Cientistas confirmam estudo que identificou UFOs no espaço antes de satélites humanos

Cientistas confirmam estudo que identificou UFOs no espaço antes de satélites humanos
Dra. Beatriz Villarroel acredita ter descoberto objetos artificiais em orbita geoestacionária na Terra (Reprodução Ted Talks Youtube/Fotomontagem)

A astrônoma Dra. Beatriz Villarroel, da Nordita e da Universidade de Estocolmo, anunciou hoje, 20 de outubro de 2025, a validação e publicação formal de suas duas últimas pesquisas, que utilizam dados astronômicos históricos para investigar Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs ou UFOs). Os estudos, que passaram pelo rigoroso processo de revisão por pares (peer review), confirmaram descobertas extraordinárias sobre flashes de luz semelhantes a estrelas observados em imagens do céu capturadas antes da humanidade lançar seu primeiro satélite, o Sputnik, em 1957.

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O marco científico foi celebrado pela própria Dra. Villarroel em sua conta no X.com (@DrBeaVillarroel) na manhã de hoje, 20 de outubro de 2025, com a mensagem: “Ótimas notícias. 🌟💫✨”.

A publicação representa um dos mais importantes avanços para o estudo cietífico dos UAPs (ou OVNIs) em todos os tempos, trazendo evidências verificáves da presença de objetos espaciais com comportamentos anômalos, aparentemente movendo-se com um propósito inteligente no espaço antes que qualquer tecnologia humana alcançasse a órbita da Terra.

UAPs na ciência: o triunfo da revisão por pares

A euforia da pesquisadora sueca decorre do fato de que seus dois novos artigos do projeto VASCO (Vanishing & Appearing Sources during a Century of Observations) foram “revisados ​​por pares, aceitos e publicados”. Eles foram veiculados em periódicos independentes e de alto nível: um no Scientific Reports (do portfólio Nature) e o outro no Publications of the Astronomical Society of the Pacific (PASP).

A Dra. Villarroel ressaltou que, juntamente com um artigo anterior sobre o Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), os resultados recém-publicados “formam um tríptico de novos métodos para investigar UAPs usando dados astronômicos”. Essa conquista é especialmente significativa no meio acadêmico, pois demonstra a robustez dos achados ao terem passado por “Três periódicos independentes de alto nível — e três processos independentes de revisão por pares”.

Ela concluiu seu anúncio no X, afirmando que “Esses últimos resultados levantam uma questão ousada. E sim… você sabe qual”. A questão implícita — se alguns desses objetos pré-Sputnik seriam artefatos de origem não humana — está no cerne da investigação.

Artigo 1: correlações entre flashes, UAPs e testes nucleares

O primeiro artigo publicado, intitulado Transients in the Palomar Observatory Sky Survey (POSS-I) may be associated with nuclear testing and reports of unidentified anomalous phenomena ( em português: Transitórios no Levantamento do Céu do Observatório Palomar (POSS-I) podem estar associados a testes nucleares e relatos de fenômenos anômalos não identificados), foi coescrito com Stephen Bruehl e publicado no Scientific Reports.

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A pesquisa utilizou um conjunto de dados diários de 1949 a 1957, abrangendo mais de 100.000 transitórios (objetos semelhantes a estrelas, mas com brilho de curta duração). A principal descoberta, agora validada, foi a existência de “correlações estatisticamente significativas entre transientes de curta duração em placas celestes pré-Sputnik, avistamentos de OVNIs e testes nucleares acima do solo”.

Significa dizer que, mesmo antes de a humanidade colocar sua primeira peça tecnológica em órbita, registros astronômicos fotográficos de Monte Palomar registravam objetos inexplicáveis voando no espaço próximo à Terra.

Os resultados detalhados são notavelmente intrigantes:

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  • Testes Nucleares: Os transitórios foram “45% mais prováveis de serem observados” em datas que coincidiam com uma janela de teste nuclear (o dia do teste mais ou menos um dia). Em uma análise mais granular, os flashes foram “68 por cento mais propensos a ocorrer no dia seguinte a um teste de armas nucleares”.
  • Relatos de UAPs: O estudo também encontrou uma correlação positiva e significativa com os relatos de UAPs. “Para cada UAP adicional relatado em uma determinada data, houve um aumento de 8,5% no número de transitórios identificados”.
  • Efeito Aditivo: Os efeitos das associações de relatos de UAP e testes nucleares mostraram-se “aditivos”, resultando no “maior número total de transientes” em datas que combinavam ambos os eventos.

