A invasão alienígena começou. E está sendo televisionada!

A invasão alienígena começou. E está sendo televisionada!
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Estamos vivendo tempos estranhos. E eles devem ficar ainda mais bizarros num futuro bem próximo. E não, não estou falando de eleições no Brasil, da guerra na Ucrânia, ou da incompreensível guinada irracional do mundo, que fez acontecer um atabalhoado Brexit, ganharem força movimentos neonazistas, ultranacionalistas, antivacinas (em plena pandemia!) ou que deu voz a terraplanistas e criacionistas.

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Claro que tudo isso pode estar conectado com o tema deste editorial, como bem avisou Carl Sagan. Desde que lançou o livro “O Mundo Assombrado pelos Demônios”, em 1995, ele já identificava o problema do analfabetismo científico no mundo e, em especial, nos Estados Unidos. E pior, a sempre crescente influência de gurus paranormais — de pseudo-especialistas a videntes e astrólogos — nas ideias de líderes mundiais para a formulação de políticas públicas.

Mas voltando ao tema proposto, nesta quadra da história, por mais inacreditável que pareça, o comportamento da elite política dos Estados Unidos, em consonância com a comunidade de Inteligência e Defesa naquele país, dá sinais claros de que em algum momento no futuro próximo teremos que verdadeiramente lidar com uma invasão alienígena.

Você não leu errado: a soma dos vazamentos de imagens e depoimentos, declarações oficiais, relatórios e posições recentes na cena política norte-americana em relação ao objeto de estudos da Ufologia — os UFOs — indica claramente uma preparação de terreno para os próximos passos. Quais serão? Meu palpite é: iniciar uma investida para “combater a ameaça externa”, militarizando o espaço e escalando uma nova corrida armamentista.

E há um detalhe importante nessa narrativa: tanto faz se a invasão for real ou não. Para os mentores da ofensiva, aliás, pouco importa até mesmo se existem ou não os tais extraterrestres. Basta que eleitores suficientes sintam-se ameaçados por eles.

O “ataque” à segurança nacional

Quando muita gente da comunidade ufológica desacreditava dos efeitos do primeiro relatório do Pentágono apresentado ao Congresso dos Estados Unidos — “não vai mudar nada”, diziam — eu já escrevia que ele havia mudado tudo. Pela primeira vez em 50 anos o aparato de defesa dos EUA admitia não ter explicação para vários fenômenos aéreos e começava a assumir a nova terminologia UAP (de fenômenos aéreos não identificados, em inglês) para libertar-se do estigma de descrédito da expressão UFO.

Certamente não foi coincidência que a nova terminologia já vinha sendo sugerida por um grupo de “insiders-outsiders“. (Ex)insiders do próprio governo, mas outsiders da comunidade ufológica, como Luis Elizondo e Christopher Mellon, para citar apenas dois exemplos. A condução das pautas midiáticas a partir da influência de um seleto grupo abria caminho para a narrativa do “risco à aviação” e depois o “risco à segurança nacional”. A seguir viria a preocupação com a segurança nuclear, já que os óvnis UAPs parecem ter a capacidade de sobrevoar e desativar instalações nucleares e até mesmo silos de mísseis.

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Talvez até houvesse alguma legítima boa intenção embutida na urgência dessa narrativa, já que ela parecia séria o suficiente para sensibilizar a classe política para a necessidade de deixar de lado o preconceito com o tema UFO e passar a encará-lo como um fenômeno real, sério e assunto a ser melhor compreendido.

Foi em meio a essa polêmica que o ex-presidente Donald Trump criou, no final de 2019, o quarto braço das forças armadas dos EUA, a Força Espacial. Não como um apêndice da Força Aérea (que misteriosamente continua em silêncio sepulcral quanto ao tema UAP), mas como uma nova corporação a ser considerada. Motivo de chacota na época de sua apresentação, hoje a Força Espacial já começa a aparecer com surpreendente protagonismo em todos os debates sobre defesa e monitoramento do fenômeno UAP.

