Seriam os crop circles plantas para a construção de óvnis?

Desacreditados pela maioria dos cientistas e até mesmo pelos que creem do fenômeno ufológico, os crop circles (agroglifos), são motivos para diversas discussões nos mais variados grupos de pesquisas.
Desde que foram descobertos, por assim dizer, são mais de 12.000 aparições, onde grande parte foi provada como obra humana, reduzindo o grau de valor de tais aparições. Desse montante, uma leva apresenta questionamentos que ainda não se obtêm respostas. Diversos pesquisadores apontam resultados que desafiam a ciência como a conhecemos e que parecem se afundar ainda mais nos mistérios da ufologia. Mas para um pesquisador em especifico, a resposta pode ser outra.
Charles Maxwell, cineasta estreante, teoriza que as marcas provocadas nas plantações, são partes de um projeto para a construção de óvnis, teoria que está presente e é testada em seu documentário “Um Campo Cheio de Segredos (tradução literal de “A Field full of Secrets”, Prime Vídeo, ainda sem título e indisponível no Brasil).
Os crop circles, começaram a aparecer fortemente na Inglaterra nas décadas de 1980 e 1990, e aparecem até os dias atuais. Alguns chegam a ser tão elaborados que representam figuras matemáticas e geométricas, outros trazem mensagens em códigos binários (0 e 1, a linguagem básica computacional) e até representações de símbolos de nossa história. Já outros, permanecem sem explicações racionais.
Comumente encontrados nas mais diversas plantações, de trigo a beterraba como exemplo, as hastes das plantações chegam a sofrer curvaturas de até 90º graus sem sofrer danos e alguns entusiastas alegam que dentro das marcações, o sinal de celular se perde ou sofre interferência.

Em 1991, o biofísico Dr. William C. Levengood estudou caules de dentro desses círculos, encontrando anomalias no primeiro nó de cada planta, que só podiam ser explicadas se elas tivessem sido expostas a radiação eletromagnética ou a microondas.
Em 1992, Michael Chrost liderou o projeto “Agnus” que encontrou a mesma anomalia nas curvaturas das plantas.
Maxwell teve sua vida mudada quando, em 2008, acompanhado de seu amigo Dax Phelan, entrou em um círculo de colheita, relatando que se sentia observado. Desde então, busca por respostas sobre o que verdadeiramente seriam essas marcas e quais seriam seus verdadeiros significados.
Mas depois de visitar 42 círculos, nos dois meses em que ficou na Inglaterra, acabou com mais perguntas do que respostas. Chegou a encontrar um homem que supostamente fabricava os círculos, mas que recusou a lhes conceder entrevista, chegando apenas a filmá-lo ensinando crianças a fazer as marcas, que resultava em desenhos que nem chegavam a parecer os círculos maiores.
Para o cineasta, os círculos são algo como um idioma, o qual estamos ainda aprendendo. Ele mesmo tentou fabricar seu próprio círculo utilizando código morse, mas a mensagem feita por ele não obteve resposta. De mãos vazias, retornou a Los Angeles com mais perguntas ainda.
Em sua pesquisa, Maxwell descobriu o círculo “Pi”, uma das únicas pistas reais com a matemática embutida, fazendo nascer a sua ideia de que cada agroglifo é um projeto a ser decodificado.
“Alguns pesquisadores acreditam que a formação que vemos são efetivamente representações bidimensionais de objetos tridimensionais. E que se pudéssemos aprender a criar esses objetos tridimensionais, eles poderiam estar nos mostrando uma nova tecnologia, seja antigravidade, seja energia livre…”
“O universo não funciona sem gasolina”, diz o cineasta.
Talvez, o que impulsiona essas naves seja algo como energia livre ou uma energia que ainda é desconhecida para a humanidade e, para Maxwell, a chave para acessar energia está na decodificação dos crop circles.
Maxwell se uniu ao inventor Nikola Romanski depois que ele lhe enviou um e-mail perguntando se poderia usar essas informações para a construção de um óvni. Romanski utilizou o software de auto cad para criar o modelo em 3D, resultando em um tipo de máquina desconhecida para eles, que diziam que o resultado parecia algo como uma “usina de energia de ponto zero”, ou, para outras pessoas, um motor de “velocidade da luz”.
Romanski usou 11 desenhos de círculos das plantações para criar um modelo que ele e Maxwell tentaram construir. Chegaram a consultar uma equipe de engenheiros para terceirizar a fabricação de muitas das peças desenhadas.
Apesar do trabalho ter sido muito difícil e custoso, chegaram a criar algo que parecia ser o coração de um motor, com até mesmo uma chama de plasma. Infelizmente o projeto necessitava de mais investimentos e os financiadores decidiram não custear mais o projeto, que foi engavetado por Maxwell e Romanski.
No entanto, o cineasta descobriu que outra pessoa havia feito o mesmo, e voando para o Havaí, encontrou-se com Nassim Haramein, o fundador do The Resonance Project, perguntando-lhe se ele havia perdido tempo ao tentar construir um óvni.
“Absolutamente não.” – Respondeu Nassim – “Na ciência não existe perda de tempo. Edson fez milhares de lâmpadas antes da que funcionasse”.
“Quando eu olho para o dispositivo de vocês e o que vocês extrapolaram do círculo na plantação, acho que vocês estavam no caminho certo… que o giro fundamental é importante… Quando você entende isso, você pode construir dispositivos para interagir com o universo”.
Maxwell pretende não desistir tão cedo de suas ideias e talvez seu projeto alimente ideias de outras pessoas.
De qualquer forma, nenhum deles apresentou até agora um dispositivo funcional, nem dados sobre o porque esses 11 desenhos específicos foram escolhidos dentre dezenas de milhares de possibilidades. Mais ainda, sem dados matemáticos e físicos apresentados, também não explicaram como e porquê concluíram se tratar de algo que tivesse a ver “com energia de ponto zero”.
Embora não esteja disponível oficialmente no Brasil, o documentário completo pode ser visto no Youtube, com legendas em inglês e tradução automática disponível para o português:
Com informações de www.ufoholic.com
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