Análise revela impressões digitais “não humanas” nas múmias tridáctilas de Nazca

O mistério em torno das polêmicas “múmias alienígenas” do Peru acaba de ganhar mais um capítulo após uma nova análise das impressões digitais indicar que elas não apresentariam padrões humanos. As múmias tridáctilas de Nazca, apresentadas ao mundo pelo ufólogo Jaime Maussan, estão sob escrutínio desde sua descoberta. Nesta semana, Joshua McDowell, ex-promotor e atual advogado de defesa, falou sobre exames em uma das múmias com a ajuda de três legistas independentes dos Estados Unidos.

Segundo McDowell, as impressões digitais das múmias não correspondem aos padrões humanos conhecidos, como arcos, laços e espirais. “Esses não eram padrões tradicionais de impressões digitais humanas”, afirmou McDowell em entrevista ao DailyMail. Durante a análise, segundo McDowell, o grupo notou que as cristas epidérmicas dos dedos das múmias formavam linhas retas, um formato incomum comparado às impressões digitais humanas.
“Sou um ex-promotor. Sou um advogado de defesa criminal. Já vi muitas impressões digitais. E essas não eram impressões digitais clássicas,” acrescentou ele.
A análise foi feita sobre o espécime denominado “Maria”. Uma das maiores, essa múmia foi apresentada pela primeira vez em um evento para a imprensa realizado em 6 de novembro de 2019 na Universidade Nacional San Luis Gonzaga de Ica (UNICA), no Peru, junto com outros três “tridáctilos” (corpos com três dedos) Nazca: “Wawita”, “Albert” e “Victoria”.
McDowell destacou que ainda pode haver uma explicação terrestre para esses padrões anormais. A preservação da pele das múmias pode ter influenciado a formação das impressões digitais. Além disso, a maioria dos corpos está coberta por terra diatomácea, um tipo de plâncton fossilizado que poderia ter impactado a preservação das cristas epidérmicas.

Joshua McDowell, que já trabalhou como promotor público adjunto do Quarto Distrito Judicial do Colorado, enfatizou a necessidade de estudos adicionais. “Nenhuma determinação foi feita sobre a natureza dos espécimes até o momento”, disse ele, acrescentando que a investigação continua ativa com o objetivo de identificar a verdadeira natureza dessas múmias.
Curiosamente, McDowell é filho de um dos membros da equipe de pesquisa, que inclui um legista de Denver e um antropólogo forense do Instituto Médico Legal do Estado de Maryland, que viajaram ao Peru para inspecionar as múmias em abril passado. Seu pai, Dr. John McDowell, odontologista forense e professor aposentado da Universidade do Colorado, também participou da investigação, tendo sido um dos destaques apresentados por Jaime Maussan durante a conferência no Peru. Afinal, é ganhador do Prêmio de Ciência RBH Gradwohl 2024 e ex-presidente da Academia dos Estados Unidos de Ciências Forenses (AAFS).
Apesar da análise preliminar dos padrões de pele das múmias de Nazca, a pesquisa do grupo continua devendo um artigo científico sobre suas descobertas, sobretudo com estudos de DNA e datação por carbono realizados em laboratórios de alta complexidade e equipamentos mais modernos do que as análises realizadas até agora. Contudo, por hora, em todas as aparições públicas, a equipe americana limita-se a defender a realização de novas “análises detalhadas” que poderiam esclarecer a verdadeira natureza dessas múmias enigmáticas.
“A datação por carbono precisa ser repetida com métodos mais sofisticados. Essas são coisas que estamos procurando”, disse sua equipe de pesquisa em comunicado. “Nossa investigação preliminar realmente apenas levou ao fato de que são necessárias mais investigações.”
Enquanto isso, Jaime Maussan continua a defender a autenticidade dos corpos e busca um interesse científico mais amplo. Recentemente, ele vem divulgando novos relatórios de DNA e materiais que indicam uma composição genética parcialmente desconhecida, alimentando ainda mais o debate sobre a origem dessas misteriosas múmias peruanas.