Stephen Bruehl, coautor do estudo, classificou a magnitude da associação como surpreendente. Os achados “argumentam contra várias explicações prosaicas” para os transitórios, como defeitos de placa fotográfica ou artefatos locais, visto que essas explicações não poderiam justificar a associação com relatos de UAP em múltiplos locais distantes.

A sugestiva imagem com um disco voador (UAP), uma estrela e um cogumelo atômico publicada pela cientista Beatriz Villarroel ao divulgar o lançamento em pre-print de estudo de sua coautoria (Crédito: Facebook/Villarroel)
A sugestiva imagem com um disco voador (UAP), uma estrela e um cogumelo atômico publicada pela cientista Beatriz Villarroel ao divulgar o lançamento em pre-print de estudo de sua coautoria (Crédito: Facebook/Villarroel)

Artigo 2: a prova da sombra da Terra

O segundo artigo, publicado no PASP, intitulado Aligned, multiple-transient events in the First Palomar Sky Survey (Eventos Transientes Múltiplos Alinhados no Primeiro Levantamento do Céu do Palomar), focou na busca por padrões específicos de alinhamento e utilizou a sombra da Terra como um teste crucial de autenticidade dos objetos.

A chave para validar a natureza física dos transientes contra a hipótese de defeitos da placa fotográfica é o “teste da sombra da Terra”. Se os flashes fossem causados por reflexos solares de objetos em órbita, eles deveriam desaparecer quando o objeto entrasse na sombra umbral do planeta.

O que a equipe comemora é o resultado contundente: “Mostramos um déficit de 22σ de transientes dentro da sombra da Terra”. A escala de 22 sigmas representa um nível de significância estatística extraordinariamente alto, tornando extremamente improvável que o resultado tenha ocorrido por acaso ou erros no processo de estudo.

Essa descoberta é “consistente com a ideia de que a luz solar é necessária para produzir os clarões observados”, o que “contraria fortemente a hipótese de defeitos de placa” e apoia a ideia de que pelo menos um terço dos fenômenos são causados por “reflexões solares de superfícies planas e altamente reflexivas em órbita antes do início da Era Espacial humana”.

A Dra. Villarroel explicou que esse tipo de reflexo não é produzido por objetos redondos como asteroides, mas sim “se algo é muito plano e muito reflexivo e reflete a luz solar com um flash curto”.

A importância para o estudo dos UAPs no âmbito acadêmico

Por muito tempo, os pontos de luz observados em placas astronômicas históricas foram sumariamente “descartados como defeitos”. No entanto, o projeto VASCO estabeleceu que alguns desses fenômenos são “objetos reais e exibem padrões que não podem ser explicados por acaso ou ruído de imagem”.

As simulações do estudo de PASP apoiam a “plausibilidade de produzir padrões de brilho alinhados” a partir de objetos em órbita geoestacionária (GSO), e os achados levantam a questão explícita de saber se esses transientes representam uma “nova classe de fenômenos astronômicos ou representam as primeiras dicas de atividade artificial perto do nosso planeta”. Os resultados “indicam que alguns dos pequenos pontos nas placas podem ser devidos a reflexos de objetos físicos em órbita alta ao redor da Terra”.

Ao fornecer apoio empírico adicional e dados quantificáveis, a pesquisa da Dra. Villarroel e do Dr. Bruehl não apenas ajuda a “elucidar a natureza dos transitórios POSS-I”, mas também “fortalece o apoio empírico para o fenômeno UAP”. Em um momento em que a comunidade científica busca aplicar métodos sistemáticos ao estudo de fenômenos não identificados, a publicação desses dois trabalhos em periódicos de alto nível representa um passo crucial, adicionando-se à pequena literatura revisada por pares que investiga dados relacionados a UAPs.

Jeferson Martinho

Jornalista, o autor é empresário de comunicação, dono de agência de marketing digital e assessoria de imprensa, publisher de um portal de notícias regionais na Grande São Paulo, fundador e editor do Portal Vigília. Apaixonado por Ufologia de um ponto de vista científico, é autor do livro "Nem Todo OVNI é Extraterrestre - Um guia para entusiastas da ufologia que não querem ser iludidos", disponível na Amazon.

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