Descoberta de inexplicáveis esferas brilhantes no cosmos perturba astrônomos
A descoberta de quatro esferas brilhantes no espaço profundo, diferentes de tudo o que já foi catalogado até agora pela ciência, está perturbando astrônomos.
Apelidados de círculos de rádio estranhos, ou ORCs, as esferas são mais brilhantes em suas bordas e estão a uma distância ainda não identificada, bem no espaço profundo, e distantes da Via Láctea.
De acordo com os astrônomos que fizeram a descoberta, as ORCs possuem diâmetro de um minuto de arco, o que seria 31 vezes menor do que o tamanho da nossa Lua.
Inexplicáveis esferas brilhantes
Três das esferas brilhantes foram descobertas na Austrália enquanto os astrônomos realizavam o mapeamento do céu noturno em frequência de rádio.
Os cientistas utilizavam o Australian Square Kilometer Array Pathfinder, ou ASKAP, um conjunto de radiotelescópios que utiliza 36 antenas parabólicas para uma visão grande-angular do céu noturno.
O quarto ORC foi descoberto pelo Telescópio de Rádio Giant MetreWave, da Índia.
Várias explicações possíveis
Em artigo ainda em análise pela revista Nature Astronomy várias explicações possíveis foram dadas, mas nenhuma que convencesse plenamente a comunidade científica.
Isso porque não se trata de supernovas, galáxias formadoras de estrelas, nebulosas planetárias ou lentes gravitacionais.
A especulação mais aceitável até o momento é que as esferas brilhantes poderiam ser ondas de choque de algum evento extragaláctico ou possivelmente atividade de uma galáxia de rádio.
Um fenômeno novo
Para Kristine Spekkens, astrônoma do Royal Military College do Canadá e da Queen’s University, as ORCs apontam um fenômeno novo, ainda não investigado pela humanidade, ou a extensão de uma classe de objetos conhecida anteriormente, mas que ainda não foi explorada.
Spekkens destaca que as quatro esferas são brilhantes nos comprimentos de onda do rádio, mas invisíveis na luz visível, infravermelha e raios-X.
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“Dois ORCs também parecem estar muito próximos, o que significa que suas origens podem estar ligadas”, finaliza.
