É oficial: o governo dos EUA não tem explicação simples para os UFOs
O governo dos Estados Unidos reconhece a existência de um fenômeno que foge às suas tentativas de explicação e que em vários momentos parece apresentar capacidades tecnológicas à frente de qualquer coisa em desenvolvimento pelo aparato bélico e científico dos EUA. Essa é a conclusão mais resumida possível das “conclusões” do relatório do Pentágono finalmente apresentado ao Congresso dos Estados Unidos na data de hoje, 25 de junho de 2021.
Depois de muita expectativa ao longo do dia, o Congresso confirmou a entrega do tão aguardado documento, que pode ser consultado aqui. Preparado a partir do trabalho de investigação desenvolvido pela Força Tarefa UAP (como são chamados os UFOs por lá agora), oficializada em agosto do ano passado, o documento abrange dados coletados de 2004 a 2021, com aparições de óvnis em solo norte-americano, principalmente em situações envolvendo as forças militares daquele país.
“Um punhado de UAPs parece demonstrar tecnologia avançada”
A conclusão do documento confirmou o vazamento divulgado pelo jornal New York Times semanas antes e deixa muito mais perguntas em aberto do que apresenta respostas. Segundo o documento, em 18 incidentes, descritos em 21 relatórios, os observadores relataram padrões de movimento ou características de voo incomuns nos UAP. As preocupações em relação a isso se manifestam numa seção que tem o sugestivo título de “Um punhado de UAPs parece demonstrar tecnologia avançada”.
“Alguns UAP pareciam permanecer estacionários em ventos elevados, mover-se contra o vento, manobrar abruptamente ou mover-se a uma velocidade considerável, sem meios de propulsão discerníveis. Em um pequeno número de casos, os sistemas de aeronaves militares processaram energia de radiofrequência (RF) associada aos avistamentos de UAP”, diz o relatório.
A Força Tarefa UAPTF teria conseguido reunir uma pequena quantidade de dados que parecem mostrar óvnis demonstrando aceleração e “um grau de gerenciamento de assinatura”; isso, em tese, permitiria classificação e identificação futura. Mas conclui que “análises adicionais rigorosas são necessárias por várias equipes ou grupos de especialistas técnicos para determinar a natureza e a validade desses dados. Estamos conduzindo análises adicionais para determinar se tecnologias inovadoras foram demonstradas”.
Tentativa de classificação dos fenômenos aéreos
Grande parte do documento de 9 páginas apenas tenta classificar os UAPs em 5 grupos que seriam, segundo a Força Tarefa, suficientes para descrever a maioria dos fenômenos catalogados. Seriam eles:
“Desordem aérea: esses objetos incluem pássaros, balões, veículos aéreos recreativos não tripulados (UAV) ou detritos aerotransportados como sacos plásticos que confundem uma cena e afetam a capacidade de um operador de identificar alvos verdadeiros, como aeronaves inimigas.
Fenômenos atmosféricos naturais: os fenômenos atmosféricos naturais incluem cristais de gelo, umidade e flutuações térmicas que podem ser registradas em alguns sistemas infravermelhos e de radar.
Programas de desenvolvimento do Governo ou da indústria: Algumas observações do UAP podem ser atribuídas a programas classificados em desenvolvimentos por entidades dos EUA. Não foi possível confirmar, no entanto, se esses sistemas foram responsáveis por qualquer um dos relatórios UAP que coletamos.
Sistemas Adversários Estrangeiros: alguns UAP podem ser tecnologias implantadas pela China, Rússia, outra nação ou uma entidade não governamental.
Outros: embora a maioria do UAP descrito em nosso conjunto de dados provavelmente permaneça não identificado devido a dados limitados ou desafios para o processamento ou análise da coleção, podemos exigir conhecimento científico adicional para coletar, analisar e caracterizar com sucesso alguns deles. Agruparíamos tais objetos nesta categoria, dependendo dos avanços científicos que nos permitissem compreendê-los melhor. O UAPTF pretende focar análises adicionais no pequeno número de casos em que um UAP pareceu exibir características de voo incomuns ou gerenciamento de assinaturas.”
Mesmo assim, o documento explica que não qualificaria, ainda, os fenômenos descritos e documentados por avançados sensores dentro dessas classificações.
“Com exceção da única instância em que determinamos com alta confiança que o UAP relatado era desordem no ar, especificamente um balão esvaziando, atualmente não temos informações suficientes em nosso conjunto de dados para atribuir incidentes a explicações específicas”.
Relatórios qualificados e necessidade de mais investimento
A UAPTF reforça que se concentrou em relatórios que envolviam UAPs amplamente testemunhados em primeira mão por aviadores militares e que foram coletados de sistemas considerados confiáveis. A maioria teria de fato ocorrido nos últimos dois anos e foi criado um novo mecanismo de relatório para a comunidade da aviação militar registrar esses acontecimentos.
“Conseguimos identificar um UAP relatado com alta confiança. Nesse caso, identificamos o objeto como um balão grande e vazio. Os outros permanecem sem explicação”.
Outra conclusão interessante do relatório do Pentágono é o fato de o fenômeno poder representar de fato uma ameaça, sobretudo à aviação. Ressalta que os UAPs representam um perigo para a segurança de voo e podem representar um perigo mais amplo se alguns casos representarem um monitoramento sofisticado das atividades militares dos EUA por um governo estrangeiro.
Apesar disso, destaca que:
“Atualmente não temos dados que indiquem que qualquer UAP faz parte de um programa de coleta estrangeiro ou indica um grande avanço tecnológico por um adversário em potencial. Continuamos monitorando as evidências de tais programas, devido ao desafio de contra inteligência que eles representariam, principalmente porque alguns UAPs foram detectados perto de instalações militares ou por aeronaves que transportavam os sistemas de sensores mais avançados do USG [governo dos Estados Unidos].”
A conclusão final é que não há uma conclusão. O documento se limita a reforçar a necessidade de investimento e financiamento futuro para a criação de um programa permanente de identificação UAP.
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Como já era de se esperar, eles nem arranharam o conhecimento que têm sobre os UFO’S. Vamos até deixar está patética sigla UAP de lado.
Queria eu saber, qual foi o tratamento que deram às inúmeras intervenções que fizeram ao longo destes 50 ou mais anos, qdo tomaram de assalto locais de possíveis quedas, inclusive em outros países.
Já posso pedir a pizza???
Mais uma vez estão tentando fazer a população de boba ,acho que estão pensando que somos os ingênuos de 50 anos atrás que eles enganavam dizendo qualquer bobagem .