Vídeos e áudios revelam que indígenas continuam aterrorizados por OVNIs no Acre

Vídeos e áudios revelam que indígenas continuam aterrorizados por OVNIs no Acre
Vídeos reforçam discussões em áudio mostrando que OVNIs no Acre continuam a aterrorizar comunidades indígenas (Reprodução: ContilNet/Diego Gurgel)
Compartilhe

Os avistamentos e casos de OVNIs no Acre aterrorizando comunidades indígenas ainda estão acontecendo. É o que indicam vídeos e áudios recentes de conversas via aplicativo de mensagens recebidos no início de maio pelo jornalista e fotógrafo Diego Gurgel, divulgados no portal regional ContilNet. O material repercutiu na comunidade ufológica depois de ser divulgado nesta semana também pelo pesquisador Rony Vernet, em seu canal no Youtube e perfis em redes sociais.

----publicidade----

O diálogo entre os moradores mostram a reação de indígenas Yawanawá ao se depararem com objetos voadores não identificados (OVNIs) registrados em vídeo. Uma dessas luzes luzes estranhas teria quase pousado próximo de uma das casa em uma aldeia isolada. A gravação revela o espanto e a tensão dos moradores enquanto observavam o fenômeno misterioso.

Ampliação da imagem de luz misteriosa captada num dos vídeos dos OVNIs no Acre (Reprodução ContilNet/Diego Gurgel)
Ampliação da imagem de luz misteriosa captada num dos vídeos dos OVNIs no Acre (Reprodução ContilNet/Diego Gurgel)

Os indígenas Yawanawa habitam a Aldeia Nova Esperança do Povo Yawanawá no Rio Gregório, compartilhando a terra com os Katukina, da aldeia de Sete Estrelas. A área está localizada no município de Tarauacá e foi a primeira a ser demarcada no Acre. Há relatos também na Aldeia Yawarani, que fica quatro horas de barco rio acima, e Amparo. Ao todo, os Yawanawa residem em sete aldeias ao longo do Rio Gregório.

No primeiro trecho da conversa, acompanhada do vídeo da estranha luz multicolorida contra o céu noturno, um dos indígenas faz a descrição do que o preocupava naquele momento:

“Na hora que a gente achou ele estava focando a casa do Mané bem baixinho e nós corremos mais o Parã com a espingarda, e ele subiu rapidão e foi tipo diminuindo a velocidade”, descreveu assustado.

Na mensagem seguinte, os interlocutores revelam que os homens da aldeia, armados com espingardas, estavam preparados para agir caso o objeto descesse novamente. Outro indígena mencionou um segundo objeto “piscante” que parecia guiar o OVNI principal, aumentando o mistério.

“Parece que esse que vai piscando é o que vai guiando ele para onde isso aí vai piscando é para onde ele tá indo”, comentou outro morador.

Rony Vernet compartilhou no X (antigo Twitter) seus comentários sobre os áudios, destacando a tensão nas comunidades indígenas ao enfrentarem tais fenômenos.

“Áudios obtidos no início de maio deste ano mostram a reação de indígenas de aldeias isoladas do Acre ao se depararem com OVNIs descendo próximo de suas casas”, escreveu.

Indígenas sabem que não são drones

O ufólogo relembrou os incidentes de alguns anos atrás, onde indígenas chegaram a ser hospitalizados após receberem feixes de luz de OVNIs, um caso que a Polícia Federal investigou sem conseguir solucionar.

----publicidade----

O Portal Vigília conversou com o jornalista Diego Gurgel, cuja reportagem trouxe os episódios à tona. Ele contou que os relatos vêm sendo compartilhados nos grupos de Whatsapp da família da liderança da aldeia, o cacique Iskukuá Yawanawá (ou Bira Junior), que tem monitorado a situação enquanto se encontra fora do país, numa conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, sobre transição energética e troca justa com povos indígenas.

A reportagem de Gurgel no ContilNet destacou que, além da grande quantidade de testemunhas das luzes e suas manobras, os indígenas têm “familiaridade com equipamentos do tipo drones e VANTs [Veículos Aéreos não Tripulados]”, suficiente para não confundi-los com o fenômeno que vem sendo observado.

 

----publicidade----

Histórico dos OVNIs no Acre remete ao fenômeno chupa-chupa

O incidente relatado nos áudios soma-se a um longo histórico de avistamentos e supostos ataques que têm aterrorizado as comunidades indígenas na Amazônia ao longo dos anos, sobretudo no Acre e regiões fronteiriças.

A história desses encontros ganhou notoriedade junto a comunidade ufológica em 2020, em grande parte em razão do trabalho de investigação do pesquisador Rony Vernet, que obteve documentos vazados, registros de moradores e documentos liberados através da Lei de Liberdade de Informação.

