
As Treze Torres formam um antigo observatório solar. "A ordem das torres cobre todo o arco solar", disse Clive Ruggles, professor de arqueoastronomia na Universidade de Leicester, Grã-Bretanha.
As estruturas retangulares, que têm entre 75 e 125 metros quadrados e espaçadas regularmente, formam um horizonte "dentado" com intervalos estreitos e regulares.
A cerca de 230 metros para o leste e o oeste estão o que os cientistas acreditam ser dois pontos de observação.

Escadas levam aos pontos de observação
Destes pontos é possível ver os 300 metros pelos quais as torres se espalham pelo horizonte, que correspondem de maneira muito próxima às posições do nascimento e pôr do Sol ao longo do ano.
No solstício de verão, em dezembro, o sol seria visto à direita da torre que fica na ponta direita; para o solstício de inverno, em junho, o Sol nasceria à esquerda da torre da ponta esquerda.
Isto significa que a antiga civilização poderia ter um calendário regular, disse o professor, registrando o número de dias que leva para o Sol se mover de uma torre a outra.
O local onde estão as torres tem cerca de quatro quilômetros quadrados e seria um centro cerimonial que foi ocupado no século 4 A.C..
O sítio arqueológico fica na costa do Peru, na bacia do rio Casma-Sechin e contém muitos prédios e praças, além de um templo fortificado que atraiu muita atenção.

Sítio arqueológico tem praças e templos
"O ponto de observação a oeste, e, até certo ponto, o do leste também, são restritos - não era possível que mais de duas ou três pessoas observassem destes pontos. E todas as provas sugerem que havia um comportamento formal ou cerimonial àquele ponto e que existiam rituais especiais ocorrendo ali", disse o professor Ruggles.

"Isto implica que existia alguém especial - talvez sacerdotes - que assistiam o Sol nascer ou se por, enquanto na praça a multidão festejava e podia ver o Sol nascendo, mas não de uma perspectiva especial."