Cientistas espaciais franceses analisam objecto voador de Alfena

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Investigadores do Instituto Astrofísico de Paris e do Centro de Estudos Espaciais (CNES), de Toulouse, confirmaram as análises do INETI e da CNIFO processadas sobre as fotos obtidas em 1990.
O dr. Pierre Guérin, cientista do Instituto Astrofísico de Paris, um dos mais reputados investigadores de fenómenos aeroespaciais não identificados, conferiu recentemente a singularidade e a credibilidade das fotografias de um objecto voador invulgar feitas em Alfena, por Manuel Gomes, na sequência de uma observação partilhada por cerca de três dezenas de habitantes da localidade.

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Os resultados conduzem ao reforço da indicação dada pelas análises precedentes, uma das quais feita em Portugal por especialistas do INETI, agora repetidas nos laboratórios daquele organismo científico francês: trata-se de um objecto invulgar, visto e fotografado, de facto, no céu, ante a cobertura nublosa e, desde logo, presumindo-se que “ninguém (NATO, por exemplo) o reclame como um eventual engenho secreto teleguiado (RPV), então terá de ser classificado como OVNI”, conclui o investigador do Instituto Astrofísico de Paris. O astrofísico francês, num relatório agora enviado à CNIFO (Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno OVNI. _ o mais recente deste programa de investigação _ dá conta da “importância do documento fotográfico e da sua consonância com os testemunhos dos observadores envolvidos” e discute em detalhe todas as implicações técnicas, aerodinâmicas e as possibilidades de explicação convencionais para o engenho voador captado pela objectiva. A única alternativa mais ou menos comum, invocada pelo astrofísico francês no seu trabalho, aponta para a existência de “plataformas aéreas de controlo remoto, nomeadamente as vocacionadas para a recolha de informação sobre os campos de operações militares”. Sugestão, entretanto, já examinada pela CNIFO, que compulsou todo o tipo de informação acerca do estado actual dessa tecnologia e seus fabricantes.

O investigador Joaquim Fernandes, docente de Ciências da Comunicação, na Universidade Fernando Pessoa e membro da CNIFO, esclareceu que, “posteriormente, informações colhidas em fontes militares portuguesas deixaram muito pouco espaço para essa hipótese prosaica, aliada ao facto de Alfena não ser propriamente um cenário de batalha nem se adivinharem facilmente as finalidades de tal sobrevoo e respectivo comportamento por semelhante e inusitado artefacto”.

O dr. Pierre Guérin salienta que “o objecto não se assemelha a nada de “convencional” , mormente por causa dos seus apêndices verticais, dispostos no seu diâmetro maior e a sua calote superior parecida com uma sucessão de “janelas”. Esta morfologia evocou ao investigador os “objectos em forma de medusa observados à noite em França durante a vaga de 1954, mas ninguém poderá dizer se à luz do dia eles teriam este aspecto”.

Uma análise exemplar dos EUA à Europa
A observação deste, até à data, Objecto Voador Não-Identificado, em Alfena (Valongo), em 10 de Setembro de 1990, desencadeou uma investigação exaustiva, a nível internacional, sem precedentes nesta área da fenomenologia aerospacial “anómala” ocorrida no nosso país. Trata-se de um objecto de envergadura, inédito em Portugal, nunca dantes assumida por parte da comunidade científica que aborda esta complexa fenomenologia com a dignidade e profundidade requeridas.

Participada por diversos organismos científicos nacionais e estrangeiros de prestígio indisputável, a análise das fotografias tomadas naquela data nos arredores do Porto tem vindo a ser feita sob coordenação da CNIFO (Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno OVNI) e tem permitido elucidar aspectos essenciais do problema que escapam globalmente à opinião pública e são ignorados pelos próprios “media”: o investimento activo, mas discreto, da comunidade universitária na exploração multidisciplinar destas áreas “Marginais” do conhecimento e o tratamento académico destas questões enquanto objecto digno de estudo, independentemente das suas origens e natureza final.

