A Anomalia Pioneer
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A Anomalia Pioneer
A Anomalia Pioneer
Existe um mistério nos confins do Sistema Solar. Duas naves, as Pioneer 10 e 11, que foram enviadas a Júpiter e Saturno faz mais de 30 anos, se apressam rumo aos confins do Sistema Solar, porém a um ritmo mais lento do que o esperado. Este efeito de desaceleração, chamado «Anomalia Pioneer» é pequeno, porém mensurável e até agora não tem explicação.
Este enigma tem suscitado grande número de possíveis explicações que vão desde a matéria escura até os equipamentos da nave ou (a mais provocativa de todas) um novo fenômeno físico.
O que os cientistas necessitam para solucionar o mistério são «mais dados», e mais dados é o que agora têm, graças aos membros da Sociedade Planetária («Planetary Society»: idealização de Carl Sagan, Bruce Murray, e Louis Friedman: www.planetary.org).
Para estudar esta anomalia já se havia analisado só uma fração dos dados de navegação da nave Pioneer. Porém a maior parte dos dados de 30 anos de missão estavam desorganizados ou em suportes de mídia obsoletos e em perigo de ser destruídos. Aqui é onde entram os membros da Sociedade Planetária. Só se haviam analisado ao redor de 11 anos de dados Doppler das Pioneer. Estes dados medem a velocidade das naves por meio do Efeito Doppler das freqüências recebidas dos sinais enviados pelas Pioneer. A maior parte do resto dos dados estavam armazenados em velhas fitas magnéticas de 7 e 9 pistas e necessitavam ser identificados, recuperados e salvados. Para esta tarefa não havia financiamento disponível por parte da NASA.
A Sociedade Planetária fez uma chamamento a seus membros por todo o mundo e reuniu os fundos necessários para recuperar e dar validez a toda esta valiosa informação.
Depois que a Sociedade Planetária iniciara o projeto, o Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory, JPL - NASA) também contribuiu com fundos para ampliar o apoio à equipe da Anomalia Pioneer. Cientistas e engenheiros liderados por Slava G. Turyshev no JPL foram capazes de recuperar grande parte dos mais de 30 anos de registros de navegação de ambas naves, incluindo dados de seus encontros com Júpiter e Saturno nos anos 70. Os dados estão sendo recolhidos, classificados, validados e gravados em suportes modernos, e serão entregues às equipes de cientistas para sua análise.
O êxito vai mais além da recuperação dos dados de velocidade. Os assim chamados Registros Mestres de Dados (Master Data Records, MDR), se encontravam armazenados no Centro de Investigação Ames da NASA (Ames Research Center), que operava as naves Pioneer, continham informação das próprias naves, assim como dados científicos.
Os dados nos MDR incluem medidas de temperatura da nave durante o curso das missões. Estes dados podem ser críticos para estabelecer um modelo de radiação térmica da nave, suas variações ao longo do tempo e se isto pode ajudar a explicar a anomalia.
A Anomalia Pioneer foi descoberta quando John D. Anderson e seus colegas do JPL se aperceberam de que as trajetórias das duas naves se estavam desviando das leis conhecidas do movimento. Depois de 30 anos de travessia, a Anomalia Pioneer faz com que as naves estejam quase 400.000 quilômet4ros (a distância entre a Terra e a Lua) mais próxima do Sol do que seria de se esperar. Isto pode parecer uma distância trivial quando se considera que as naves Pioneer estão viajando a cerca de 50.000 quilômetros por hora, porém os cientistas estão intrigados, já que nenhum fator explica esta desaceleração.
O que poderia estar afetando a velocidade? Várias hipóteses são sugeridas:
• O plasma interplanetário e o vento solar.
• A força de retrocesso térmica devida ao calor das fontes de energia nucleares das naves.
• A misteriosa matéria escura.
• A manifestação de um fenômeno físico novo.
Nenhuma hipótese poderia ser explicada adequadamente pelos dados conhecidos, porém, com os dados recuperados com a ajuda da Sociedade Planetária, os cientistas terão agora muito mais informação disponível que os ajude a resolver o problema da Anomalia Pioneer.
A elucidação desse mistério será fundamental para nossas futuras e tão sonhadas aventuras interestelares.
Fonte: http://planetary.org/programs/projects/ ... press.html
Existe um mistério nos confins do Sistema Solar. Duas naves, as Pioneer 10 e 11, que foram enviadas a Júpiter e Saturno faz mais de 30 anos, se apressam rumo aos confins do Sistema Solar, porém a um ritmo mais lento do que o esperado. Este efeito de desaceleração, chamado «Anomalia Pioneer» é pequeno, porém mensurável e até agora não tem explicação.
Este enigma tem suscitado grande número de possíveis explicações que vão desde a matéria escura até os equipamentos da nave ou (a mais provocativa de todas) um novo fenômeno físico.
O que os cientistas necessitam para solucionar o mistério são «mais dados», e mais dados é o que agora têm, graças aos membros da Sociedade Planetária («Planetary Society»: idealização de Carl Sagan, Bruce Murray, e Louis Friedman: www.planetary.org).
Para estudar esta anomalia já se havia analisado só uma fração dos dados de navegação da nave Pioneer. Porém a maior parte dos dados de 30 anos de missão estavam desorganizados ou em suportes de mídia obsoletos e em perigo de ser destruídos. Aqui é onde entram os membros da Sociedade Planetária. Só se haviam analisado ao redor de 11 anos de dados Doppler das Pioneer. Estes dados medem a velocidade das naves por meio do Efeito Doppler das freqüências recebidas dos sinais enviados pelas Pioneer. A maior parte do resto dos dados estavam armazenados em velhas fitas magnéticas de 7 e 9 pistas e necessitavam ser identificados, recuperados e salvados. Para esta tarefa não havia financiamento disponível por parte da NASA.
