Signatário de Tratado Internacional, Brasil se comprometeu a não explodir a Lua

Signatário de Tratado Internacional, Brasil se comprometeu a não explodir a Lua
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Signatário do Tratado do Espaço Sideral, no passado o Brasil já se comprometeu a não explodir a Lua.

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Uma das mais bizarras histórias recentes da humanidade remonta ao ano de 1959 quando os Estados Unidos planejaram explodir a Lua com uma bomba nuclear.

À época acontecia a famigerada Guerra Fria e o objetivo era vencer a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

O intento, que não foi adiante por medo do que poderia acontecer à Terra com a explosão, originou o “Tratado do Espaço Sideral”, assinado pelas duas potencias, que se comprometiam a nunca explodir a Lua e nem usar o espaço para fins bélicos/militares.

Mas como havia o receio de que outras nações pudessem ter a mesma ideia “mirabolante” de explodir a Lua, EUA e URSS convenceram outros países a se tornarem signatários do tratado, incluindo o Brasil.

Por aqui a adesão ao acordo foi assinada em 30/01/1967 e promulgado por meio do DECRETO Nº 64.362, de 17 de abril de 1969, assinado pelo então presidente Costa e Silva.

Como assim explodir a Lua?

A história toda começa quando a URSS consegue, em 1957, lançar seu primeiro satélite ao espaço, o Sputnik.

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O sucesso da empreitada dos soviéticos deixou os americanos irritados.

E para intimidar os inimigos e aumentar a confiança dos EUA, foi criada uma missão secreta chamada “Um estudo de voos de pesquisa lunar” ou “Projeto A119”.

O plano todo foi concebido em uma divisão da Força Aérea americana localizada na Base Aérea de Kirtland, no Novo México.

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Na proposta, um míssil carregando um pequeno dispositivo nuclear seria lançado de um local não revelado e viajaria 238 mil milhas até a Lua, onde seria detonado com o impacto.

Americanos queriam jogar uma bomba na Lua

A conclusão é que teria de ser uma bomba atômica porque uma bomba de hidrogênio seria muito pesada para o míssil.

Os militares planejaram ainda adicionar sódio à bomba para que, quando explodisse, brilhasse ainda mais e fosse vista da Terra a olho nu.

Por fim, a área lunar escolhida para receber a explosão ficava entre a parte da superfície iluminada pelo sol e a parte escura.

Perigo para a Terra

Entre as pessoas que colaboraram com cálculos avaliados pelo governo americano estava o astrônomo Carl Sagan que, na época, era bastante jovem. Sagan ficaria responsável por analisar o comportamento da poeira e do gás gerados pela explosão.

Também participou do projeto o físico Leonard Reiffel.

Em uma entrevista a Associated Press no ano 2000, Reiffel disse que os militares aparentemente abortaram a ideia por causa do perigo para as pessoas na Terra caso a missão falhasse.

Os cientistas também registraram preocupações sobre a contaminação da lua com material radioativo, disse Reiffel.

Os documentos secretos que comprovam a existência do plano teriam sido mantidos em segredo por quase 45 anos e os EUA nunca confirmaram formalmente o seu envolvimento nesse estudo.

Uma base permanente na Lua

Entretanto, um Memorando datado de 1959 e assinado pelo Tenente Arthur G. Trudeau, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Exército dos EUA, mostra que além da exigência que a América vencesse os soviéticos, uma base permanente deveria ser estabelecida na Lua.

De acordo com o documento, se os Estados Unidos conseguissem instalar uma base na Lua antes, “o prestígio e vantagem para a nação será inestimável. ”

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Recentemente a revista Forbes  publicou uma matéria dizendo que a ideia de uma explosão nuclear lunar nos moldes do Projeto A119 era absurda.

Isso porque seriam necessárias muitas bombas para fazer o trabalho e uma quantidade enorme de foguetes de vários estágios para chegar lá.

Já o site Gizmodo foi ainda mais específico dizendo que seriam necessárias 9.000 bombas da classe “Castelo Bravo” de 15.000 quilotons para destruir toda a superfície da lua.

FONTE 

Redação Vigília

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