Pentágono tem novo diretor para o Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO)

Pentágono tem novo diretor para o Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO)
AARO, do Pentágono, tem novo diretor
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Em meio a crescentes expectativas e controvérsias, o Pentágono anunciou Jon Kosloski como o novo diretor do Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO), órgão responsável por investigar Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs), o termo moderno para o que o público conhece como OVNIs. A nomeação de Kosloski, que já atuava no Departamento de Defesa e possui vasta experiência em áreas como óptica quântica e criptomatemática, foi recebida com reações mistas por especialistas e entusiastas do tema.

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Jon Kosloski (DoD)
Jon Kosloski (DoD)

Kosloski assume o comando após a saída de Sean Kirkpatrick, que liderou o AARO desde sua criação em 2022. Kirkpatrick deixou o cargo em meio a críticas e acusações de falta de transparência em relação às investigações sobre UAPs.

A nomeação de Kosloski foi anunciada no final de agosto de 2024, pelo secretário de imprensa do Pentágono, major-general Pat Ryder. Em um comunicado, Ryder destacou a experiência de Kosloski em múltiplas áreas científicas, incluindo óptica quântica e cripto-matemática, além de sua liderança em equipes de pesquisa e análise.

O novo diretor terá como desafio dar continuidade ao trabalho do AARO, que inclui a investigação de centenas de relatos de avistamentos de UAPs, muitos deles ainda sem explicação. Além disso, Kosloski terá que lidar com a pressão do Congresso e da opinião pública por mais transparência nas investigações.

Um perfil técnico para um desafio complexo

Com uma vasta experiência em áreas como óptica quântica, criptomatemática e liderança em equipes de pesquisa e análise, Kosloski parece trazer um perfil técnico para a direção do AARO. Sua trajetória profissional inclui passagens pela Agência de Segurança Nacional (NSA), onde atuou como especialista em óptica de espaço livre, e pelo Escritório de Empresas de Comunicações Especiais do Departamento de Defesa.

A nomeação de Kosloski foi vista com bons olhos por Jay Stratton, ex-membro da Força-Tarefa de UAPs e amigo pessoal do novo diretor. Em uma fala durante o evento “Phenomecon”, em 5 de setembro de 2024, Stratton comentou:

“A boa notícia é que recebi uma mensagem de texto há algumas semanas de um grande amigo meu que fazia parte da Força-Tarefa de UAPs, Jon Kosloski, e ele disse: ‘Acabei de conseguir o trabalho na AARO!’. Ele é bom. Ele é confiável. E, com sorte, ele pode continuar com o meu legado.”

A declaração de Stratton, que também anunciou que lançará livro sobre UAPs, além de revelar a proximidade entre ambos, sugere uma continuidade na linha de trabalho da AARO, o que pode ser interpretado de diferentes maneiras. Por um lado, pode indicar uma busca por maior transparência e comunicação com o público, algo que Stratton diz que sempre defendeu. Por outro, levanta questionamentos sobre a abordagem do novo diretor em relação às alegações de acobertamento de informações sobre UAPs, tema que gerou grande controvérsia durante a gestão de Kirkpatrick.

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As sombras da gestão anterior: polêmicas e acusações de acobertamento

A saída de Sean Kirkpatrick do comando do AARO foi marcada por polêmicas e acusações de acobertamento de informações. Um dos posicionamentos mais contundentes veio do denunciante UAP David Grusch, ex-oficial de inteligência, que acusou Kirkpatrick de omitir provas da existência de programas secretos de recuperação de naves extraterrestres.

Dr. Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Pesquisas de Anomalias de Todos os Domínios - AARO
Dr. Sean Kirkpatrick, ex-diretor do Escritório de Pesquisas de Anomalias de Todos os Domínios – AARO (Foto: Wikipedia/NASA/Joel Kowsky)

Kirkpatrick negou veementemente as acusações, classificando-as como “extremamente antiéticas e imorais”. No entanto, a polêmica em torno do tema e a falta de provas concretas para refutar as alegações de Grusch lançaram dúvidas sobre a transparência da AARO sob sua liderança.

A nomeação de Kosloski representa uma oportunidade para o Pentágono restaurar a credibilidade do AARO e avançar nas investigações sobre os UAPs de forma mais aberta e transparente. Resta saber se o novo diretor estará à altura do desafio e se conseguirá lidar com as pressões políticas e a expectativa pública em torno desse tema tão complexo e intrigante.

Redação Vigília

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