A Sociedade Planetária fez uma chamamento a seus membros por todo o mundo e reuniu os fundos necessários para recuperar e dar validez a toda esta valiosa informação.
Depois que a Sociedade Planetária iniciara o projeto, o Laboratório de Propulsão a Jato (Jet Propulsion Laboratory, JPL - NASA) também contribuiu com fundos para ampliar o apoio à equipe da Anomalia Pioneer. Cientistas e engenheiros liderados por Slava G. Turyshev no JPL foram capazes de recuperar grande parte dos mais de 30 anos de registros de navegação de ambas naves, incluindo dados de seus encontros com Júpiter e Saturno nos anos 70. Os dados estão sendo recolhidos, classificados, validados e gravados em suportes modernos, e serão entregues às equipes de cientistas para sua análise.
O êxito vai mais além da recuperação dos dados de velocidade. Os assim chamados Registros Mestres de Dados (Master Data Records, MDR), se encontravam armazenados no Centro de Investigação Ames da NASA (Ames Research Center), que operava as naves Pioneer, continham informação das próprias naves, assim como dados científicos.
Os dados nos MDR incluem medidas de temperatura da nave durante o curso das missões. Estes dados podem ser críticos para estabelecer um modelo de radiação térmica da nave, suas variações ao longo do tempo e se isto pode ajudar a explicar a anomalia.
A Anomalia Pioneer foi descoberta quando John D. Anderson e seus colegas do JPL se aperceberam de que as trajetórias das duas naves se estavam desviando das leis conhecidas do movimento. Depois de 30 anos de travessia, a Anomalia Pioneer faz com que as naves estejam quase 400.000 quilômet4ros (a distância entre a Terra e a Lua) mais próxima do Sol do que seria de se esperar. Isto pode parecer uma distância trivial quando se considera que as naves Pioneer estão viajando a cerca de 50.000 quilômetros por hora, porém os cientistas estão intrigados, já que nenhum fator explica esta desaceleração.
O que poderia estar afetando a velocidade? Várias hipóteses são sugeridas:
• O plasma interplanetário e o vento solar.
• A força de retrocesso térmica devida ao calor das fontes de energia nucleares das naves.
• A misteriosa matéria escura.
• A manifestação de um fenômeno físico novo.
Nenhuma hipótese poderia ser explicada adequadamente pelos dados conhecidos, porém, com os dados recuperados com a ajuda da Sociedade Planetária, os cientistas terão agora muito mais informação disponível que os ajude a resolver o problema da Anomalia Pioneer.
A elucidação desse mistério será fundamental para nossas futuras e tão sonhadas aventuras interestelares.
Fonte: http://planetary.org/programs/projects/ ... press.html
hsette,
Muito interessante esse post, pelo que sei no vacuo do espaço um corpo em movimento tente a continuar em movimento eternamente a não ser que seja atraido por um corpo maior que ele.
correto?
Sera que a Pioner não esta sofrendo a influencia de algum corpo celeste desconhecido dos nossos cientistas e que exista no nosso sistema solar?
Ou ele estaria sofrendo a desaceleração devido as atrações dos corpos conhecidos do sistema solar.
quando ao vento solar o mesmo não é emitido do Sol para fora do sistema? O mesmo não seria um fator acelerador em vez de desacelerador?
Muito interessante esse post, pelo que sei no vacuo do espaço um corpo em movimento tente a continuar em movimento eternamente a não ser que seja atraido por um corpo maior que ele.
correto?
Sera que a Pioner não esta sofrendo a influencia de algum corpo celeste desconhecido dos nossos cientistas e que exista no nosso sistema solar?
Ou ele estaria sofrendo a desaceleração devido as atrações dos corpos conhecidos do sistema solar.
quando ao vento solar o mesmo não é emitido do Sol para fora do sistema? O mesmo não seria um fator acelerador em vez de desacelerador?
EDurval, no cálculo já estão computadas as interações gravitacionais de todos os corpos conhecidos do Sistema Solar. Assim, a hipótese de algum corpo com massa expressiva e ainda desconhecido não pode ser descartado de pronto.
Sobre o vento solar, ele também está presente no cálculo. O que poderia estar ocorrendo é algum desvio em sua trajetória, por algum motivo desconhecido, e assim alterando o efeito esperado.
Sobre o vento solar, ele também está presente no cálculo. O que poderia estar ocorrendo é algum desvio em sua trajetória, por algum motivo desconhecido, e assim alterando o efeito esperado.
EDurval, no cálculo já estão computadas as interações gravitacionais de todos os corpos conhecidos do Sistema Solar. Assim, a hipótese de algum corpo com massa expressiva e ainda desconhecido não pode ser descartado de pronto.
Sobre o vento solar, ele também está presente no cálculo. O que poderia estar ocorrendo é algum desvio em sua trajetória, por algum motivo desconhecido, e assim alterando o efeito esperado.
Sobre o vento solar, ele também está presente no cálculo. O que poderia estar ocorrendo é algum desvio em sua trajetória, por algum motivo desconhecido, e assim alterando o efeito esperado.
Pode ser perfeitamente desgaste natural do material....
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
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