Bilhar espacial: missão DART colide com asteroide e testa defesa planetária

Bilhar espacial: missão DART colide com asteroide e testa defesa planetária
NASA testa defesa planetária com a missão DART (Imagem: NASA)
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Nesta segunda-feira, 26 de setembro de 2022, às 20h14 (horário de Brasília), aconteceu o primeiro teste de defesa planetária já realizado pela humanidade: a missão DART executou uma colisão programada contra um asteroide. A sonda foi enviada à rocha espacial pela agência espacial norte-americana, a NASA e o impacto foi mostrado ao vivo durante live produzida pela agência.

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A proposta da missão DART, ou Missão de Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário (tradução do inglês), era colidir com o asteroide Dimorphos, um pequeno corpo de cerca de 150 metros de diâmetro que orbita outro maior, chamado de Didymos, que estima-se ter cerca de 800 metros de diâmetro.

Imagens do asteroide Dimorphos segundos antes da colisao certeira Image Reproducao NASA
Imagens do asteroide Dimorphos, segundos antes da colisão certeira (Imagem – Reprodução NASA)

A missão foi lançada ao espaço em novembro do ano passado e o teste pretende verificar a possibilidade de modificar a trajetória do conjunto todo deslocando cerca de 50 metro da trajetória do menor corpo do sistema.

Segundo o astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, o choque desta segunda-feira deve formar uma cratera e a pequena alteração de rota e velocidade do asteroide, o que deve ser captado por telescópios terrestres.

O astrônomo disse à Agência Brasil que é esperado, por exemplo, que o período da órbita de Dimorphos ao redor de Didymos, que atualmente é de 11h55m, diminua em cerca 10 minutos.

“Outra consequência é que como a velocidade do objeto vai diminuir com o impacto, a órbita também vai diminuir. O satélite depois de um tempo vai ficar mais próximo de Didymos”, explicou.

Nenhum dos dois corpos do sistema binário representa um risco à Terra, mas a missão foi um importante teste de conceito que permitirá saber se a estratégia pode dar resultados positivos numa situação real de defesa. Vale lembrar que uma das teorias mais aceitas para a extinção dos dinossauros na Terra é justamente a da colisão de um asteroide.

Observatórios terrestres de diversas partes do mundo deverão analisar o impacto e os resultados da missão. No Brasil, o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica, instalado na cidade pernambucana de Itacuruba e ligado ao Observatório Nacional, faz parte desse esforço internacional.

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Resultados preliminares do teste de defesa planetária

Poucos minutos após confirmado o sucesso da missão, a NASA realizou uma conferência de imprensa para comentar os resultados preliminares. Os técnicos explicaram que o impacto aconteceu cerca de 17 metros do centro estimado de Dimorphos.

Pouco mais de 1 hora antes do impacto, a equipe já tinha certeza de que acertaria o alvo, mas a partir dos últimos 40 minutos já não seriam possíveis correções da rota caso fosse necessário. Apesar do sucesso do impacto, potenciais efeitos na trajetória do asteroide só poderão ser confirmados nas próximas semanas, após extensivas análises dos dados recebidos.

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Redação Vigília

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