Polêmica: Luis Elizondo propõe a morte da Ufologia
A nova fase dos estudos de óvnis (ou UAPs) no âmbito das forças de defesa dos Estados Unidos foi acompanhada do surgimento de novos atores no campo da pesquisa Ufológica. Alguns bem pitorescos e polêmicos.
Luis (Lue) Elizondo, ex-coordenador do AATIP, um dos órgãos militares precursores da atual iniciativa de investigação oficial do Pentágono, sem dúvidas é um desses novos personagens. Sua ascensão meteórica na cena UFO deu-se sobretudo após seu protagonismo na produção e participação da série Unidentified, tratando do tema UAP de forma séria e meticulosa como poucas vezes visto na história da Ufologia.
O norte-americano que atuou em diversas agências de inteligências militares vem se tornando uma figura influente no meio ufológico por suas declarações e análises do fenômeno. Mas uma de suas mais polêmicas posições foi exposta há alguns meses, em um artigo no qual ele propôs a morte da atual Ufologia.
“Sim, isso é verdade, eu disse e repito. Assim como algumas pessoas afirmaram, eu quero que a ufologia, no formato que conhecemos, morra.”
O artigo foi publicado no Liberation Times. Segundo o ponto de vista do americano, a ufologia é atualmente abordada com um espírito selvagem e desorganizado, o qual deve dar lugar a uma atuação séria, disciplinada e profissional, focada em resultados científicos e objetivos. Em suas palavras, o estudo do fenômeno deve ter um foco acadêmico e que represente o tema com seriedade perante a sociedade.
“Eu acredito que a ufologia precisa morrer, com todos os preconceitos, para avançar o nosso entendimento acerca deste tema enigmático.”
Para Lue Elizondo, o comportamento de alguns dos “auto proclamados ufólogos” nas mídias sociais é improdutivo, o que afasta membros da burocracia do Estado, bem como possíveis novos entusiastas. Neste contexto, um grande número de indivíduos que poderiam ceder dados e informações ou firmar novas parcerias em pesquisas não se integram à comunidade. O ex-oficial alega que o comportamento de alguns ufólogos nos sítios eletrônicos também é causa do preconceito que circunda o tema, o que macula a credibilidade e o trabalho desenvolvido por toda a comunidade.
“Infelizmente, o circo que acontece nas redes sociais abala a confiança dos oficiais do governo norte-americanos na ufologia enquanto área de estudo.”
Elizondo aponta os princípios que deseja que guiem a nova ufologia, dentre os quais; a inclusão de todos as pessoas, sem qualquer discriminação, a colaboração dos acadêmicos, dos membros forças armadas, dos agentes estatais e dos religiosos no debate e na pesquisa, o desenvolvimento de empreendimentos que sejam criativos e sustentáveis e a promoção do estudo focado na investigação técnica e científica dos fatos.
“O parquinho da ufologia é ocupado por algumas crianças malvadas que decidiram que outras crianças não podem brincar sem correr o risco de serem agredidas.”
O ex-oficial aponta que semanalmente surgem novas teorias conspiratórias que afastam muitas pessoas que queriam se envolver no tema, como também são criadas páginas eletrônicas que, apesar de muito divertidas, criam situações confusas para aqueles funcionários do governo norte-americano que determinam como o tema será abordado naquele país.
Elizondo encerra a sua exposição afirmando que todos os envolvidos na ufologia devem ser cuidadosos quando interagirem com o público; devem abandonar seus egos para tratar do tema e, sempre, focar no compartilhamento de informações e menos na autopromoção.
Sua carta aberta joga luz em aspectos controversos da ufologia atual e propõe algumas soluções. A atuação do ex-militar na comunidade sempre destoou dos demais membros ao ponto de serem levantados questionamentos acerca das suas verdadeiras intenções. Assim, resta a análise cuidadosa dos pontos levantados e acompanhar a atuação de Lue Elizondo para que se possa entender seu verdadeiro objetivo.
O teor completo do artigo pode ser acessado em: https://www.liberationtimes.com/home/why-ufology-must-die
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