Pesquisa desafia abordagem convencional na busca por vida extraterrestre

Pesquisa desafia abordagem convencional na busca por vida extraterrestre
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Estudo de Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Birmingham (UB) sugere que a ausência de um elemento químico pode ser a pista para encontrar vida no espaço. Os cientistas buscaram novos meios de identificar mundos habitáveis com a tecnologia atual e publicaram artigo no mês passado na revista Nature.

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A procura por vida além da Terra pode ter seguido o caminho equivocado, conforme indica um estudo recente. Uma equipe interdisciplinar argumenta que a chave para identificar vida no espaço não reside na presença, mas sim na ausência de um elemento químico crucial.

A existência de vida na Terra está atrelada a cinco elementos fundamentais: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo, sendo o carbono um dos protagonistas nessa composição. Contrariando essa abordagem convencional, cientistas desafiam a ênfase na busca pela presença de carbono como indicador de vida no espaço, conforme revela um artigo elaborado pela equipe.

A proposta dos pesquisadores é intrigante: se um planeta, comparado aos demais em um mesmo sistema, apresenta uma atmosfera significativamente carente de dióxido de carbono (CO2), isso poderia sugerir a existência de água líquida e, por consequência, vida em sua superfície.

A capacidade de identificar essa característica é atribuída ao telescópio espacial James Webb, da NASA. A equipe enfatiza que a presença de dióxido de carbono esgotado é, atualmente, o único indício de habitabilidade detectável.

Julien de Wit, professor assistente de ciências planetárias, destaca a importância dessa nova perspectiva: “O Santo Graal da ciência de exoplanetas é procurar por mundos habitáveis e a presença de vida, mas todas as características que foram discutidas até agora estavam além do alcance dos observatórios mais recentes. Agora temos uma maneira de descobrir se há água líquida em outro planeta. E é algo que podemos alcançar nos próximos anos.”

O estudo delineia uma estratégia para detectar planetas habitáveis ao buscar uma assinatura de dióxido de carbono esgotado, especialmente em sistemas semelhantes a “ervilhas numa vagem”, nos quais planetas terrestres de tamanhos semelhantes orbitam próximos uns dos outros.

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O primeiro passo proposto pela equipe é confirmar a presença de atmosferas nos planetas, examinando simplesmente a existência de dióxido de carbono, que se espera dominar a maioria dessas atmosferas.

Uma vez confirmada a presença de atmosferas, os astrônomos podem avançar para medir o conteúdo de dióxido de carbono, buscando variações significativas entre os planetas. Se um planeta apresentar consideravelmente menos dióxido de carbono que os outros, há a indicação de que pode ser habitável.

Contudo, o estudo traz uma ressalva importante: condições habitáveis não garantem necessariamente a presença de vida. Para avaliar a existência real de vida, a equipe sugere que os astrônomos investiguem outra característica na atmosfera planetária: o ozônio.

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Analogamente ao processo observado na Terra, onde plantas e micróbios contribuem para a absorção de dióxido de carbono, emitindo oxigênio que reage com os fótons solares para formar ozônio, a presença simultânea de ozônio e dióxido de carbono esgotado na atmosfera de um planeta poderia indicar não apenas habitabilidade, mas também a presença de vida.

Triaud, um dos pesquisadores, enfatiza: “Se vemos ozônio, as chances são bastante altas de que ele esteja relacionado ao dióxido de carbono sendo consumido pela vida. E se é vida, é uma vida gloriosa. Não seriam apenas algumas bactérias. Seria uma biomassa em escala planetária capaz de processar uma enorme quantidade de carbono e interagir com ele.”

A equipe estima que o telescópio James Webb teria a capacidade de medir dióxido de carbono e possivelmente ozônio em sistemas multiplanetários próximos, como o sistema TRAPPIST-1, composto por sete planetas que orbitam uma estrela brilhante a “apenas” 40 anos-luz da Terra.

Redação Vigília

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