Opinião: Os óvnis saem da sombra. E se eles forem de outra dimensão?

Opinião: Os óvnis saem da sombra. E se eles forem de outra dimensão?
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Opinião: Os óvnis saem da sombra. E se eles forem de outra dimensão?

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No último dia 03 de junho, quando o jornal The New York Times trouxe em primeira mão informações do relatório do Pentágono que investiga óvnis a comunidade ufológica mundial tomou um banho de água fria.

A expectativa era que – depois de tantas décadas de avistamentos e vários vídeos autênticos – finalmente o governo dos EUA reconheceria a existência de seres extraterrestres e que os óvnis seriam seu meio de transporte.

Mas as revelações – como imaginado – não confirmavam essa teoria.

De acordo com o The New York Times, após as investigações os EUA não encontraram evidências de tecnologia alienígena nos objetos voadores. Tampouco seriam os objetos tecnologia americana ultrassecreta, disseram.

E apesar de não descartar a possibilidade de naves extraterrestres, os americanos apontaram na direção dos arquirrivais Rússia e China.

Segundo o relatório, as naves seriam resultado de programas secretos de pesquisa e ambos os países estariam realizando experiências com naves hipersônicas, que podem viajar mais de cinco vezes a velocidade do som.

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Os óvnis de outra dimensão

A suposição foi rechaçada por gente experiente como Cameron Tracy, da Union of Concerned Scientists.

Tracy é um especialista no assunto e afirmou à Vice que armas supersônicas não existem.

Isso porque, viajar pelo ar, que tem uma densidade bastante baixa em comparação com a água, já envolve alguns desafios enormes.

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“Conforme você viaja através de um ar bastante denso, há um enorme aquecimento do ar ao redor do veículo. Quando viaja em velocidades hipersônicas, ondas de choque se formam nesse ar e as moléculas do ar podem começar a se separar e uma grande quantidade desse calor danificará o veículo e degradará a sua superfície”, diz.

“Seria um grande desafio se estivermos falando de água”, resumiu.

Elizondo descarta China e Rússia

Quem também descartou a hipótese de tecnologia russa ou chinesa foi o Luis Elizondo, ex-chefe de um programa secreto do Pentágono de investigação de óvnis (AATIP).

Em entrevista ao Washington Post Elizondo disse que no final dos anos 1950 documentos já mencionavam objetos voando por aí com desempenho bem além do que há hoje em dia.

Segundo ele seria quase impossível China ou Rússia terem essa tecnologia já naquela época. “[É improvável] que dominassem isso, que fossem capazes de voar à vontade para qualquer lugar no planeta nos últimos 70 anos”, disse.

Ele reforça ainda que os dois países experimentariam os mesmos problemas com os óvnis que os americanos, tanto que a China estaria criando sua própria força tarefa e utilizando inteligência artificial para investigar os óvnis.

Mas Elizondo foi além.

Óvnis de qual dimensão?

Para ele o ser humano tende a enxergar as coisas de forma binária. Bom ou ruim, quente ou frio, preto ou branco, para cima e para baixo, etc. Mas, na realidade, o universo e a física não são binários.

Por isso não daria para saber se os óvnis são terrenos ou extraterrestres. “Pode ser do espaço sideral, do espaço interno ou do espaço intermediário”, disse.

Segundo Elizondo, a maior parte do universo ao nosso redor – 99% dele – não é perceptível.

“Neste momento há sinais de wi-fi percorrendo seu corpo. Há radiação cósmica vindo do cosmos. Existem neutrinos vindo do sol. Há um radar batendo em você do aeroporto local. E, no entanto, todas essas são realidades e você não pode interagir com isso porque simplesmente não temos as ferramentas para fazer isso”, explica.

“Isso pode não ser necessariamente algo do espaço sideral. Na verdade, isso poderia ser algo tão natural para o nosso próprio planeta quanto nós, estamos apenas agora em um ponto em que estamos tecnologicamente começando a ser capazes de interagir e coletar dados. Isso pode ser algo sob os oceanos. Isso pode ser algo, sim, do espaço sideral. Nós realmente não sabemos”, destacou.

Visto apenas no Infravermelho

A tese de Elizondo vai de encontro com uma notícia que correu o mundo nesta semana.

De acordo com os tabloides ingleses, em 2016 a polícia do País de Gales registrou – com a ajuda da câmera térmica de um helicóptero – um óvni se movendo em alta velocidade a cerca de mil pés sobre o Canal de Bristol.

