Jornalista revela “Constelação Imaculada”, mais um programa secreto de OVNIs do Pentágono

Jornalista revela “Constelação Imaculada”, mais um programa secreto de OVNIs do Pentágono
Immaculate Constellation, ou Constelação Imaculada - seria um novo integrante da 'família' de programas secretos da Defesa dos EUA para tratar de UAP (Ilustração gerada por IA - Dall-E)
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Uma entrevista exclusiva com o jornalista independente Michael Shellenberger no programa “Reality Check”, da NewsNation, trouxe à tona informações alarmantes sobre um novo suposto programa secreto do Pentágono chamado “Immaculate Constellation” (Constelação Imaculada).

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A entrevista, conduzida pelo jornalista e entusiasta da Ufologia Ross Coulthart, teve como ponto de partida uma matéria publicada por Shellenberger no site Sott.net, na qual ele revelava a existência desse programa, supostamente dedicado à recuperação de OVNIs acidentados, engenharia reversa e coleta de evidências relacionadas a esses fenômenos. A grande denúncia é que este programa seria mantido em segredo do próprio Congresso americano, o que configuraria uma violação constitucional.

Na entrevista à NewsNation, Shellenberger detalhou as informações recebidas de um denunciante que, segundo ele, teve acesso acidental a informações confidenciais sobre a “Immaculate Constellation”.

“Essa pessoa descobriu esse material acidentalmente. Isso não era algo que eles esperavam encontrar”, afirmou Shellenberger.

Ele destacou o temor de retaliação por parte do denunciante, que optou pelo anonimato. De acordo com o relato original de Shellenberger, o programa seria “um programa guarda-chuva projetado para desviar relatórios e inteligência de UAPs da Inteligência Militar para um repositório classificado”.

Essa inteligência incluiria “dados de plataformas multissensores (por exemplo, inteligência de imagens de alta qualidade [IMINT] e inteligência de medição e assinatura [MASINT]), como infravermelho, vídeo em movimento total e fotografia estática, usando ativos que variam da órbita baixa da Terra ao nível do solo.”

O jornalista descreveu ainda o conteúdo do suposto banco de dados secreto, que conteria “imagens, vídeos infravermelhos e, aparentemente, uma documentação muito mais sofisticada de muito mais encontros com UAPs do que foram divulgados”. Entre os incidentes relatados pelo denunciante, destacam-se o caso de um caça F-22 que teria sido “cercado por UAPs em formato de orbes” e “forçado a sair de sua área de patrulha”, e o relato da tripulação de um porta-aviões que avistou uma esfera laranja-avermelhada, após o que experimentaram uma “sensação de mal-estar” e a sensação de terem “saído de um transe”.

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O Pentágono, como era de se esperar com base no histórico de UAPs, negou veementemente as alegações. A porta-voz do Departamento de Defesa, Sue Gough, emitiu um comunicado à NewsNation afirmando que “o Departamento de Defesa não tem registro, presente ou histórico, de qualquer tipo de SAP [Programa de Acesso Especial] com o nome ‘Immaculate Constellation'”.

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Shellenberger, no entanto, mantém sua posição, reiterando a credibilidade do denunciante e a consistência das informações recebidas. “Estou muito confiante de que eles estão dizendo a verdade”, declarou.

A entrevista e a matéria original de Shellenberger no Sott.net mantêm aquecido o debate sobre a transparência do governo norte-americano em relação aos OVNIs e levantam suspeitas sobre a existência de programas secretos operando fora do escrutínio público e do Congresso. “Nenhuma justificativa foi dada para esse nível de sigilo”, argumentou Shellenberger, criticando os esforços para desacreditar testemunhas e denunciantes.

O jornalista encorajou outros indivíduos com informações relevantes a se manifestarem, aconselhando-os a procurar jornalistas ou membros do Congresso, em vez dos canais oficiais de denúncia, que ele considera insuficientes para garantir a proteção das fontes. A entrevista completa e a matéria original podem ser acessadas online, no canal da NewsNation no YouTube e no site Sott.net, respectivamente.

Um detalhe intrigante mencionado na matéria original é que, segundo o Google, buscas pelo nome do programa só apareceram na semana anterior ao depoimento de David Grusch no congresso, no ano passado, tendo os resultados dessas buscas sido apagados em seguida.

 

Constelação Imaculada segue o padrão: anônimo e sem rastros

Shellenberger não revela a identidade de sua fonte, apenas menciona ter tido contato direto com o denunciante e verificado suas credenciais. Ele deliberadamente omite detalhes como gênero, cargo exato e outras informações que possam identificá-la, justificando essa postura pelo medo expresso pela fonte de sofrer retaliações.

Kona Blue - projeto ambicioso ou mais uma miragem (Imagem criada com auxílio de IA)
Programa Kona Blue – projeto ambicioso para recuperação de UFOs ou mais uma miragem (Imagem criada com auxílio de IA)

A metodologia da “denúncia”, por enquanto, coloca as bombásticas informações de Shellenberger no mesmo patamar de outras revelações igualmente incríveis como as afirmações do próprio David Grusch, Luis Elizondo e outros: muita especulação e afirmações ousadas, mas nenhuma prova ou rastro concreto. No entanto, é inevitável comparar o Immaculate Constellation ao recém divulgado projeto Kona Blue, este último um “quase” projeto. Além de trazer reflexões sobre uma estranha sobreposição de diferentes programas secretos relacionados a UAPs que teriam se acumulado nos meandros do Departamento de Defesa dos EUA.

A diferença é que Kona Blue foi um programa proposto pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) que nunca foi totalmente aprovado. Ele visava investigar materiais e tecnologias de origem desconhecidas, particularmente “biológicos não-humanos”. A origem do Kona Blue está ligada ao fim do AAWSAP e AATIP , outros dois programas do Departamento de Defesa (DoD) focados em ameaças aeroespaciais avançadas.

Quando a AAWSAP/AATIP foi encerrada, alguns de seus defensores tentaram reviver suas pesquisas sob o código Kona Blue , mas o DHS decidiu descontinuar a proposta por falta de justificativa e dados concretos. Nenhum material ou dado foi transferido para o DHS sob esse programa, que apareceu apenas como uma proposta não financiada.

Enquanto o Kona Blue possui um histórico documentado, ainda que não tenha sido implementado, o Immaculate Constellation, por outro lado, é descrito em alguns círculos como um programa mais clandestino e especulativo, com relatórios de envolvimento em operações globais de monitoramento e estudo de objetos voadores não identificados (UAPs), além de possuir uma conotação mais conspiratória, embora ainda não existam quaisquer documentos oficiais apontando para a sua existência. Pelo menos não ainda.

Redação Vigília

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