Cientistas descobrem mais um planeta em nosso Sistema Solar

A descoberta recente de um pequeno planeta, muito além de Plutão, mas ainda no nosso Sistema Solar animou a comunidade científica recentemente.
Astrônomos liderados por Scott S. Sheppard, da Carnegie Institution for Science, em Washington, revelaram ao público os detalhes desse pequeno planeta desconhecido que foi apelidado de Goblin.
Goblin seria muito escuro para ser visto por qualquer telescópio na Terra. Assim, os astrônomos tiveram muita sorte em localizar no raro momento em que era visível.
Estima-se que o planeta tenha duzentas milhas de largura e esteja a cerca de 7,4 bilhões de milhas do sol, ou seja, cerca de 2,5 vezes mais longe que Plutão.
Designado oficialmente como TG387, o planeta permanece muito além da força e peso gravitacional dos outros planetas do nosso Sistema Solar como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Isso levanta a questão de como ele foi lançado em sua órbita atual.
Fora do Sistema Solar
Scott S. Sheppard e seus colegas descobriram o planeta como parte de uma busca sistemática há cinco anos por novos mundos fora do Sistema Solar.
Mas somente com observações adicionais eles perceberam o quão longe Goblin realmente está. “Levamos cinco anos para descobrir que ele tem uma órbita diferente e está no limite do nosso Sistema Solar”, disse Sheppard.
As pesquisas e observações acontecem desde 2014. Agora, além de Goblin, astrônomos – incluindo a equipe de Sheppard – descobriram vários outros corpos com órbitas distantes e esticadas.
“Acreditamos que existam milhares deles, mas a maioria está distante demais para ser detectada”, continuou Sheppard.
O Planeta Nove
Em 2016, Michael E. Brown e Konstantin Batygin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, publicaram uma previsão detalhada do que eles chamaram de planeta invisível, maior que a Terra e menor que Netuno, que estava cadenciando o movimento desses planetas distantes e poderia explicar as viagens estranhas ao redor do sol desses mundos distantes.
Eles o nomearam Planeta Nove.
Ann-Marie Madigan, astrônoma da Universidade do Colorado, sugeriu que a gravidade de um enorme anel de mundos pequenos no início da história do Sistema Solar poderia explicar as órbitas distantes.
As ideias da Dra. Madigan poderiam ajudar a explicar como os mundos do gelo foram lançados para fora, mas sem nenhum agrupamento em suas órbitas.
“Este novo objeto parece ser muito bom para a teoria do Planeta Nove”, disse ela.
Michael E. Brown – que é conhecido por seu papel no rebaixamento de Plutão ao status de um planeta anão – e está liderando sua própria busca pelo Planeta Nove, concorda. “É mais uma peça que se encaixa muito bem no quebra-cabeça”, disse ele.