Radiotelescópio chinês acaba de captar sinais repetidos vindos do espaço
O gigantesco radiotelescópio chinês FAST, o maior do mundo de sua categoria, acaba de captar mais de uma centena de misteriosos sinais repetidos vindos do espaço.
A detecção passou por uma série de checagens e os cientistas conseguiram descobrir a região do espaço de onde os sinais vêm. Entretanto, não descobriram sua origem.
Segundo a agência chinesa de astronomia Xinhua, todos os sinais são provenientes de uma mesma região, localizada a cerca de três bilhões de anos-luz da Terra.
Pulsos ultrarrápidos
A agência explicou que o FAST captou, na verdade, pequenos pulsos de rádio ultrarrápidos, conhecidos como FRBs, que se originam no universo.
Os especialistas estão analisando e cruzando esses sinais para tentar entender melhor sua origem e porque eles surgem.
De acordo com os astrônomos as explosões rápidas de rádio são frequentes e aparecem em intervalos aparentemente aleatórios. Entretanto, um sinal em particular, conhecido como FRB 121102, tem aparecido repetidamente.
Sinais repetidos
Ninguém sabe o que cria FRBs, e isso é parte do que os torna tão misteriosos para os cientistas.
“Esse evento em particular foi especialmente significativo porque nenhum outro telescópio na Terra jamais detectou tantas repetições do sinal em um período tão curto de tempo”, explica Jiang Peng, engenheiro-chefe da FAST, em comunicado.
Uma teoria predominante é que as explosões de rádio são um efeito colateral das estrelas de nêutrons colidindo com buracos negros.
Outro sugere que eles são produzidos pelos chamados ‘magnetares’ – estrelas de nêutrons com campos magnéticos incrivelmente poderosos.
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Sobre o FAST
O radiotelescópio chinês FAST possui 4.450 painéis individuais e está instalado em uma bacia natural em Dawodang, Guizhou, sudoeste da China. Ele tem o formato de prato e possui de 500 metros de diâmetro. Fixo, não pode ser apontado, mas é o dispositivo de audição mais sensível e o maior dispositivo de abertura cheia do mundo.
Construído em cinco anos e a um custo de US$ 200 milhões, ele abriga pesquisas de astrônomos de todo o mundo, trabalhando em projetos cobre exoplanetas, ondas gravitacionais e raios cósmicos, entre outros.