O caso de Alfena mereceu _ e continua a merecer _ um continuado trabalho de análises técnicas fotográficas e avaliações exaustivas, do ponto de vista aeroespacial, meteorológico e militar, envolvendo pedidos de informação junto de agências como a CIA, Pentágono, NORAD, NATO, além de uma recolha de opiniões e pareceres de cientistas europeus e norte-americanos, como o dr. Richard F. Haines, do AMES Research Center, da NASA, do director do SEPRA, departamento integrado no CNES (Centro Nacional de Estudos Espaciais de Toulouse, França), e que é vocacionado para o registo e investigação dos fenómenos aéreos não identificados, vulgo OVNI, não puderam até agora definir a natureza última e os objectivos(?) do artefacto aéreo invulgar que sobrevoou durante largos minutos a zona de Alfena, freguesia próximo de Ermesinde, nos arredores do Porto.

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Durante largos minutos, entre as 8 e 30 e as 9 horas da manhã da data referida, pelo menos três dezenas de moradores no local (número de inquiridos na investigação de campo promovida pela CNIFO) foram surpreendidos nos seus afazeres diários e confrontados, em diferentes perspectivas e cronologia, com um estranho engenho metálico, em forma de globo achatado, dotado de cinco apêndices, com cerca de um metro e meio de diâmetro. O engenho chegou a ser visto à altura de um terceiro piso e acabou por desaparecer para nordeste o ascendendo e perdendo-se entre as nuvens.

Inicialmente, depois de análises preliminares feitas no Porto, pelo dr. Raul Berenguel, da CNIFO, foi pedido um estudo sobre o negativo fotográfico para certificação do mesmo _ já amplamente garantido pelo conjunto das testemunhas que acompanharam o fotógrafo na tomada de vistas. O dr. Richard F. Haines, especialista em Psicologia da Visão e consultor da NASA no AMES Research Center dedicou-se a essa tarefa, concluindo pela “impossibilidade positiva do objecto nas fotos”.

Simultaneamente, em Portugal, especialistas do INETI (professor Carvalho Rodrigues e dr. Bento Correia) procederam à digitalização das imagens em busca de informação mais detalhada sobre a estrutura do objecto fotografado. Depois, a intervenção internacional prosseguiu com a colaboração do Centro de Estudos Espaciais de Toulouse, tendo o engenheiro Jean Jacques Velasco, responsável do SEPRA (Service d’Expertise de Phénomènes de Rentrés Atmosphériques), referido que “a hipótese inicialmente avançada de um eventual balão meteorológico ou estratosférico não parece corresponder ao tipo de objectos utilizados no nosso país”. O mesmo investigador concordava que, na ausência de uma resposta, permanecendo como algo de desconhecido, passaria a fazer parte do núcleo de “anomalias aeroespaciais não identificadas”, repertoriadas há decénios e reforçando o interesse científico do “dossier”.

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De acordo com o dr. Joaquim Fernandes, da CNIFO, a investigação dos documentos fotográficos de Alfena continua em aberto, tendo sido estabelecido, recentemente, um intercâmbio de cooperação com um importante grupo científico sediado na Alemanha, o MUFON/CES, constituído por uma centena de investigadores das Ciências Físicas, Engenharia, Ciências Sociais e Humanas, etc. alguns dos quais membros do conhecido Instituto Max Planck e de diversas universidades alemãs, suíças e austríacas. O acordo entre a CNIFO e aquele organismo implicará a análise aprofundada das fotos de Alfena por um laboratório de fotografia científica que trabalha para a Agência Espacial Europeia. Trata-se, em suma, de uma iniciativa pioneira conducente à dignificação de um tema geralmente tão maltratado, envolvido em preconceitos e deturpações, em termos de informação, objectividade e rigor, e que a comunidade científica nacional e a opinião pública deverão conhecer em toda a sua extensão e complexidade, independentemente dos seus juízos de valor sobre a fenomenologia em causa.

Matéria publicada com autorização de Joaquim Fernandes da CNIFO, em Portugal, originalmente reproduzida do site UFOVNI, de Victor Lourenço

Redação Vigília

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