Preparando-se para o contato: Reino Unido estuda anúncio da descoberta de vida extraterrestre

O Reino Unido está se preparando para um evento que, até recentemente, pertencia apenas ao domínio dos desejos de ufólogos e entusiastas: o anúncio da descoberta de vida extraterrestre. Um pedido de liberdade de informação divulgado pelo respeitado jornal britânico Metro revelou que o Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT) da Inglaterra está conduzindo um estudo sobre como reagir e anunciar tal descoberta ao público.
O estudo, que está sendo realizado ao longo de seis meses e será finalizado em julho, aborda a possibilidade de um evento denominado “cisne negro” – um termo usado para descrever um acontecimento imprevisível com consequências de grande alcance. O relatório interno, que será apresentado ao Secretário Permanente do DSIT, incluirá recomendações para um plano de ação, considerando oportunidades, desafios e áreas de especialização.
O Metro ouviu Nick Pope, ex-investigador de OVNIs que trabalhou para o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD). Ele declarou estar “muito satisfeito em saber que este estudo está sendo realizado, pois é algo há muito esperado”.
Pope mencionou rumores na comunidade científica sobre a detecção de uma forte evidência de uma bioassignatura que teria sido identificada pelo Telescópio Espacial James Webb, sugerindo que um anúncio sobre a tal bioassignatura, ou talvez até mesmo uma tecnoassinatura, pode ser iminente.
Bioassinatura é o como os astrobiólogos classificam a descoberta de uma composição química na atmosfera de um planeta que represente inequivocamente a existência de atividade biológica. Tecnoassinatura, por outro lado, é o termo designado na astrofísica para determinar sem sombras de dúvidas a atividade de uma civilização inteligente operando em um planeta ou num sistema solar distante.

Enquanto isso, cientistas ao redor do mundo continuam a busca por vida extraterrestre (SETI), vasculhando os céus em busca de sinais de outros seres, sejam eles microscópicos ou civilizações avançadas. A descoberta definitiva teria implicações significativas para a ciência, governos e sociedade, o que justifica o argumento de muitos na indústria por um planejamento mais robusto.
Os rumores mencionados por Pope têm circulado na comunidade acadêmica há alguns meses. Não apenas as novas capacidade proporcionadas pelo telescópio espacial James Webb, mas também outras iniciativas que buscam identificar sinais de atividade biológica ou inteligente no Universo, vêm expandindo em muito os horizontes da antiga pesquisa SETI (ainda ativa), que basicamente se concentra em encontrar sinais de rádio inteligentes vindo do espaço.

Em setembro de 2023, a respeitada astrônoma real da Escócia, Catherine Heymans, já havia expressado seu otimismo sobre a busca por vida extraterrestre, destacando os avanços tecnológicos que agora permitem essa exploração. “Agora temos a tecnologia e a capacidade de responder à pergunta se estamos sozinhos no cosmos”, disse ela à BBC News à época.