
Estava com minha filha e uma sobrinha brincando num pequeno parque infantil quando um homem que me parecia familiar se aproximou. Ele trazia nas mãos um objeto que parecia uma garrafa pet vazia, dessas transparentes, de 2 litros, utilizadas pela maioria dos refrigerantes.
O vasilhame escorregou das mãos do homem (ou ele teria deixado cair de propósito?), e o estranho objeto dirigiu-se até nós - voando! Admirado e ao mesmo tempo curioso, segurei o objeto com as mãos. Agora ele não estava mais "vazio", mas por detrás da areia da praça que nele grudou, pude ver que se tratava de uma máquina, repleta de botões e LEDs apagados.

Instantaneamente me vi em um pequeno cômodo pouco iluminado, com algumas poucas pessoas sentadas à frente de um painel com monitor, quase no centro do ambiente. As pessoas, duas ou três, vestiam uniforme, e ao menos uma era mulher. Pareceu-me que já me aguardavam, eu não lhes era estranho...
Foi-me dado um uniforme igual ao deles, que logo vesti. Me disseram sobre a cápsula do tempo, dos portais, das dimensões. Eu iria visitar algumas destas dimensões temporais, caso tivesse sucesso em atravessar a primeira e mais próxima à nossa própria dimensão. Eu teria que carregar um aparelho semelhante a uma lanterna, que emitia um facho luminoso de cor violácea. Disseram-me que aquele aparelho seria muito importante para a minha segurança, e que seria essencial para que eu atingisse a próxima dimensão a qual eles queriam me enviar.
[pesquisa? estudo? curiosidade? não sei dizer...]

- Contagem regressiva, 3... 2... 1... Ativar!

[para não dizer que era total, havia um outro "cômodo" mais iluminado ao fundo, onde pude divisar uma bela paisagem sob um dia ensolarado. Este "quadro" temporal era o verdadeiro objetivo da missão: eu tinha que atravessar o "quadro" escuro para atingir este outro.]

Mas eu não esperava que o pior acontecesse...
Ouvi rosnados provenientes do chão, senti seus dentes pressionando minha mão, justamente a mão que trazia a lanterna: era um pequeno mas incoveniente cachorro!

Maldito cachorro, desviou o facho de luz do homem pré-histórico! Entre uma iluminada e outra, pude ver que ele se aproximava ameaçadoramente! Tinha que me livrar daquele cão inoportuno, antes que a criatura me atingisse...


Assim que regressamos, eu e a peste, vi que o pobre animal começou a ...

Sua pele derretia como sorvete ao calor do sol! O pobre animal corria sem direção, aflito, ganindo, gemendo, morrendo. Suas entranhas logo estavam à vista! A solução era devovê-lo rapidamente ao seu tempo. Penso que ao retornar sua constituição física se refizesse.
[

Acordei pela manhã intrigado com mais este estranho sonho, prometendo a mim mesmo que iria relatá-lo aos amigos do Vigília...
