Fenômeno intriga trabalhadores em Cubatão (SP)

Na madrugada do dia 21 de agosto desse ano, trabalhadores próximos de uma torre de distribuição de energia elétrica da Empresa Bandeirante de Energia (EBE), na cidade de Cubatão, em São Paulo, tiveram uma experiência intrigante. O alerta foi dado pelo pesquisador Edison Boaventura Júnior, presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG – http://www.carrier.com.br/gug) com o qual uma das testemunhas do evento entrou em contato no mesmo dia.
O fenômeno teria ocorrido por volta da 1h00. Quatro trabalhadores –que não quiseram ser identificados, temendo represálias da empresa onde prestam serviços– avistaram o que pensaram ser, inicialmente, um curto circuito numa torre de transmissão da EBE. Um objeto com quatro luzes vermelhas, uma em cima e três na base, dispostas como uma pirâmide de três lados, lentamente sobrevoava a região a baixa altitude.
Eles resolveram apurar o que estava acontecendo mas, ao se aproximarem da torre de alta tensão, desccobriram que não se tratava de nenhuma ocorrência convencional com o qual já tivessem lidado.
Uma das testemunhas aceitou falar à Revista Vigília, desde que sua identidade fosse matida em sigilo. Segundo relatou, “ele (o objeto) surgiu por trás da torre, em movimento ascendente; creio que de norte para leste, por trás de um morrote”. A seguir, o objeto que os trabalhadores estimaram ser “do tamanho de um campo de futebol” e estar a aproximadamente 2 km de distância mudou completamente seu comportamento.
“As luzes vermelhas não piscavam. Logo em seguida ocorria na parte intermediária entre as luzes vermelhas, muitos flashs, centenas de flashs brancos, que expocavam aleatoriamente. Depois apagava tudo e aparecia mais à frente subindo diagonalmente”, contou a testemunha originalmente ao pesquisador Edison Boaventura Junior.
Na segunda vez que o UFO apareceu, os flashes continuaram. No entanto, agora, quando as luzes dos flashs terminaram, aparentemente de dentro do objeto maior saiu outro, em forma de bola amarelada, que seguiu em direção às instalações da empresa Cosipa. “Foi como se um dos flashs aumentasse de tamanho e se desprendesse do corpo ou sei lá o que, só que quase instantaneamente; e saiu em movimento retilíneo”, detalhou a testemunha à Revista Vigília.
No curto intervalo entre a segunda aparição das luzes vermelhas e a terceira, os trabalhadores tiveram a impressão de perceberem um vulto por trás da estrutura aparentemente triangular. “Este foi um detalhe um tanto vago, eu não sei porque, mas quando os flashs pararam, na segunda aparição, eu vi parte do corpo (aparentemente), mas apenas por um reflexo âmbar ou avermelhado”, revelou o trabalhador.
“Outro detalhe é que quando iam começar a pipocar os flashs, a luz superior e as três inferiores que estavam apagadas acendiam, quando estes terminavam estas quatro luzes não tardavam a apagar”, descreveu.
O OVNI saiu do Norte e foi para o Leste, passando por cima da Cosipa. A duração do fenômeno foi de aproximadamente 15 minutos.
O trabalhador que conversou via e-mail com Vigília não descartou completamente a possibilidade do fenômeno ter sido provocado por um grande balão. “Mas eu gostaria muito de conhecer a civilização ou a equipe que o construiu, pois eu jamais vi algo semelhante; gostaria de salientar que morei na base aérea, (vila militar), por mais de vinte
anos, era maníaco por helicópteros e aviões e nunca vi algo tão impressionante”, destacou.
O pesquisador Edison Boaventura Júnior, do GUG, que está acompanhando o caso, descartou essa possibilidade. “O movimento e o comportamento foram incompatíveis com um balão. Além das enormes proporções, seria improvável produzir o efeito da bola de luz saindo em movimento horizontal e o piscar sincronizado entre as as diferentes luzes”, explicou Boaventura.
O ufólogo entrou em contato com a Empresa Bandeirante de Energia solicitando informações sobre a ocorrência de eventuais problemas com a torre de transmissão que pudessem gerar o estranho fenômeno. A resposta, via e-mail, por parte da seção de manutenção da empresa, foi negativa. “Conforme mensagem recebida em 09/09/99 solicitando informações sobre problemas em nossas torres de Linhas de Transmissão em Cubatão, vimos comunicar que nenhuma anomalia de tensão, corrente ou freqüência, nem curtos-circuitos , descargas parciais, ou manobras das Linhas constam em nossos registros na data e horários mencionados”, esclarecera a nota.
A Revista Vigília consultou o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) sobre a eventual detecção do objeto voador não identificado em Cubatão. A resposta à mensagem enviada por nossa redação –que incluía no pedido de informações outro avistamento, ocorrido dem Macaé (RJ)– não desmentiu nem confirmou a detecção da anomalia.
Outros casos na cidade
Este não foi o primeiro caso de avistamento de UFOs em Cubatão, centro com grande concentração de indústrias de tecnologia de ponta que ficou muito conhecido em todo o país pelos constantes problemas com a poluição do ar.
Poucos meses antes deste último relato, vigias da empresa Ultrafértil, próxima à Cosipa, chegaram a registrar no relatório do encarregado de turno. Uma luz verde de grande intensidade sobrevoou o local, iluminando o rio que corta a regiãoA notícia repercutiu e foi veiculada pelo jornal “A Tribuna”, de Santos.
Boaventura revela que o GUG tem dezenas de registros de ocorrências ufológicas na região de Cubatão, uma das cidades no caminho da Serra do Mar. “Estatisticamente temos praticamente dois casos por mês na Serra do Mar. Isto indica que esta região está constantemente sofrendo a incursão destes objetos”, garante o pesquisador.