Agora, a cada semana surge uma nova polêmica na cena ufológica norte-americana, sobretudo a militar, que ressoa o mantra da ameaça externa iminente. A NASA anunciou seu envolvimento oficial nas investigações. O Congresso pede que o Pentágono concentre-se nos fenômenos (e ameaças) “não humanos”, com a naturalidade de quem aponta a urgência de uma nova legislação antiterrorismo.

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Enquanto os novos atores da defesa falam em aumento “exponencial” das ameaças trazidas pelo fenômeno UAP, sem dar pistas do que exatamente isso significa, vai sendo deixada para trás uma história de décadas de relatos ufológicos coletados pela sociedade civil. Todos compatíveis com os fenômenos atuais, nas suas coincidências críveis e também bizarrices, diga-se, mas fundamentalmente pouco ameaçadores.

É óbvio que ao longo dos anos a Ufologia como tal contabilizou alguns casos pontuais de desfechos desastrosos ou trágicos. Mas nem de longe eles indicam que o fenômeno de fato represente algum perigo à vida na Terra ou à humanidade, tal como uma invasão alienígena. Mesmo porque, a considerar a hipótese extraterreste, incluindo o gasto de energia e a tecnologia necessárias para uma civilização inteligente longínqua chegar ao nosso Planeta, nada haveria que pudéssemos fazer para barrar uma intenção agressiva.

Uma operação de invasão alienígena de bandeira falsa

Não é nova a denúncia sobre a iminente operação de construção de uma narrativa de ameaça, sob bandeira falsa, ou seja, um serviço interno (bem terrestre!) simulando a tal invasão alienígena. Ela foi apresentada ao mundo pela Dra. Carol Rosin, numa conferência de imprensa em 2001 organizada por uma figura polêmica da Ufologia, o Dr. Steven Greer. O evento foi um dos pontos altos de Greer e seu “Disclosure Project” (“Projeto Desacobertamento”, em tradução literal), fundado em 1993 para promover a liberação de segredos ufológicos.

Apresentando-se como porta-voz de ninguém menos que Wernher Von Braum, considerado o pai dos foguetes desde a invenção das bombas V1 e V2 usadas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, Rosin contou que repetidas vezes ouviu de seu chefe essa previsão. O espaço seria a próxima fronteira a ser militarizada. Primeiro viria a justificativa dos inimigos habituais, terrestres, como nações adversárias e terroristas. Depois seriam os asteroides. E a cartada final seriam os extraterrestres.

 

 

Eu tentei checar, sem muito sucesso, as credenciais de Rosin e qualquer coisa que provasse seu trabalho para Von Braun. A referência mais antiga disponível na Internet da fundadora do Instituto para Segurança e Cooperação no Espaço Exterior é uma matéria do jornal Washington Post de 1984. Falando sobre “Futuristas”, a matéria reproduz a alegação da própria Rosin sobre o trabalho para Von Braun, sua passagem pela empresa de tecnologia espacial Farchild e depois seu trabalho educacional para crianças e o início de seu esforço pessoal, já naquela época, em lutar contra a militarização do espaço. Na época ela não mencionava extraterrestres.

Mas a exposição de Rosin a partir do Disclosure Project foi tão importante para Greer que o conceito foi incorporado ao seu discurso ao longo das últimas duas décadas. Acabou inclusive virando argumento central um grande documentário lançado no ano passado (The Cosmic Hoax – an exposed). Resumidamente, sua preocupação com o que ele chama de “fraude cósmica” é o fato de que os extraterrestres estariam dispostos a se comunicar conosco e nos auxiliar numa jornada pacífica de autodescoberta e evolução mutuamente benéfica. Mas poderosas forças burocráticas controladas pelo complexo industrial militar não querem permitir que isso aconteça. Então vão transformá-los (aos alienígenas) em pretexto para outra corrida armamentista.

Siga o dinheiro para encontrar a verdade

Greer é considerado em alguns círculos da Ufologia como alguém que carrega nas tintas ao falar do assunto. E você pode até não concordar com muito do que ele e Rosin pensam, mas parece claro que o estágio atual da liberação de informações militares sobre UFOs aponta para o objetivo que eles predisseram 20 anos atrás.

