunar, depois a Nasa mandou uma sonda para verificar se há mesmo água nos polos lunares e agora fiquei sabendo que 43% da massa do solo lunar é constituído de oxigênio. Tudo que temos que fazer para extraí-lo é aquecê-lo.
Vejam no link abaixo:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/n ... 0130060511
A cada dia descubro novas e interessantes coisas sobre a Lua que não tinham sido reveladas antes. Primeiro o hélio 3 lunar, depois a Nasa mandou uma sonda para verificar se há mesmo água nos polos lunares e agora fiquei sabendo que 43% da massa do solo lunar é constituído de oxigênio. Tudo que temos que fazer para extraí-lo é aquecê-lo.
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Re: Respirando o oxigênio da Lua
lulu escreveu:43% da massa do solo lunar é constituído de oxigênio.



NÃO HÁ DEUS. NEM DESTINO. NEM LIMITE.
SEM FÉ, SOU LIVRE.
Se um Homem começar em certezas / ele terminará em dúvidas.
Mas se ele se contentar em começar com dúvidas / ele deve terminar em acertos (Francis Bacon)

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Não seria arriscado demais, neste caso, abrirem uma cratera em solo lunar como querem alguns cientistas da NASA ? Quer dizer, se existe essa quantidade de oxigênio por lá o perigo de uma explosão de grandes proporções é potencialmente enorme. 

A ausência da evidência não significa evidência da ausência.
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
Carl Sagan
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Jesus Cristo
Eu estou em crer que se esta a partir de presupostos errados, sinceramente não creio que exista oxigénio na Lua.
Pode é ser extraido oxigénio da poeira que cobre a superficie da Lua através de tecnologia que esta agora a ser estudada.
Fica o artigo abaixo :
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Dave Dooling
Science@NASA
11/05/2006
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
O geólogo Harrison "Jack" Schmitt, da Apollo 17, coleta um pouco de solo e rochas ricas em oxigênio.
Um problema persistente e logo notado pelos astronautas da missão Apollo foi a poeira da Lua. Ela entrava em todos os lugares, inclusive no pulmão dos astronautas. Por incrível que pareça, pode ser justamente dessa poeira que os futuros exploradores tirarão seu ar: a camada de poeira do solo lunar tem quase metade de sua composição em oxigênio.
O desafio é extraí-lo.
"Tudo o que você tem a fazer é vaporizar a coisa," diz Eric Cardiff, do Centro de Vôos Espaciais Goddard, da NASA. Ele lidera uma das várias equipes que estão desenvolvendo formas de fornecer o oxigênio que os astronautas necessitarão na Lua e em Marte.
O solo lunar é rico em óxidos. O mais comum é o dióxido de silício (SiO2), "parecido com a areia de praia," diz Cardiff. Também abundantes são os óxidos de cálcio (CaO), ferro (FeO) e magnésio (MgO). Some todos o "O": 43% da massa do solo lunar é oxigênio.
Cardiff está trabalhando em uma técnica que aquece o solo lunar até que ele libere o oxigênio. "É uma questão simples de química," explica ele. "Qualquer material se desmancha em átomos se for aquecido o suficiente." Esta técnica é chamada de pirólise a vácuo - piro significa fogo, lise significa separar.
"Uma série de fatores torna a pirólise mais atrativa do que outras técnicas," explica Cardiff. "Ela não requer matérias-primas que tenham que ser levadas da Terra, e você não precisa prospectar por um mineral específico." Simplesmente recolha o que estiver no solo e aplique o calor.
Em um teste do conceito, Cardiff e sua equipe utilizaram uma lente para focalizar luz do Sol em uma minúscula câmara de vácuo, aquecendo 10 gramas de algo parecido com solo lunar a 2.500º C. As amostras de teste incluíram ilmenita e MLS-1a ("Minnesota Lunar Simulant"). Ilmenita é um minério de ferro-titânio que a Terra e a Lua têm em comum. O MLS-1a é feito de um basalto de um bilhão de anos de idade, encontrado no litoral norte do Lago Superior, misturado com partículas de vidro, simulando a composição do solo lunar. Solo lunar real é muito caro para ser utilizado no atual estágio das pesquisas.
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Uma lente focaliza luz do Sol sobre uma câmara a vácuo, cheia de poeira lunar sintética, produzindo oxigênio e escória.
Nos testes, "até 20 por cento do solo simulado foi convertido em oxigênio puro," estima Cardiff.
O que sobra é a "escória", um material freqüentemente vítreo, altamente metálico e com baixa concentração de oxigênio. Cardiff está trabalhando com colegas do Centro de Pesquisas Langley, também da NASA, para descobrir como modelar a escória em produtos úteis, como escudos de proteção contra radiação, tijolos, peças sobressalentes e até pedras para pavimentação.
