O que era o risco no céu do último dia 8 de março?

A reentrada de um foguete Falcon 9, da SpaceX, na atmosfera da Terra foi registrada por pessoas de diversas localidades na região Sul do país. O perfil de Twitter do site jornalístico Gazeta Web marcou um post e chamou a atenção do Portal Vigília para uma das primeiras imagens.
As cenas de um risco brilhante no céu também foram captadas por câmeras da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e do Clima ao Vivo em regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como habitualmente acontece nestes casos, rapidamente os registros foram parar nas redes sociais e começaram as especulações sobre a possibilidade de serem avistamentos ufológicos.
Rapidamente, especialistas da BRAMON esclareceram que o objeto era o segundo estágio de um foguete Falcon 9. O foguete havia sido lançado em 19 de dezembro do ano passado, da Base da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, na Flórida.
A missão contratada pela operadora turca Turksat junto à SpaceX levou à órbita o satélite geoestacionário Turksat 5B, um equipamento fabricado pela Airbus Defense and Space, em Toulouse, na França. O satélite foi desenvolvido para fins militares e comerciais.
“Pelas análises iniciais, podemos garantir que esse foguete caiu no oceano, sem oferecer risco algum para a população em solo”, disse Marcelo Zurita, diretor técnico da BRANOM.
Os foguetes Falcon 9, da SpaceX, entraram para a história pelo sucesso do processo de recuperação dos primeiros estágios, que retornam à superfície terrestre para pousos verticais no mar ou em terra firme. Mas a empresa não desenvolveu um sistema de recuperação de segundos estágios, que normalmente se desintegram quase totalmente na atmosfera, no momento da reentrada.
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