De certo que não se trata de uma invasão como a gente vê nos filmes do tipo Independence Day. Talvez esteja mais para Tubarão, em que o roteiro teve que esconder o vilão porque o orçamento deixou em segundo plano os efeitos especiais.

Seguramente a proposta não é esclarecer de fato a origem e as intenções dos fenômenos voadores — e até submarinos — não identificados que viraram escopo da investida militar. Mas controlar a narrativa para estabelecer que eles (os supostos alienígenas) são uma ameaça que merece uma preparação de resposta. E embora a Ufologia tenha mudado completamente a partir dessa nova dinâmica, o fato é que ESSA NARRATIVA NÃO SE IMPORTA com a própria Ufologia.

Uma leitura panorâmica do noticiário político norte-americano relacionado ao fenômeno UAP deixa isso bastante evidente. É mais um caso de “siga o dinheiro”. Propostas de parlamentares de ambos os espectros ideológicos dos EUA, dos democratas aos republicanos, acabam convergindo para a necessidade de mais (muito mais!) orçamento para os investimentos militares, não apenas para a investigação, mas também no equipamento de detecção e defesa contra a eventual ameaça.

Em tempos de orçamentos secretos, as “operações obscuras” (também chamadas Black OPs) agradecem. Um incremento de verbas que, ao que tudo indica, está sendo conseguido com o mínimo esforço. Bastando um confuso vídeo vazado aqui, um documento ambíguo apresentado ali, e assim por diante. Enfim, a máquina de guerra, que movimenta trilhões de dólares anuais, quase 2,7% do PIB mundial, encontra caminhos para continuar girando.

E não é que não existam revelações surpreendentes no processo, obviamente. A garrafa foi aberta e o gênio dificilmente será recolocado para dentro. Afinal, é uma cartada definitiva, como teria alertado Von Braun a Rosin. Em tempos de Internet e com o mundo inteiro conectado, certamente algumas informações liberadas deverão fugir ao controle absoluto do governo e será bem mais difícil utilizar a estratégia de sempre, da ridicularização e do acobertamento em si.

Você certamente já viu em algum lugar a frase “a revolução não será televisionada”, tradução do título da música “The Revolution Will Not Be Televised”, de Gil Scott-Heron, de 1971. Um símbolo da luta contra o racismo nos EUA em sua época e considerada uma das mais importantes inspirações para o nascimento do rap. Acontece que, aqui, num contexto diferente, para a Ufologia atual, o inverso se aplica perfeitamente: a invasão JÁ está sendo “televisionada”. Ou melhor, transmitida por streaming, nas redes sociais ou nos aplicativos de mensagens. Em tempo real e com apoio da mídia. Resta saber se também daí vai nascer algo novo, duradouro e positivo.

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Jeferson Martinho

3 comentários sobre “A invasão alienígena começou. E está sendo televisionada!

  1. A falsa invasão alienígena faz parte do plano para impor a Nova Ordem Mundial (sutilmente chamada de AGENDA 2030 DA ONU).

    A ordem é mais ou menos assim: Pandemia planejada – crise climática inventada – guerra ou invasão de um país em outro encenado – luta por inclusão social (negros, trans, mulheres, quilombolas, etc) – apagão na internet e na eletricidade – suposta queda de asteroide – e, por fim, se todos os itens anteriores falharem como estão, então será dada a catada final – FALSA INVASÃO EXTRATERRESTRE, com direito a explosão de bomba atômica em grandes metrópoles pra causar o pânico imediato de 8 bilhões de almas vivas. E aí, xeque-mate, Governo único mundial e Nova Ordem Mundial no comando.

    1. Exato. voce só esqueceu de falar que milhares de pessoas vão desaparecer da face terra. E eles vão usar isso, a favor deles.

  2. Parabéns pelo texto. Eu também tenho grandes restrições com a abordagem de Elizondo e sua turma. Como sempre, em quase tudo na vida, devemos ver as verdadeiras intenções. ” Follow the money”.

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