Simpósio no Guarujá coloca a casuística em destaque

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No último sábado, dia 8 de abril, na cidade do Guarujá, Litoral Sul de São Paulo, foi realizado o 1º SUFOBS – Simpósio Ufológico da Baixada Santista. O evento foi promovido pelo Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista, o GEUBS, recém fundado pelo pesquisador Wallacy Albino.

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Com a presença de alguns dos mais importantes pesquisadores da Ufologia no Brasil, o evento foi um sucesso de público. Cerca de 340 pessoas estiveram presentes e acompanharam as exposições dos palestrantes, que apresentaram suas pesquisas mais recentes. Muitos aproveitaram a oportunidade para vender fitas de vídeo, fotografias, livros, estatuetas de ETs e camisetas no Workshop organizado logo na entrada.

Na abertura, o GEUBS preparou uma surpresa aos participantes, com a presença do pesquisador Marcos Silva, do Geoni, que foi o homenageado da noite. “Marcão”, como é conhecido no meio ufológico, recupera-se de um acidente de automóvel. O GEONI é famoso por sua atuação fortemente direcionada à pesquisa de campo e à abordagem casuística.

A casuística ufológica brasileira, aliás, foi um dos pontos marcantes do SUFOBS, com a apresentação de relatos de avistamentos, filmagens e fotografias de objetos voadores não identificados, além da reprodução de testemunhos e relatos de sessões de hipnose de pessoas que garantem terem visto UFOs. Essa característica, bem como o tempo reduzido de exposição, agradou aos participantes e conferiu dinâmica própria ao Simpósio, contrastando com a tendência atual dos eventos da área, de reunirem correntes místicas e científicas em palestras e encontros carregados de sincretismo e teorias mirabolantes.

Este foi o quarto evento do gênero promovido por Wallacy Albino no Teatro Procópio Ferreira, com apoio da escola de idiomas Wizard. Desde 1997, o pesquisador vinha organizando o encontro sob a sigla EXPOUFO, uma das atividades do grupo ao qual estava ligado, o GUG – Grupo Ufológico do Guarujá, presidido pelo ufólogo Edison Boaventura Júnior. O SUFOBS foi o primeiro evento já com a assinatura do GEUBS, criado depois de divergências com a antiga agremiação. O novo grupo já lançou também um boletim, que circula entre os pesquisadores e interessados em todo o Brasil sob o nome de “Hangar 18”, numa referência à ficção cinematográfica que conta a história de três astronautas que descobrem uma trama de acobertamento da existência de um UFO capturado pelo governo norte-americano.

Casos antigos revisitados

Os palestrantes do 1º SUFOBS foram o presidente do fã clube Arquivo X Brasil, Aldo Novak; o pesquisador curitibano Carlos Machado, do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEx); Marco Antônio Petit, presidente da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU-RJ); os irmãos Eduardo e Osvaldo Mondini, do Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas de Sumaré (CEPEX-SP), o engenheiro chefe do setor de balões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Varela; e o engenheiro eletricista Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Fenômenos Aeroespaciais (INFA-SP).

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Também estavam previstas palestras dos pesquisadores Eustáquio Andrea Patounas, (SOCEX-SC), Ademar José Gevaerd (Revista UFO) e Rafael Cury (ANUB e NPU-PR), que não compareceram.

Embora fartamente baseadas na casuística ufológica, as palestras não tiveram grandes novidades. No geral, os pesquisadores optaram por revisar antigos casos, alguns ainda não divulgados, agora com o acréscimo de novos dados ou desdobramentos, apresentando um panorama do que aconteceu de importante na Ufologia nos últimos 30 anos. Uma das poucas palestras que fugiu à regra foi a do jornalista e “eXcer” aficcionado Aldo Novak, que preside o fã clube do seriado Arquivo X no Brasil. Ele falou sobre o sistema de escuta high-tech Echelon, controlado pelo governo norte-americano, e suas implicações na pesquisa Ufológica. O Echelon, que, suspeita-se, pode monitorar toda a comunicação eletromagnética no planeta, está sendo alvo de investigação pelo Parlamento Europeu.

Em entrevista à Revista Vigília, Wallacy Albino comemorou o aumento de público em relação ao ano anterior. “A gente está vendo a participação aumentar a cada ano. No ano passado tivemos 199 pessoas”, revelou. Sobre as divergências com o GUG, o pesquisador contemporizou: “é claro que tivemos algumas diferenças. E eu até não queria sair. Mas assim quem ganha é a Ufologia. A casuística é intensa na região e agora há dois grupos para pesquisar os casos que surgem”. Além disso, segundo ele, as relações de amizade e companheirismo com o GUG e seu presidente, Edison Boaventura, continuam.

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Casuística na baixada

Sobre a influência da casuística na escolha das palestras, Wallacy avaliou ser o resultado da afinidade do GEUBS com a corrente intitulada “científica” da Ufologia. “Baseado nisso, procuramos trazer pesquisadores que seguem essa linha”, comentou.

Osvaldo Mondini, um dos expositores, reforçou o comentário: “a casuística é a prova que nós temos na Ufologia”, argumentou, repetindo as palavras que dissera antes em sua palestra: “podemos dizer que a Ufologia é uma ciência sem objeto”.

Com o sucesso deste 1º SUFOBS, Wallacy já faz planos para a promoção da segunda edição, já no segundo semestre deste ano, no município de Santos. Dessa vez, antecipou, será dada ênfase aos registros de avistamentos de UFOs na Baixada Santista.

Redação Vigília

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