Esperança no Caso Varginha: CGU determina abertura de documentos sigilosos

Um dos maiores mistérios da ufologia brasileira pode estar perto de ser esclarecido. A Controladoria Geral da União (CGU) determinou que o Comando do Exército disponibilize ao solicitante os termos de destruição e os anexos de documentos sigilosos relacionados ao Caso Varginha, ocorrido em 1996, quando militares teriam capturado tripulantes não humanos de uma nave alienígena avariada em Minas Gerais.
A informação foi publicada no site da Revista UFO, em extenso artigo de autoria do ufólogo e conferencista Fernando Aragão Ramalho, que já coordenou a Comissão Brasileira de Ufólogos. Ramalho, junto com o também articulista e o ufólogo Marco Antônio Petit e outros 12 membros da CBU é um dos signatários da campanha “Varginha, Chega de Acobertamento“, lançada em abril de 2023.
Os integrantes da CBU deram entrada a uma série de protocolos junto ao Governo Federal, mirando os arquivos do Comando da 4ª Região Militar e 4ª Divisão do Exército “Região Mário Procópio” (4ª RM/4ª DE). O motivo para tal iniciativa se deve ao fato do conteúdo desses arquivos militares terem perdido seus graus de sigilo após a efetiva vigência da Lei de Acesso à Informação (LAI) nº 12.527/2011, em junho de 2012.
O Caso Varginha ganhou repercussão mundial após três meninas relatarem ter visto uma criatura estranha, baixinha e de olhos vermelhos, em um terreno baldio da cidade mineira. Depois disso, surgiram rumores de que o Exército teria resgatado e ocultado os seres e a nave extraterrestre, com a ajuda do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. As autoridades negaram todas as acusações e alegaram que se tratava de um caso de histeria coletiva e desinformação.
No entanto, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), formada por pesquisadores que investigam o fenômeno há décadas, não se convenceu com as explicações oficiais e iniciou uma série de protocolos junto ao Governo Federal para pedir a liberação dos arquivos do Comando da 4ª Região Militar e 4ª Divisão do Exército, responsáveis pela operação de resgate dos seres e da nave extraterrestre.
A CBU identificou a existência de um tipo de informação sigilosa específica do Exército, que não possui número de protocolo nem código de indexação, e que pode conter informações relevantes sobre o envolvimento de militares no Caso Varginha. Esses documentos são chamados de Documentos Sigilosos Controlados (DSCs) e podem ter sido destruídos ou escondidos ilegalmente.
Além disso, a CBU também solicitou o acesso a 200 fichas e 50 cartões de autógrafos que deveriam ser preenchidos por quem estivesse de serviço na Escola de Sargentos das Armas (ESA) em janeiro de 1996, quando ocorreram os principais fatos do Caso Varginha. Essas fichas podem revelar a identidade dos oficiais do Serviço de Inteligência do Exército que participaram da captura das criaturas.
Diante das solicitações da CBU, o Exército se recusou a fornecer os documentos ou apresentar justificativas plausíveis para sua negativa. Por isso, a CBU recorreu à CGU, que é o órgão responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) nº 12.527/2011, que garante o direito do cidadão de obter informações públicas desclassificadas.
Em uma decisão histórica, a CGU acatou parcialmente os recursos da CBU e determinou que o Exército disponibilize ao solicitante os termos de destruição e os anexos dos documentos sigilosos relacionados ao Caso Varginha, bem como cópia de documento que comprove a abertura de sindicância investigativa para a apuração do extravio dos documentos desclassificados solicitados no pedido de acesso à informação.
A decisão da CGU representa um avanço significativo para a elucidação do Caso Varginha e para a transparência das informações públicas. A CBU espera que o Exército cumpra a determinação no prazo estipulado e que os documentos possam trazer novas evidências sobre o que realmente aconteceu em 1996 na cidade mineira. A CBU também espera que outros militares e civis que tenham conhecimento dos fatos possam vir a público falar sobre o assunto, sem medo de represálias ou censuras.
O Caso Varginha é considerado um dos mais importantes da ufologia mundial, pois envolve a suposta captura de seres e naves de origem desconhecida, com a participação de autoridades militares e civis, em um contexto de acobertamento e desinformação. A CBU acredita que a verdade sobre esse caso deve ser revelada à sociedade, pois se trata de um assunto de interesse público e científico, que pode mudar a forma como entendemos o nosso lugar no universo.
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