O próximo passo: aumentar a eficiência. "Em Maio, nós vamos fazer testes a temperaturas mais baixas, com vácuos mais fortes." Em um vácuo forte, ele explica, o oxigênio poderá ser extraído com menor energia. O primeiro teste de Cardiff foi feito a 1/1000 Torr. Isto é 760.000 vezes mais rarefeito do que a pressão do nível do mar na Terra (760 Torr). A 1 milionésimo de Torr - outras mil vezes mais rarefeito - "as temperaturas exigidas serão significativamente reduzidas."
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Escória - um subproduto do equipamento de Cardiff, pobre em oxigênio. A escória poderá se mostrar útil como matéria-prima para tijolos, pedras para pavimentação ou escudos contra radiação.
Cardiff não está sozinho nessa busca. Uma equipe liderada por Mark Berggren, da Pioneer Astronautics, em Lakewood, Colorado, está trabalhando em um sistema que captura oxigênio expondo solo lunar ao monóxido de carbono. Em uma demonstração, eles extraíram 15 quilos de oxigênio de 100 quilos de simulante de solo lunar - uma eficiência comparável à alcançada pela pirólise de Cardiff.
D.L. Grimmett, da Pratt & Whitney Rocketdyne, em Canoga Park, Califórnia, está trabalhando na eletrólise do magma. Ele funde o MLS-1a a cerca de 1.400º C, fazendo-o ficar como o magma expelido por um vulcão, e utiliza uma corrente elétrica para liberar o oxigênio.
Finalmente, a NASA e o Instituto de Pesquisas Espaciais da Flórida, por meio do programa Centennial Challenge, estão bancando a MoonROx, uma competição cujo nome completo é Oxigênio dos Regolitos da Lua. O prêmio de US$250.000,00 vai para a equipe que conseguir extrair 5 quilos de oxigênio respirável de simulante lunar JSC-1 em apenas 8 horas.
A competição termina em 1 de Junho de 2008, mas o desafio de viver em outros planetas irá durar por gerações.
Pode é ser extraido oxigénio da poeira que cobre a superficie da Lua através de tecnologia que esta agora a ser estudada.
Fica o artigo abaixo :
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Dave Dooling
Science@NASA
11/05/2006
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
O geólogo Harrison "Jack" Schmitt, da Apollo 17, coleta um pouco de solo e rochas ricas em oxigênio.
Um problema persistente e logo notado pelos astronautas da missão Apollo foi a poeira da Lua. Ela entrava em todos os lugares, inclusive no pulmão dos astronautas. Por incrível que pareça, pode ser justamente dessa poeira que os futuros exploradores tirarão seu ar: a camada de poeira do solo lunar tem quase metade de sua composição em oxigênio.
O desafio é extraí-lo.
"Tudo o que você tem a fazer é vaporizar a coisa," diz Eric Cardiff, do Centro de Vôos Espaciais Goddard, da NASA. Ele lidera uma das várias equipes que estão desenvolvendo formas de fornecer o oxigênio que os astronautas necessitarão na Lua e em Marte.
O solo lunar é rico em óxidos. O mais comum é o dióxido de silício (SiO2), "parecido com a areia de praia," diz Cardiff. Também abundantes são os óxidos de cálcio (CaO), ferro (FeO) e magnésio (MgO). Some todos o "O": 43% da massa do solo lunar é oxigênio.
Cardiff está trabalhando em uma técnica que aquece o solo lunar até que ele libere o oxigênio. "É uma questão simples de química," explica ele. "Qualquer material se desmancha em átomos se for aquecido o suficiente." Esta técnica é chamada de pirólise a vácuo - piro significa fogo, lise significa separar.
"Uma série de fatores torna a pirólise mais atrativa do que outras técnicas," explica Cardiff. "Ela não requer matérias-primas que tenham que ser levadas da Terra, e você não precisa prospectar por um mineral específico." Simplesmente recolha o que estiver no solo e aplique o calor.
Em um teste do conceito, Cardiff e sua equipe utilizaram uma lente para focalizar luz do Sol em uma minúscula câmara de vácuo, aquecendo 10 gramas de algo parecido com solo lunar a 2.500º C. As amostras de teste incluíram ilmenita e MLS-1a ("Minnesota Lunar Simulant"). Ilmenita é um minério de ferro-titânio que a Terra e a Lua têm em comum. O MLS-1a é feito de um basalto de um bilhão de anos de idade, encontrado no litoral norte do Lago Superior, misturado com partículas de vidro, simulando a composição do solo lunar. Solo lunar real é muito caro para ser utilizado no atual estágio das pesquisas.
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Uma lente focaliza luz do Sol sobre uma câmara a vácuo, cheia de poeira lunar sintética, produzindo oxigênio e escória.
Nos testes, "até 20 por cento do solo simulado foi convertido em oxigênio puro," estima Cardiff.
