Europeus elaboram projeto para estudo de formas de vida extraterrestres
A revista de divulgação científica “Science Now” divulgou que a Agência Espacial Européia, (ESA) lançou uma ambiciosa estratégia para o estudo de formas de vida extraterrestres, para competir com o programa similar já mantido pela NASA, a Agência Espacial dos EUA. Denominado Aurora, o projeto europeu foi anunciado semana passada na cidade de Frascati, na Itália, durante o 1º Encontro da Rede Européia de Exo/Astrobiologia. No entanto, não se trata, no entanto, de uma iniciativa já encampada oficialmente. Somente no segundo semestre ela deverá ser apresentada ao conselho diretor da agência. O projeto fechado deverá ser submetido aos ministros de Ciência e Tecnologia dos Estados-membros da União Européia em novembro deste ano.
O Aurora deverá atuar em dois campos prioritários. Primeiro, a busca por traços de vida extraterrestre, tais como micróbios fósseis em Marte e moléculas precursoras da vida na Terra. E segundo, criar uma base para a exploração espacial.
Segundo divulgou no Brasil a Folha On Line, em declaração à “Science Now”, Didier Schmitt, diretor de ciências biológicas do Centro de Pesquisa e Tecnologia Espacial da ESA em Noordwijk, Holanda, afirmou que “se nós decidirmos que em 20 anos será hora de mandar seres humanos para Marte ou para um asteróide, precisamos descobrir agora quais são o conhecimento e a tecnologia de apoio necessários para isso”.
Em nosso Sistema Solar, o satélite Europa, de Júpiter, além da nossa Lua, Marte e alguns asteróides são os alvos principais da ESA para as pesquisas em astrobiologia e exobiologia.
Os conselheiros científicos da agência estão particularmente empenhados em vê-la começar estudos de uma missão dedicada a trazer amostras de Marte.
A Nasa, a agência espacial dos EUA, já está planejando uma missão dessas com o governo francês, mas os conselheiros da ESA acham a missão importante o suficiente para justificar que a agência faça seus próprios estudos de viabilidade, processo que deverá custar pelo menos US$ 30 milhões.
Para sair da fase de projeto, o Aurora deverá consumir US$ 130 milhões anuais. Reunir esse volume de recursos não será tarefa fácil, já que os Estados-membros da UE não são muito simpáticos sequer ao orçamento regular da agência. “Há muitas dificuldades a resolver na esfera ministerial”, diz Schmitt. Ele afirmou em Frascati que a agência está procurando o apoio da comunidade científica para o Aurora, algo que será essencial para convencer ministros e fazer o projeto decolar.
Fontes: Folha Online e Science Now