Os documentos revelaram que, em 2014, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) obteve testemunhos de que OVNIs teriam atacado aldeias na região do Vale do Juruá. Vários indígenas reportaram avistamentos de luzes misteriosas que desciam e emitiam feixes de luz sobre as aldeias, gerando pânico e causando ferimentos em alguns casos.

Frames mostrando o suposto óvni luminoso registrado no Acre (Crédito Paula Colares - cortesia Rony Vernet)
Frames mostrando o suposto óvni luminoso registrado no Acre (Crédito Paula Colares – cortesia Rony Vernet)

Entre os anos de 2013 e 2014, eventos alarmantes ocorreram na aldeia Apiwtxa (povo também conhecido como Ashaninka do Rio Amônia). Luzes surgindo sobre as moradias da comunidade foram inclusive registradas por pesquisadores que atuavam com os indígenas.

Os relatos da época, documentados pelo pesquisador Vernet, dão conta de objetos que desapareciam rapidamente após emitirem feixes de luz direcionados aos moradores e suas redes de dormir. Em alguns casos, os indígenas revidaram disparando armas de fogo.

Em 2016, incidentes envolvendo as aldeias Nova Floresta e Cocoaçu, localizadas no Alto Rio Envira, no município de Feijó, chamaram a atenção das autoridades. Em entrevista ao portal ContilNet, o professor Airton Silva de Oliveira afirmou ter socorrido o indígena Iaka Ashanika, atingido por uma espécie de descarga elétrica disparada por um objeto misterioso depois de ter disparado 18 tiros de espingarda na direção do OVNI.

“Ele se deslocava muito rápido, em todas as direções”, descreveu Airton. “Ninguém esta conseguindo dormir nas aldeias. Estamos aterrorizados com aquele negócio estranho, que não é um drone”, revelou o professor à imprensa na época.

Sob quase todos os aspectos, os relatos registrados nas aldeias do Acre lembram muito o modus operandi dos fenômenos investigados pela Operação Prato no Norte do Brasil, em 1977, onde também as comunidades estavam aterrorizadas com os constantes avistamentos e ataques. Na época, o fenômeno – que até hoje permanece um dos mais emblemáticos casos ufológicos do Brasil e do mundo – recebeu o apelido de chupa-chupa, por provocar ferimentos e o adoecimento das vítimas.

Imagens da Operacao Prato liberadas atraves do Arquivo Nacional 2 1
Imagem da Operação Prato liberada através do Arquivo Nacional

Investigação da Polícia Federal em 2014

Os eventos no Acre levaram a Polícia Federal a investigar as ocorrências já em 2014 mas, apesar dos esforços, o mistério permaneceu sem solução. Um relatório policial detalhou como os OVNIs pareciam realizar manobras evasivas sempre que tentavam ser capturados ou filmados. As filmagens, quando possíveis, mostravam luzes rápidas e brilhantes que se moviam de maneira que não se assemelhava a nenhum veículo aéreo conhecido.

Caso Acre: Indígenas atacados por óvnis depõem à Polícia Federal
Caso Acre: Indígenas atacados por óvnis depõem à Polícia Federal (Reprodução/Canal Rony Vernet)

A antropóloga Lúcia Araújo, que viveu com os indígenas do Acre, deu início às investigações da PF e Ministério Público após testemunhar pessoalmente um desses fenômenos.

“O que vi foi algo que não consigo explicar. Uma luz brilhante, silenciosa, movendo-se de uma maneira que nenhum avião ou helicóptero poderia”, relatou Lúcia.

O pesquisador Rony Vernet, que desde 2020 vem acompanhando os desdobramentos dos episódios do Acre, mencionou que esses eventos ocorrem em várias partes da Amazônia, aumentando a preocupação sobre a segurança das comunidades isoladas.

O caso recente dos áudios relacionados ao OVNI quase pousou na aldeia Yawanawá mostra que o fenômeno continua assombrando o Acre desde pelo menos 2013, e reacende o debate sobre a presença desses objetos misteriosos na região. A comunidade indígena continua vigilante, dividida entre o medo do desconhecido e a tentativa de proteger seu território e suas tradições. E, apesar das denúncias da imprensa local e do pesquisador Rony Vernet, ainda não há quaisquer indícios de novas medidas das autoridades para entender o que está ocorrendo na região.

Confira os vídeos na íntegra e os áudios individuais das conversas entre os moradores da aldeia nesta reportagem do ContilNet Notícias.

Jeferson Martinho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

As esferas voadoras na história da Ufologia Aviões e óvnis O que caiu em Caieiras na noite de 13 de junho de 2022? Extraterrestres: é a ciência quem diz! As etapas da pressão sobre o governo dos EUA em relação aos óvnis/UAP
Deseja receber notificações de notícias atualizadas do Portal Vigília no celular? SIM! QUERO! Não
×