O flagrante teria sido feito por acidente no momento em que os policiais testavam o equipamento apontando-o para aviões que se dirigiam ao aeroporto de Cardiff.

O objeto não teria sido detectado pelo controle de tráfego aéreo local e foi classificado como emissor de calor porque voava contra o vento, o que elimina a possibilidade de ser um balão ou lanterna.

O registro durou cerca de oito minutos e os policiais até consideraram a hipótese de ser um drone, mas era tão rápido que eles não conseguiram acompanhá-lo.

E a filmagem – que é semelhante a vídeos recentes de óvnis capturados pelos militares dos EUA – mostraria que estamos apenas arranhando a superfície sobre que tipo de tecnologia pode ser necessária para compreendermos esses objetos.

Um mundo em 3D

Um interessante artigo trazido por Médium através de seus colaboradores explica de maneira didática como são as três dimensões conhecidas por nós e como imaginar uma quarta dimensão.

A primeira coisa importante a ser destacada é que vivemos em um mundo tridimensional (3D), que é o mundo como podemos observar. Ele é composto por 3 elementos de medida: comprimento, largura e altura.

No mundo unidimensional (1-D) o habitante é uma criatura dimensional e a única maneira dela se mover é para frente ou para trás ao longo de uma única linha. Já no mundo bidimensional (2D) o mundo unidimensional é aumentado.

Além de comprimento há também largura. Como este mundo tem dois parâmetros, as criaturas são livres para se mover em dois caminhos diferentes, para frente, para trás, para a direita e para a esquerda.

Por fim, no mundo tridimensional (3D) além de comprimento e largura há também altura.

Como enxergar a quarta dimensão

Um espaço 3-D é na verdade uma pilha infinita de espaços 2-D empilhados uns contra os outros em todas as direções. Da mesma forma, um espaço 2-D é uma pilha de espaços 1-D infinitos espalhados no sentido do comprimento e da largura.

Se aplicarmos a mesma lógica, podemos presumir que um espaço 4-D seria uma pilha infinita de espaço 3-D em todas as direções!

Entretanto, é impossível para uma criatura 1-D ver um objeto 2-D. Da mesma forma, é impossível para uma criatura 2-D ver um mundo 3-D, e a mesma regra se aplica aos mundos 3-D e 4-D.

Mas é só de espaço que se constituem as dimensões? Não. Há ainda o tempo.

Teoria da Relatividade

A Teoria da Relatividade de Einstein provou que espaço e tempo não são coisas separadas, mas sim relacionadas entre si. Qualquer efeito em um afeta o outro.

Na medida em que aceitamos que tempo é um parâmetro dimensional, a forma como o universo funciona muda totalmente. Significa dizer que em um mundo de 4ª dimensão o tempo é na verdade uma quantidade física que pode ser tocada.

Daí uma pessoa que vive na 4ª dimensão nunca terá passado, presente e futuro distintos.

O artigo de Medium diz ainda que cientistas acreditam que há portais em diferentes partes do universo que atuam como acessos para mundos de dimensão superior e inferior.

Isso é chamado de multiverso. Multiversos ainda não foram descobertos, mas a possibilidade parece bastante razoável visto o que acontecia com o conceito de buracos negros e quasares há 200 ou 300 anos.

Os óvnis do Pentágono e as dimensões

Seria correto, então, afirmar que os óvnis do Pentágono são de outras dimensões?

Ninguém diz isso claramente, mas é uma possibilidade. Por isso o relatório que provavelmente será divulgado nesta sexta-feira, 25, não descarta.

Porque o que nos falta para vê-los é tecnologia, ferramentas adequadas.

“Estamos bastante convencidos de que estamos lidando com uma tecnologia que é multigeracional, várias gerações à frente do que consideramos tecnologia de próxima geração. Algo que pode estar entre 50 a 1.000 anos à nossa frente”, disse Elizondo ao Post.

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Por isso ele diz que 180 dias de investigações sobre esses fenômenos são praticamente nada, mas que um “ponto de partida” mostra-se necessário.

E, nesse sentido, o relatório que será apresentado ao Congresso é tão importante, para que caminhemos e descubramos o que há de fato nesta e em outras dimensões.

Fabio Dorneles

Fabio Dorneles é jornalista e escreve periodicamente para o Portal Vigília

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