Descoberta em Marte: sinais potenciais de vida antiga encontrados em rocha inusitada

Na última semana, a NASA anunciou uma descoberta intrigante feita pelo rover Perseverance em Marte: uma rocha chamada “Cheyava Falls”, localizada na borda norte do antigo vale fluvial Neretva Vallis. Esse achado pode conter indícios de vida microbiana que teria existido bilhões de anos atrás. A rocha, que mede cerca de 1 metro por 60 centímetros, exibe características notáveis, incluindo manchas brancas cercadas por anéis negros de fosfato de ferro, além de veios de sulfato de cálcio e bandas avermelhadas de hematita.
Essas características lembram formações de origem biológica encontradas na Terra, levantando a hipótese de que processos biológicos antigos possam ter ocorrido na rocha. A detecção de compostos orgânicos por instrumentos como o SHERLOC reforça essa possibilidade. Orgânicos são componentes básicos da vida, embora possam também surgir por processos não biológicos.
Ken Farley, cientista do projeto Perseverance, descreveu Cheyava Falls como a rocha mais complexa e potencialmente importante já investigada pelo rover. Ele enfatizou que, apesar de não ser possível afirmar com certeza que esses sinais são de vida, a descoberta é a mais convincente até agora.
A análise detalhada dessas amostras na Terra, através da futura missão de Retorno de Amostras de Marte, poderá fornecer respostas definitivas sobre a existência de vida no passado do planeta vermelho. Contudo, essa missão enfrenta desafios e não deve retornar as amostras antes de 2040.