Uma equipa europeia de astrónomos, incluindo dois portugueses, descobriu três novos planetas parecidos com Neptuno girando em torno de uma estrela, um deles situado numa zona que seria habitável, revela um artigo publicado hoje na revista científica Nature.
De acordo com a equipa, que inclui Nuno Santos, do Observatório Astronómico de Lisboa, e Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, os três planetas têm uma massa entre 10 e 18 vezes a massa da Terra e giram em torno da estrela HD69830, situada a uma distância de cerca de 41 anos-luz do Sol.
À semelhança da Terra, o terceiro planeta do novo sistema encontra-se na zona habitável, refere um comunicado das instituições portuguesas envolvidas.
Este sistema planetário, que foi baptizado de «Tridente de Neptuno», possui também uma cintura de asteróides, o que o torna ainda mais parecido com o Sistema Solar.
Esta descoberta só foi possível devido à utilização do espectógrafo «HARPS», o equipamento mais rigoroso actualmente existente para a detecção de planetas e que está instalado num dos telescópios ESO (European Southern Observatory), organização à qual Portugal pertence.
Depois da descoberta do primeiro exoplaneta (planetas fora do sistema solar, que orbitam outras estrelas), em 1995, foram registados mais 180 destes corpos celestes.
Na maior parte dos casos, os planetas descobertos são gigantes isolados e gasosos semelhantes a Júpiter - o maior planeta do Sistema Solar, com uma 318 vezes a massa da Terra - muito próximos da estrela em torno da qual orbitam, pelo que completam uma volta em apenas alguns dias.
Contudo, o recente desenvolvimento das técnicas de procura de planetas extra-solares tem permitido a descoberta de alguns planetas com massa entre cinco e 20 vezes a da Terra, comparáveis à de Neptuno, que tem 17 vezes a massa da Terra.
Esta equipa europeia de astrofísicos veio agora anunciar a primeira descoberta de um sistema composto por três planetas com massas semelhantes à de Neptuno e todos eles em órbitas quase circulares.
Assim, o estudo hoje publicado revela que o primeiro planeta, o que se encontra mais próximo da estrela, tem uma massa equivalente a 10.2 vezes a da Terra, deverá ser constituído sobretudo por rochas e demora 8.72 dias a dar uma volta completa à estrela.
O segundo planeta, um bocadinho maior do que o primeiro, tem 11.8 vezes a massa da Terra e calcula-se que seja rochoso e que possua uma extensa atmosfera. Este planeta demora 31.6 dias a completar uma volta em torno da sua estrela.
O terceiro e maior (com 18.1 vezes a massa terrestre) já demora 197 dias a completar uma volta em torno da sua estrela e parece ser constituído por rochas e gelos, rodeados por uma espessa atmosfera.
Os investigadores realçam ainda que este é o primeiro planeta descoberto com uma massa semelhante à de Neptuno e que simultaneamente se encontra na zona habitável do sistema, ou seja, uma zona com condições propícias à existência de vida e onde teoricamente pode haver água em estado líquido.
Contudo, devido à sua massa elevada e atmosfera densa, os cientistas consideram praticamente impossível a existência de água no estado líquido.
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Re: Novos Planetas
Massaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!
Ano: 9 dias
Sob essa pressao atmosférica, fica difícil outro estado natural da água que não o sólido...
Quanto a gravidade... bem, os corpos certamentes necessitariam de reforços estruturais violentos. Mas nada que a vida não ache um caminho, penso.
No fim, o que falta para dar mais corpo às especulações, é justamente saber a distância do terceiro planeta até a estrela: se essa é suficiente para evitar que ele seja glacial.

Gravidade local (G): 102 m/s2ricardo_britan escreveu:o primeiro planeta(...) mais próximo da estrela (...) massa equivalente a 10.2 vezes a da Terra (...) 8.72 dias a dar uma volta completa à estrela

Ano: 9 dias


Sob essa pressao atmosférica, fica difícil outro estado natural da água que não o sólido...
G= 112 m/s2: pior ainda.O segundo (...) 11.8 vezes a massa da Terra (...) 31.6 dias a completar uma volta em torno da sua estrela
O ano é bem melhor: 200 dias, o que provavelmente permite estações do ano decentemente divididas, o que pode ser algo importante para a formação de vida...O terceiro (...) 18.1 vezes a massa terrestre (...) 197 dias a completar uma volta em torno da sua estrela
Quanto a gravidade... bem, os corpos certamentes necessitariam de reforços estruturais violentos. Mas nada que a vida não ache um caminho, penso.
...acho que eles também acharamOs investigadores realçam ainda que este é o primeiro planeta (...) se encontra na zona habitável do sistema, ou seja, uma zona com condições propícias à existência de vida e onde teoricamente pode haver água em estado líquido.
Engraçado... eu acho que esse primeiro é o menos favorável.
, devido à sua massa elevada e atmosfera densa, os cientistas consideram praticamente impossível a existência de água no estado líquido.

No fim, o que falta para dar mais corpo às especulações, é justamente saber a distância do terceiro planeta até a estrela: se essa é suficiente para evitar que ele seja glacial.
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Muito bom!
Três de uma vez, num mesmo sistema.
Agora já podemos afirmar que a formação de sistemas planetários é algo muito mais comum do que se imaginava até há poucos anos atrás.
Minha previsão (misturada com desejo
) é que até o final da década encontraremos sinais de atividade biológica em algum planeta extra-solar.
Será o máximo!
Um detalhe:
Três de uma vez, num mesmo sistema.
Agora já podemos afirmar que a formação de sistemas planetários é algo muito mais comum do que se imaginava até há poucos anos atrás.
Minha previsão (misturada com desejo

Será o máximo!
Um detalhe:
Gustavo, as estações, na Terra, existem por causa da inclinação do eixo de rotação de cerca de 23 graus em relação ao plano da eclíptica, e não em função do período orbital.O ano é bem melhor: 200 dias, o que provavelmente permite estações do ano decentemente divididas, o que pode ser algo importante para a formação de vida...
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Ich... viajei denovohsette escreveu:Gustavo, as estações, na Terra, existem por causa da inclinação do eixo de rotação de cerca de 23 graus em relação ao plano da eclíptica, e não em função do período orbital.

Hehehehe!
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