Documentos desclassificados na Argentina reabrem discussão sobre Caso Bariloche

Documentos desclassificados na Argentina reabrem discussão sobre Caso Bariloche
Liberação de documentos reaviva incrível Caso Bariloche, abordado em novo documentário do canal It's [redacted], no Youtube (imagem: reprodução/It's [redacted])
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No dia 17 de setembro, um comunicado de imprensa trouxe novamente ao centro das atenções na Argentina um dos mais espetaculares episódios envolvendo óvnis e pilotos de avião no país: o Caso Bariloche. O comunicado foi emitido pela organização civil Comission de Estudios de Fenómeno Ovni de la República Argentina (CEFORA), retratando a desclassificação de documentos sobre o caso feita dias antes, em 9 de setembro, com base na Lei de Acesso à Informação Pública(Lei 27275, a “FOIA” argentina).

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A partir da novidade, o canal It’s [redacted], no Youtube, produziu uma reconstituição completa do Caso Bariloche, explorando as inconsistências nas tentativas oficiais de explicação. Os produtores do canal compartilharam com o Portal Vigília seus achados e as fontes deste trabalho, que traz luz sobre um episódio que contou com a observação de pilotos civis e militares, ao mesmo tempo em que a cidade passava por um completo apagão (ou blecaute).

Era a noite de 31 de julho de 1995, quando o comandante Jorge Polanco, pilotando o avião 727 (voo 674) da empresa Aerolineas Argentinas, iniciava a aproximação para o pouso no aeroporto San Carlos, em Bariloche. O voo 674 havia partido de Buenos Aires e apenas aguardava a autorização para o pouso, ao saber que a cidade estava sob um apagão.

Ele já estava a 3 mil pés quando precisou arremeter para 11 mil pés, para aguardar a autorização de pouso. Durante a manobra, exatamente às 20h30, observou uma intensa luz branca, deslocar-se velozmente na direção da sua aeronave. “Isto é o que achamos que é um disco-voador”, descreveu o piloto na comunicação por rádio com a torre.

Bariloche não tinha um radar, mas testemunhas em terra confirmaram a observação da mesma luz. Segundo o piloto, a tripulação e os passageiros do voo comercial, o objeto era um grande disco cujo corpo apresentava uma coloração branca, mas tinha uma luz central laranja ou âmbar e duas luzes verdes em regiões opostas da borda.

Ao chegar a toda velocidade a apenas cerca de 100 metros do 727, a luz insólita freou bruscamente e passou simplesmente a acompanhar a aeronave, à mesma distância, por vários minutos.

A manobra impossível do óvni de Bariloche

A presença do enorme objeto forçou o comandante Polanco a realizar uma manobra de risco com o 727. Enquanto isso, um avião da guarda de fronteira realizava um voo médico na mesma área (prefixo GN 705), tripulado pelos comandantes Juan Domingo Gaitan e Rubén Cipuzak, que também relataram o avistamento. Na torre de controle do aeroporto, o gerente, suboficial Daniel García, junto a outros observadores, incluindo o pessoal do serviço meteorológico, assistiam de longe a evolução do estranho encontro com a luz no céu.

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Para surpresa de todos, após alguns minutos acompanhando o voo 674, o objeto voador não identificado fez uma manobra descrita como “impossível” pelas testemunhas. Pareceu girar 90 graus e disparar “instantaneamente” em direção às nuvens, logo acima. Em seguida a aeronave desconhecida faria outra manobra, passando abaixo e à frente do 727, para disparar em direção aos Andes, rumo ao Sul, até ser perdida de vista.

Croqui mostrando a posição das aeronaves e do óvni do caso bariloche quando este dispara para cima. Contato confirmado
Croqui mostrando a posição das aeronaves e do óvni do caso bariloche quando este dispara para cima. Contato confirmado (Fonte: Força Aérea Argentina)

Segundo análise realizada pela própria Força Aérea Argentina, em dossiê de 2018 preparado pelo órgão oficial de pesquisas de óvnis daquele país, a Comission de Estúdios de Fenómenos Aeroespaciales (Cefae), o momento da manobra foi a primeira vez em que as duas aeronaves observaram distintamente uma à outra e ao objeto simultaneamente. Isso excluiu a possibilidade de o avistamento ser de alguma forma causado por um erro de interpretação dos pilotos e suas tripulações ao observarem outra aeronave próxima.

A Força Aérea da Argentina chegou a propor explicações alternativas para o caso, como reflexão das luzes da cidade nas nuvens, desconsiderando o blecaute em toda a região. Levantou até a possibilidade de um projetor de uma boate em solo ter causado o estranho avistamento (a 11 mil pés, ou mais de 3 km de altitude!), mas reconheceu não ser capaz de reproduzir as condições nem ter certeza de que o equipamento seria capaz de produzir os movimentos e o comportamento descritos pelas testemunhas.

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Além do suspeito apagão na cidade logo abaixo de onde acontecia todo esse episódio, os pilotos relataram problemas no rádio das aeronaves durante o encontro com o objeto. Não existiu uma teoria oficial para essa interferência.

Pela complexidade, alto nível das testemunhas e fenômenos físicos registrados, o Caso Bariloche chegou a ser mencionado pelo dossiê Cometa, uma iniciativa científica que compilou casos inexplicáveis ao redor do mundo.

Para ver o documentário completo no canal It’s[redacted], clique abaixo. Para quem tiver dificuldades com o inglês, a dica é ativar a legenda automática, em inglês, e clicar na engrenagem para escolher a tradução:

Agradecimentos ao canal It’s [redacted] pelo compartilhamento de documentos.

Jeferson Martinho

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