Milionário britânico constrói mega radar civil em bunker para caçar OVNIs

Milionário britânico constrói mega radar civil em bunker para caçar OVNIs
Com imagens de seu equipamento em antiga base militar, William Sachiti pergunta: quem quer testar a detecção de UAPs (Imagens: Reddit/CanNeverPassCaptch/arquivo pessoal)

Enquanto agências governamentais dos EUA, como o AARO (All-domain Anomaly Resolution Office), acumulam relatórios burocráticos e discussões intermináveis sobre como captar dados confiáveis de UAPs (Fenômenos Aéreos Não Identificados), um personagem improvável surge na cena: um milionário excêntrico, inventor e gênio da Inteligência Artificial do Reino Unido, que decidiu simplesmente resolver o problema com as próprias mãos.

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Trata-se de William Sachiti, empresário britânico descrito pelo Daily Mail como um “supervilão da vida real” — não só por sua fortuna e estilo extravagante, mas por sua disposição em transformar antigas instalações militares do Reino Unido em laboratórios particulares. E, mais surpreendente: Sachiti é também usuário ativo do Reddit, onde escreve longos posts técnicos em comunidades como r/UFOs e r/rfelectronics, relatando em tempo real sua saga para construir um sistema de radar civil de ponta para rastrear OVNIs.

Nascido no Zimbábue, em 1985, Pasihapaori Chidziva, conhecido como Pasi William Sachiti é o inventor e empreendedor naturalizado britânico ficou famoso por fabricar veículos de entrega autônomos para a Força Aérea Real, a RAF, robôs autônomos para entregar medicamentos e suprimentos dentro de hospitais, reduzindo a carga de trabalho de funcionários do NHS (o SUS britânico), e pela criação da Kar–go, primeira empresa a fabricar, em  2019, um carro autônomo aprovado para circular no Reino Unido.

Empresário britânico William Sachiti (Wikipedia/arquivo pessoal)
Empresário britânico William Sachiti (Wikipedia/arquivo pessoal)

Para acelerar seus objetivos, em 2017 ele fundou a Academia de Robótica, com o objetivo de desenvolver veículos autônomos, robôs e sistemas de IA. Atualmente o empresário vive em um bunker nuclear abaixo da antiga base da RAF Neatishead, em Norfolk, que transformou em sede da Academia e onde está construindo o que pode ser a máquina de caça aos OVNIs/UAPs mais sofisticada do mundo.

No fórum, sob o pseudônimo u/CanNeverPassCaptch, o milionário narra com naturalidade passagens que poderiam ter saído de um roteiro de ficção científica: treinamento de IAs avançadas com dados militares classificados, experimentos conduzidos em um prédio antes lacrado do Ministério da Defesa britânico, e até testes presenciais diante de investidores, especialistas aposentados em radar e jornalistas convidados.

Uma máquina de caçar OVNIs

Segundo Sachiti, seu sistema opera combinando múltiplas antenas, sincronização inteligente de sinais ADS-B (usados por aeronaves), algoritmos de IA e técnicas de radar adaptadas de usos militares.

Em suas palavras, “um morcego eletrônico capaz de enxergar a centenas de quilômetros, captando direções, velocidades e padrões impossíveis de perceber a olho nu”.

Mais do que capturar ecos anômalos, o equipamento teria sido testado ao vivo em transmissões privadas — algo que o próprio Sachiti diz ter apresentado a jornalistas independentes. Em um dos relatos, ele descreve como a rede de radares civis que montou em tempo recorde já estaria apta a rastrear drones, aeronaves e até objetos não identificados, com precisão superior à de muitos sistemas militares.

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Antenas do equipamento de radar modernizado por William Sachiti Imagem Reddit CanNeverPassCaptch
Antenas do equipamento de radar modernizado por William Sachiti (Imagem: Reddit/u/CanNeverPassCaptch)

Entre a ciência aberta e a sombra do segredo oficial

O detalhe mais controverso surge quando o próprio inventor admite, em seus posts, que pode estar violando a Lei de Segredos Oficiais do Reino Unido. Ele sugere que parte dos dados usados para treinar a IA que opera sua máquina pode ter origem em informações classificadas da Defesa — algo que, se confirmado, colocaria seu projeto em território delicado, entre a ciência independente e a espionagem involuntária.

Apesar disso, Sachiti insiste que seu objetivo é tornar a tecnologia aberta e acessível, evitando que caia apenas nas mãos de governos ou militares. Em uma publicação, ele chega a brincar que a empreitada já o “transformou em um supervilão” — apelido que adotou com ironia diante da atenção da mídia.

O contraste com o AARO e outras iniciativas oficiais

A ironia maior é o contraste com os esforços oficiais. Enquanto o AARO, nos EUA, ainda debate metodologias de coleta e se perde em disputas políticas e ceticismo, um bilionário britânico monta praticamente sozinho um sistema funcional de rastreamento de UAPs, apoiado por IA, capital privado e uma boa dose de ousadia.

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O caso expõe um dilema crescente: a busca por respostas sobre os UAPs pode acabar migrando da esfera governamental para iniciativas privadas radicais — muitas vezes menos burocráticas, mas também potencialmente menos transparentes em suas intenções e impactos. Embora, verdade seja dita, não pareça ser esse o caso da iniciativa de Sachiti, dado seu hábito de publicar cada passo seu online.

Um laboratório vivo no Reddit

Mais do que os resultados técnicos, o fascínio está no fato de que toda a jornada de William Sachiti é narrada ao vivo, em público, no Reddit. Entre explicações didáticas sobre radar Doppler e relatos de dedos esmagados durante instalações subterrâneas, ele constrói quase um diário aberto de sua aventura — com direito a convites para que curiosos, jovens estudantes ou jornalistas acompanhem de perto.

Seja genialidade, excentricidade ou uma perigosa mistura dos dois, o projeto do “supervilão” britânico — que curiosamente está mais para Batman do que Lex Luthor — levanta uma questão desconcertante: será que a corrida por provas concretas dos UAPs será vencida não por comissões oficiais, mas por inventores excêntricos com tempo, dinheiro e tecnologia nas mãos?

Redação Vigília

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