O que sobra é a "escória", um material freqüentemente vítreo, altamente metálico e com baixa concentração de oxigênio. Cardiff está trabalhando com colegas do Centro de Pesquisas Langley, também da NASA, para descobrir como modelar a escória em produtos úteis, como escudos de proteção contra radiação, tijolos, peças sobressalentes e até pedras para pavimentação.
O próximo passo: aumentar a eficiência. "Em Maio, nós vamos fazer testes a temperaturas mais baixas, com vácuos mais fortes." Em um vácuo forte, ele explica, o oxigênio poderá ser extraído com menor energia. O primeiro teste de Cardiff foi feito a 1/1000 Torr. Isto é 760.000 vezes mais rarefeito do que a pressão do nível do mar na Terra (760 Torr). A 1 milionésimo de Torr - outras mil vezes mais rarefeito - "as temperaturas exigidas serão significativamente reduzidas."
Oxigênio para astronautas poderá ser retirado das pedras da Lua
Escória - um subproduto do equipamento de Cardiff, pobre em oxigênio. A escória poderá se mostrar útil como matéria-prima para tijolos, pedras para pavimentação ou escudos contra radiação.
Cardiff não está sozinho nessa busca. Uma equipe liderada por Mark Berggren, da Pioneer Astronautics, em Lakewood, Colorado, está trabalhando em um sistema que captura oxigênio expondo solo lunar ao monóxido de carbono. Em uma demonstração, eles extraíram 15 quilos de oxigênio de 100 quilos de simulante de solo lunar - uma eficiência comparável à alcançada pela pirólise de Cardiff.
D.L. Grimmett, da Pratt & Whitney Rocketdyne, em Canoga Park, Califórnia, está trabalhando na eletrólise do magma. Ele funde o MLS-1a a cerca de 1.400º C, fazendo-o ficar como o magma expelido por um vulcão, e utiliza uma corrente elétrica para liberar o oxigênio.
Finalmente, a NASA e o Instituto de Pesquisas Espaciais da Flórida, por meio do programa Centennial Challenge, estão bancando a MoonROx, uma competição cujo nome completo é Oxigênio dos Regolitos da Lua. O prêmio de US$250.000,00 vai para a equipe que conseguir extrair 5 quilos de oxigênio respirável de simulante lunar JSC-1 em apenas 8 horas.
A competição termina em 1 de Junho de 2008, mas o desafio de viver em outros planetas irá durar por gerações.
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
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Ok o artigo é o mesmo que o Lulu postou, sorry é o que dá vir a pressa de qualquer das maneiras os créditos são dele, apenas postei o texto completo e peço atenção para a intrepetação do mesmo, o solo lunar não é composto por 43% de oxigénio
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O solo lunar é sim composto por mais de 40% de O2, pelo menos as amostras coletadas são. O problema é que ele encontra-se na forma de óxidos, ou seja, estão bloqueados numa forma muito estável, sendo necessário muita energia para liberar o O2.
Não existe nenhuma possibilidade de explosão em manusear esse solo. Primeiro porque o material já esta oxidado e encontra-se numa forma estável quimicamente. Se fosse assim as areias da Terra (SiO2) seriam muito perigosas!
Segundo, mesmo que fosse reativo, o satélite não possui uma atmosfera com oxigênio, vide o metano de Titã ou o H2 de Júpiter.
Não existe nenhuma possibilidade de explosão em manusear esse solo. Primeiro porque o material já esta oxidado e encontra-se numa forma estável quimicamente. Se fosse assim as areias da Terra (SiO2) seriam muito perigosas!
Segundo, mesmo que fosse reativo, o satélite não possui uma atmosfera com oxigênio, vide o metano de Titã ou o H2 de Júpiter.
Complementando....hsette escreveu:Sobre uma atmosfera na Lua, há outro detalhe: a Gravidade em nosso satélite natural não é suficiente para retê-la. Qualquer gás que produzirmos por lá, se não for armazenado, se perderá pelo espaço.
Na realidade uma atmosfera semelhante a da Terra de O2 ou N2 na Lua teria uma curta duração (entre 300 e 3000 anos, dados que li em um site), tendo em vista a baixa velocidade de escape do satélite, somado as altas temperaturas que a Lua esta sujeita.
Porém, uma atmosfera composta por Kr ou Xe seria possível. O problema é que esses gases são muito raros.
Certa vez fiz alguns cálculos (aqueles do 2º grau) sobre a possibilidade de reter uma atmosfera de CO2 (que é um gás mais pesado) e os resultados parecem indicar que seria possível. Entretanto difícil seria encontrar o equilibrio da pressão necessária. Se for alta causará efeito estufa e se perderá para o espaço. Se for baixa precipitará no lado escuro da Lua e não terá um efeito estabilizador na temperatura global.

O futuro está no desenvolvimento da ciência!