NASA planeja construir telescópio gigante em uma cratera da Lua
A Agência Espacial Norte Americana (NASA) anunciou no início de abril que tem planos de construir um telescópio gigante em uma das crateras da Lua. A verba já estaria – inclusive – disponível.
O projeto prevê a instalação de um radiotelescópio de 1 km de diâmetro dentro de uma das crateras que estão no lado escuro da Lua.
Caso os planos se tornem realidade, seria o maior radiotelescópio de abertura cheia do Sistema Solar.
O Telescópio de Rádio da Cratera Lunar (LCRT) seria capaz de medir comprimentos de onda e frequências que não podem ser detectadas da Terra e permitir enormes descobertas científicas no campo da cosmologia.
Um telescópio gigante na Lua
De acordo com o plano inicial, os veículos exploradores Rovers puxariam uma malha de arame com cerca de 1 km de diâmetro dentro de uma cratera lunar, que poderia ter até 5 km de diâmetro.
Um receptor suspenso no centro da cratera completaria o sistema.
Tudo poderia ser automatizado sem operadores humanos, o que, por sua vez, significaria uma carga útil mais leve e menos dispendiosa para o projeto sair do papel.
Ainda não está claro exatamente qual cratera seria usada para o telescópio, mas ela certamente estará no lado escuro da Lua.
O maior telescópio na Terra
O maior radiotelescópio aqui na Terra é o Telescópio Esférico de Abertura (FAST), que tem um diâmetro de 500 metros.
Porém, se o LCRT eventualmente se juntar, seria o dobro da largura.
Desde sua inauguração o FAST já captou misteriosas explosões rápidas de rádio (ou FRBs) das profundezas do espaço e possui capacidade para captar muito mais fenômenos.
O consenso entre os cientistas é que com a abundância de satélites com órbita baixa na Terra, ouvir o cosmos da superfície do nosso planeta está se tornando cada vez mais difícil.
Mas, trabalhando em baixas frequências na faixa de frequências de 6 a 30MHz, o telescópio instalado na cratera da Lua talvez possa nos contar mais sobre os primeiros dias do Universo.
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De acordo com Saptarshi Bandyopadhyay, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), com o novo equipamento “poderemos observar o universo primitivo na faixa de 10 a 50 m (faixa de frequência de 6 a 30 MHz)”.
Ele, que faz parte da equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), destaca que esta é uma área do universo que ainda não foi explorada pelos seres humanos até o momento.
“A construção do maior radiotelescópio de abertura cheia do Sistema Solar, no lado escuro da Lua, provavelmente iniciará um ciclo de descobertas científicas inovadoras em radioastronomia”, finaliza.
