Astrônomos investigam queda de objeto em Guaçuí
Um grupo de astrônomos e astrofísicos ligados à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e ao Instituto Astronômico Galileo Galilei tentará localizar o objeto que, segundo moradores da cidade de Guaçuí, no Espírito Santo, teria caído na Serra Santa Catarina aproximadamente às 20 horas no dia 12 de outubro, após atravessar, em chamas, os céus da cidade. A notícia foi veiculada pelo jornal A Gazeta, de Vitória, Espírito Santo, no dia 28 de outubro. Nesta terça–feira, 31, em nova nota, o jornal divulgou que a expedição dos cientistas à serra foi adiada para a próxima semana, devido às fortes chuvas que caíram na região, impossibilitando o acesso pelas estradas nas proximidades.
Fazem parte do grupo de pesquisadores o astrônomo Antônio Carlos Garcia, do Instituto Astronômico Galileo Galilei, o astrofísico e professor da Ufes Walace Neves e o astrônomo Carlos José Vieira. Eles contam com o apoio de três guias voluntários de Guaçuí e do sargento Roberto Martins, da Polícia Militar. O policial foi quem atendeu ao chamado dos moradores no dia do acontecimento e empreendeu duas buscas anteriores na tentativa de localizar o provável ponto de impacto.
Carlos José, do Galileu Galilei, afirmou acreditar que, pelo relato das testemunhas, tudo indica que tenha ocorrido na região “um evento meteórico, o que depende ainda do ângulo em que ele foi observado”.
Para a realização da pesquisa, os cientistas levaram diversos equipamentos, como um GPS (Posicionador Global por Satélites – para determinação exata de coordenadas), bússolas, imãs e outros. Segundo Carlos José, o trabalho não tem data específica para terminar e, caso a busca tenha sucesso, o material ficará disponível para estudos universitários. “No máximo, será enviado para o Museu Nacional”, declarou o cientista ao jornalista Cyro Rêgo, do A Gazeta.
Presença militar
A matéria de A Gazeta veiculada no último dia 28 destacou ainda que o sargento Roberto Martins, da PM, distribuiu para a tropa textos com informações sobre meteoritos e também contatos com Objetos Voadores não Identificados. O material, que segundo o policial “não tem nada a ver com o caso”, chegou até ele através de “estudiosos da matéria”.
Outra informação comentada pela reportagem foi a presença, em Guaçuí, do coronel do Exército, Roberto Henrique de Castro Veloso, do Comando da 1ª Região Militar, no Rio de Janeiro. O coronel afirmou que sua visita à cidade, na quinta–feira, 26, não tinha qualquer relação com a queda do objeto, sobre a qual ele não tinha mais informações. A visita tinha apenas o objetivo de fazer “inspeção de rotina”, como faz todos os anos.